quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Fim da viagem!

Antes de realmente começar, a viagem à Patagônia e à Carretera Austral terminou! Terminou de forma abrupta e inesperada! Hoje pela manhã, o Ricardo me comunicou que estava desistindo da viagem e retornaria a Santos. Passou uma mensagem para o grupo de Whatsapp dizendo que não prosseguiria.
Fiquei estupefato e sem chão, sem saber o que fazer. O Allan estava em Foz do Iguaçu nos aguardando para entrarmos na Argentina amanhã e não ouviu a mensagem imediatamente.
O Ricardo partiu de volta para Santos, e eu tinha que decidir o que fazer: seguir em frente ou retornar?
Achei melhor desistir da viagem e voltar. O encanto foi quebrado, os sonhos foram desfeitos pela decisão do Ricardo, a viagem não teria mais graça, não haveria mais clima. E assim, parti de volta, pelo mesmo caminho que fizera ontem, uma hora após o Ricardo.
Todos nós fizemos os seguros exigidos na Argentina e no Chile, reservamos a travessia Chaitén-Quellon, trocamos pneus das motos, fizemos seguro-viagem, etc, e vamos arcar com este prejuízo.
O Allan pretende seguir viagem, mas não creio que faça tudo o que planejamos. Torço para que consiga!
Rodei mais de 700 km hoje, voltando para casa, sob um sol escaldante e calor abrasador. Parei em Taubaté para pernoitar, às 19:30 h.
E assim, terminou a viagem! Como disse um músico famoso, "o sonho acabou"! Outro sonho se inciará!

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

2º dia - Registro (SP) a Irati (PR)



Havia neblina quando parti de Registro e entrei na rodovia Régis Bittencourt.  5 km após sair do hotel, cheguei ao Graal Buenos Aires, ponto de encontro com o Ricardo, de acordo com o que combináramos ontem. Esperei um pouco, às 9:00 h o Ricardo chegou com sua Triumph Tiger 1200. Tomamos um café e partimos pela Régis Bittencourt, já sem neblina e com bastante calor. O céu não apresentava nuvens e o sol já mostrava sua cara. A temperatura caiu um pouco depois que subimos a serra do Azeite.

                                  Graal Buenos Aires, na Régis Bittencourt

Após contornar Curitiba, paramos para almoçar em Campo Largo, já na BR-277. Não conseguimos seguir adiante com os casacos, o calor e o sol estavam demais; seguimos apenas de camisetas, foi um grande alívio.
                                            Almoço em Campo Largo: costela defumada com polenta!

Após uma viagem calma e tranqüila, chegamos ao Hotel Anila, em Irati, nossa proposta de destino para hoje. Eram 15 h, foi bom parar para descansar do calor intenso da estrada. Tomei um banho frio, coloquei uma bermuda e curti o local, muito bem cuidado. Viajar sem rodar grandes quilometragens por dia é bom, pois paramos ainda dispostos, sem estar esgotados.
                                  Chegando ao Hotel Anila, em Irati

Para mim, foram 380 km hoje, para o Ricardo foram 540 km. Tivemos notícias do Allan, ele já chegou em Foz do Iguaçu e amanhã vai conhecer as cataratas do lado argentino.
Amanhã estaremos lá (em Foz do Iguaçu), se tudo correr bem.
                                  Onde estamos agora: a 500 km de Foz!    

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Argentina e Chile 2019 - Patagônia e Carretera Austral - 1º dia


                                 Partida de Rio Claro - moto carregada
Foi muito difícil chegarmos a um consenso sobre o percurso a percorrer dentro do Brasil até Foz do Iguaçu. Por um erro meu, fizemos o seguro carta verde com validade a partir de 31 de janeiro, e só a partir daquela data poderíamos rodar legalmente dentro da Argentina. Como previmos a partida para 28 de janeiro (hoje), ficamos com folga para cobrir os cerca de 1600 km que separam o Rio de Janeiro de Foz do Iguaçu. E assim, partimos sem pressa... Cada qual de seu canto e por caminhos diferentes!
                                Registro
O 1º dia - Rio Claro a Registro (SP)
O que dizer de um percurso que já fiz inúmeras vezes? Foram 560 km de uma viagem tranqüila, marcada por estradas boas e muito calor. Na hora em que parti de Rio Claro, 8:15 h, a temperatura ainda estava amena, com o céu totalmente azul, sem uma nuvem sequer.
Percorri a Dutra até Taubaté, onde tomei a Carvalho Pinto; almocei em Itaquaquecetuba; ingressei no rodoanel, contornando São Paulo através de 91 km, e cheguei à Régis Bittencourt. A rodovia não estava muito cheia, o que me permitiu andar bem e sem sustos. Após descer a Serra do Cafezal, finalmente com sua duplicação concluída, o calor ficou infernal. A temperatura à sombra era de 39 ºC, e eu viajava sob um sol implacável! Após uma parada para abastecer e tomar 2 copos de suco de uvas no Fazendeiro, segui até Registro, onde cheguei às 16:30 h e me hospedei. O calor estava demais, e como tenho 3 dias para fazer o percurso até Foz do Iguaçu, considerei o trecho percorrido hoje de bom tamanho.
                                                  Café em Aparecida


                                Hotel em Registro

O Allan seguiu por outro caminho e pernoitará em Londrina; Ricardo sairá de casa amanhã, devendo encontrar-me no Graal Buenos Aires, próximo a Registro.
E assim encerra-se o primeiro dia de uma viagem que promete ser longa e complicada, devido à dificuldade de conciliar interesses e expectativas de 3 pessoas com experiências e percepções diferentes de uma expedição (não gosto muito deste nome!) aventureira como esta. Os dias que virão dirão! Por hora, estou no meu ritmo, fazendo as coisas da forma que costumo fazer, e que por acaso sempre deram certo.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Barra Bonita (SP)


Enquanto aguardamos a partida para a Patagônia e Carretera Austral, realizamos uma viagem a Barra Bonita, onde existe uma represa no rio Tietê e a primeira eclusa da América do Sul, inaugurada em 1973, como parte da hidrovia Tietê-Paraná.
Uma viagem de 1.400 km (para mim), feita na companhia do Ricardo e do Espin, que partiram de Santos, enquanto eu saí de Rio Claro. O ponto de encontro foi no Graal 125 Norte, em Santa Bárbara do Oeste, de onde seguimos até o hotel em Jaú. Boas estradas, viagem tranqüila.

                                          A viagem

                                 Pernoite em Itatiba

                                        As motos no hotel, em Jaú.
Meu principal objetivo nesta viagem era conhecer a eclusa de Barra Bonita. Objetivo cumprido: navegamos à jusante da represa, fizemos a eclusagem, subimos 26 m no "elevador hidráulico"e navegamos no grande lago a montante da barragem, que também abriga uma usina hidrelétrica e as comportas. Retornamos pela eclusa, baixamos os 26 metros e voltamos ao ponto de origem. Passeio muito agradável, a bordo de um barco de uma companhia de navegação turística. O processo da eclusagem é o mesmo do canal do Panamá.
                                   Passeio de barco pelo rio Tietê e eclusa
       Barragem, vendo-se a hidrelétrica à esquerda, as comportas e a eclusa à direita

                                 Ingresso na eclusa, à jusante
                                     Saída da eclusa, a montante, em um nível 26 m mais elevado

Visitamos, ainda em Barra Bonita, o museu municipal, que tem um interessante acervo que conta a trajetória da cidade, com diversos objetos de moradores que fizeram parte da história de Barra Bonita.
Em outro dia visitamos um shopping somente de calçados, onde existem mais de 500 lojas especializadas em calçados e bolsas a preços baixos. Uma festa para os consumistas, exceto para aqueles que viajam de moto, que não compram por falta de espaço para carregar.
                                 Museu histórico municipal


No retorno, cada qual seguiu sozinho por caminhos e horários diferentes: Ricardo foi para Batatais de Triumph Tiger 1200, Espin voltou para Santos de V-Strom 650 nova e eu retornei para Rio Claro (RJ) com a Triumph Explorer 1200.
Todos chegamos bem aos nossos destinos, apesar de havermos viajado com temperaturas na ordem de 38 graus.
Agora, é preparar as motos para a partida para a Patagônia, prevista para 29 de janeiro!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Patagônia e Carretera Austral - planejamento

Vamos realizar uma viagem onde percorreremos a Patagônia Argentina até Los Antiguos, na latitude 46º 55'; ingressaremos no Chile por Chile Chico e percorreremos grande parte da Carretera Austral no sentido Sul - Norte, até a cidade de Chaitén, onde embarcaremos, nós e as motos, em um ferry para uma travessia até Quellon, na ilha de Chilloé,  onde se inicia a Rodovia Panamericana, cujo término é no Alaska.
Continuaremos seguindo para o Norte pela Panamericana dentro da ilha de Chilloé; atravessaremos de barcaça para o continente e chegaremos a Puerto Montt. A partir desta cidade escolheremos o percurso até o Brasil, mas é provável que continuemos pelo Chile, passando pela região dos lagos e vulcões até o Paso Cristo Redentor. A previsão é de até 30 dias de viagem, e os aventureiros da vez serão Allan, Ricardo e eu, todos de Triumph Explorer 1200, sendo a minha a mais "velhinha" do grupo, com 100.000 km rodados!
Já estamos tomando as providências iniciais. Partida prevista para 29 de janeiro de 2019.
Haverá muito calor e bastante frio na viagem; haverá trechos difíceis, vento, rípio e muita chuva, mas estamos animados!
                                                             Itinerário ida

                                                            Itinerário volta (hipótese)