quarta-feira, 6 de abril de 2016

Uruguai 2016 - 4º dia - na fronteira!

A previsão era de muita chuva na região de fronteira com o Uruguai. Em Tapes, baixou um forte nevoeiro e uma garoa fina. Tomei café em uma padaria, voltei à pousada, amarrei a bagagem na moto e peguei a estrada.
                                                   Igreja de Tapes

Apesar do tempo estar bem fechado, não choveu. Fui percorrendo a BR-116 e suas intermináveis retas que cortam os pampas com velocidade em torno de 140 km/h. No trevo de Pelotas, um enorme congestionamento devido ao fechamento de uma das pistas para reparos na pavimentação. Segui pela borda da estrada (não havia acostamento) enquanto foi possível, mas devo ter economizado ao menos 1 hora por estar de moto, havia uma fila de caminhões por mais de 2 quilômetros. Passado o engarrafamento, toquei firme por mais 160 km de retas, chegando a Jaguarão com muita chuva, por volta do meio-dia. Mais uma vez, hospedei-me no Hotel Py, no qual já fiquei 4 vezes,  a proprietária fez um preço especial.
Consegui um guarda-chuva emprestado e saí para almoçar sob muita chuva. As ruas transformaram-se em rios, de tanta água que caía e corria. A cidade é bem drenada, pois quando a chuva arrefeceu, rapidamente a água das ruas escoou. Há uma parte da cidade de Jaguarão e também parte de Rio Branco (no Uruguai) bem junto às margens do rio Jaguarão, e meu receio é que o rio transbordasse e inundasse ambas as cidades, o que felizmente não aconteceu.
A chuva parou e o tempo ficou bem fechado, entretanto, isto não me impediu de caminhar pelas ruas da cidade e também de atravessar a ponte que liga os dois países a pé, e caminhar também por algumas ruas de Rio Branco. Comprei em Rio Branco uma tranca para a moto com segredo, que usarei para prender o capacete, já há algum tempo procuro isto no Brasil e não encontro.
                                 Ponte internacional Mauá - construída em 1930

O mau tempo impediu fotos melhores, ainda bem que tenho ótimas fotos tiradas de Jaguarão nas viagens anteriores. Eu não poderia deixar de incluir algumas tiradas na atual viagem.
                                 Igreja Matriz do Divino Espírito Santo



                                           Casas do centro histórico                  

Já ia esquecendo de dizer: sempre que passo por Jaguarão, admiro e fotografo o Theatro Esperança, é um dos ícones da cidade. Desta vez não foi diferente, mas como ele estava aberto, entrei e fiquei impressionado com sua grandiosidade. Além das cadeiras, possui 3 andares de frisas e acomoda bem mais do que 1000 pessoas em seu interior. E pensar que foi construído há mais de 100 anos em uma pequena cidade de fronteira!
                                            Pequena parada para um café em uma confeitaria!

                                           Cão descansando na porta de um banco

                                    Theatro Esperança

                                             Interior do Theatro Esperança

                                            Praça Comendador Azevedo

                                           Museu Carlos Barbosa 

Aproveitei para fazer o câmbio de reais por pesos uruguaios e também para fazer o seguro carta verde. Tudo pronto, amanhã é torcer para o tempo estar bom e ingressar no Uruguai com a moto, rumo a Montevidéu!

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Obs.: Jaguarão é uma cidade que tem um passado histórico, tradições e características especiais. Já a visitei diversas vezes e não me canso de percorrer suas ruas e recantos e admirar seu casario, o traçado de suas ruas, a ponte internacional e o rio que lhe dá o nome a banhá-la e a separá-la do país vizinho e irmão que tanto aprecio, o Uruguai.
Assim, para incentivar àqueles que ainda não conhecem a cidade a fazê-lo,  segue um mapa resumido da cidade e seus pontos atrativos. Recomendo um olhar mais atento. Todos os locais percorridos nesta e em viagens anteriores estão claramente indicados neste mapa.


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