segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Alguns dados sobre cidades

Segue uma tabela com os dados sobre algumas cidades nas quais pretendo passar na viagem à Argentina e aos altiplanos bolivianos. As grandes altitudes estarão presentes nas partes mais interessantes, que são a Quebrada de Humahuaca (Argentina) e a parte mais alta da Bolívia (que inclui Uyuni, Potosi e Sucre).
Ainda falta trocar o pneu dianteiro e a relação de transmissão da Falcon antes da partida. Não levarei alforjes ou malas laterias na moto, apenas o bauleto e uma mochila amarrada sobre o banco, para não deixar a moto excessivamente larga e com menos estabilidade em terrenos ruins.


Dados sobre algumas cidades do percurso:


Cidade
População
Altitude (msnm)
Observações
Sucre
230.000
2.800

Conjunto arquitetônico
Potosi
164.000
4.090
Minas de prata e conj. arquitetônico
Uyuni
21.400
3.670
Salar de Uyuni
Iruya

2.780
Encravada nas montanhas
La Quiaca
14.751
3.442
Fronteira Ar/Bol
Santa Cruz de La Sierra
1.756.926
416
2.102.998 hab na grande Santa Cruz
Villazón
31.600
3407
Fronteira Ar/Bol
Resistência
360.000
50
Capital do Chaco
Às margens do rio Paraná
Corumbá
105.000
118
Pantanal MS

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nova viagem - roteiro na Bolívia

 O trecho boliviano da nova viagem é o que exigirá mais de mim e da moto, devido às condições das estradas e às altitudes alcançadas, grande parte do tempo superiores a 4.000 msnm em locais inóspitos e desabitados. Também não tenho dúvidas que encontarei uma beleza única, rústica, selvagem e praticamente intocada. Acredito que todo o sacrifício valerá a pena. Vamos ver!
Vejam no mapa o percurso dentro do território boliviano.
Trecho a ser percorrido dentro da Bolívia

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Nova viagem à vista!

Estou planejando uma viagem de 8.000 km com duração de 20 dias, para conhecer as belezas e paisagens rústicas dos altiplanos bolivianos.
Sairei do Rio de Janeiro com destino a Foz do Iguaçu, onde se encerra a 1ª etapa da viagem,  dentro do Brasil.
Entrarei na Argentina por Foz e seguirei pela ruta 12 até Resistência. A partir daí cruzarei o Chaco pela ruta 16 até Salta, e de lá para San Salvador de Jujuy. A partir de Jujuy, pela ruta 9 atravessarei toda a Quebrada de Humahuaca com sua beleza agreste e montanhas multicoloridas, chegando a La Quiaca, na fronteira com a Bolívia, onde termina a 2ª etapa, que é a travessia da Argentina.
A 3ª etapa da viagem é bem dura e exigirá muito de mim: após cruzar a fronteira com a Bolívia, a partir de Villazón seguirei por uma estrada de terra em péssimas condições até Uyuni, onde se inicia o salar de mesmo nome. Cabe ressaltar que as altitudes serão em torno de 4.000 msnm, o que torna o trecho muito frio e perigoso. De Uyuni irei a Potosi por estrada também sem pavimento e a grandes altitudes. Potosi é a cidade mais alta do mundo, onde no inverno as temperaturas são em torno de 25 °C negativos! De Potosi irei a Sucre e de Sucre a Santa Cruz de la Sierra.  A partir de Santa Cruz o calor é infernal, e passarei por San Jose de Chiquitos e Roboré até alcançar a fronteira com o Brasil em Puerto Suárez/Corumbá.
 A 4ª e última etapa será percorrer os 1.900 km que separam Corumbá do Rio de Janeiro, passando por Campo Grande, Três Lagoas, Lins, Bauru e São Paulo.
Não dá para ir de Bandit devido aos trechos radicais em serra sem pavimento (e sem pontes) dentro da Bolívia. Pretendo ir de Falcon, que apesar de pouco potente é mais adequada aos trechos ruins. Difícil será cruzar mais de 7.000 km de asfalto em velocidades baixas, em torno de 100/110 km/h, que é a velocidade de cruzeiro dela. Devagar e sempre! Já troquei o pneu traseiro e vou deixá-la em ponto de bala para a longa jornada. Afinal, se já fui até Machu Pichu com ela, levando ainda meu sobrinho Gabriel na garupa, creio que resistirei! Mandarei notícias!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Uruguai no inverno

Entre os dias 12 e 20 de setembro de 2011 fiz uma viagem do Rio a Montevidéu (ida e volta). Creio que deve ter sido minha 7ª ou 8ª viagem ao Uruguai. É uma viagem tranquila e sem surpresas, mas sempre agradável. As estradas e paisagens do sul do Brasil são agradáveis;  o Uruguai, por sua vez,  apresenta boas estradas, cidades calmas e um povo hospitaleiro, o que é um convite a voltar sempre.
Tinha intenção de permanecer por mais tempo em Montevidéu, mas acabei fazendo um bate-volta de 9 dias.
Saí de casa, no Rio, com chuva, que  se dissipou nos primeiros 100 km da via Dutra. Com tempo frio, cruzei São Paulo e entrei na rod. Régis Bittencourt com destino a Curitiba. A temperatura melhorou após a descida da terrível serra do Cafezal, tornando a cair novamente após a subida da serra do Azeite, assim permanecendo.
Contornei Curitiba já à noite, com temperatura baixa, e continuei até Joinvile, onde pernoitei em um hotel à beira da estrada por R$ 32,00. Nesse primeiro dia rodei 965 km.
No dia seguinte, sob um nevoeiro denso e bastante frio, continuei no sentido Sul, passando por Florianópolis e diversas cidades do belo litoral catarinense. O nevoeiro dissipou-se 70 km depois, descobrindo um céu azul e um sol  brilhante.  Entrei em Torres (RS) para rever a cidade, que havia visitado há exatos 30 anos. Andei pelas praias e subi o morro do Farol, de onde se avista boa parte da cidade, inclusive as famosas falésias que são o cartão postal  do local.
Torres - RS

Ao chegar a Osório, segui pela Estrada do Inferno, que corre pela estreita faixa de terra (na verdade é um istmo) entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. É uma reta de mais de 300 km, com fazendas, plantações e alagadiços às suas margens.
Estrada do Inferno - RS

Dormi em Mostardas, sob um frio de 8 °C, em uma pousada bem bacana. Usei 4 cobertores para me aquecer.
Após uma boa noite se sono, novamente na estrada, segui até São José do Norte, onde a estrada do inferno termina. De lá, é necessário tomar uma balsa para atravessar a lagoa dos Patos até Rio Grande. Aguardei a balsa por 2 horas, mais 45 min de travessia e já estava na BR 471, que atravessa a estação ecológica do Taim e segue em direção a Chuí, cidade mais meridional do Brasil. Mais 300 km de retas intermináveis!
Cheguei em Chuí ao cair da tarde e hospedei-me no hotel Bertelli, muito bom. Estava sentindo bastante frio devido à estrada, e como o hotel possuía piscina aquecida, fiquei 45 min imerso nas águas quentes até aquecer o corpo e recuperar-me do frio.
Forte Santa Tereza - Uruguay
Fui a pé até o lado Uruguaio da fronteira para jantar e comprar algumas coisas de que necessitava: um casaco,  meias de lã e um par de luvas térmicas.
Na manhã seguinte, troquei o óleo da moto, saquei dinheiro uruguaio (pesos) em um caixa eletrônico, e ingressei no Uruguai.
As estradas planas e vazias do país nosso vizinho são excelentes! Parei na fortaleza Santa Teresa, apreciei o local e tirei algumas fotos. Segui pela ruta 9 até Rocha, onde almocei em um restaurante bem transado junto à estada.Cheguei em Montevidéu por volta das 16:00 h, e tive muita dificuldade para conseguir hotel, quase todos estavam lotados. Só consegui um quarto por 1 noite no hotel Alvear. Hospedei-me, deixei a moto na garagem e percorri a pé diversas ruas do centro à procura de um hotel para as próximas 2 noites. No dia seguinte pela manhã decidi ir embora: não estava disposto a mudar de hotel. Dei um pequeno passeio a pé pelo centro e pela Rambla, e às 10:00 h parti de volta ao Brasil. Não fiquei nem 24 horas na cidade!
Montevidéu  

  
Retornei pela Rambla, peguei a ruta Interbalneária e depois a ruta 9. Almocei em Rocha, entrei no Brasil por Chuí e fui até Santa Vitória do Palmar, onde pernoitei. Em Santa Vitória, fui de moto até o antigo porto para ver o por do sol na lagoa Mirim, mas as pesadas nuvens de chuva não permitiram. Ventava e estava frio (9°C).
Pela manhã, saí de Santa Vitória com chuva. Durante todo o dia a chuva se alternou com tempo seco, mas o frio e o vento foram constantes. Passei por Pelotas, Porto Alegre e segui pela Free Way até Osório e continuei pelo litoral até Tubarão (SC), onde dormi em um ótimo hotel por R$ 30,00 com direito a um bom café da manhã.                     Incrível! 
                                                                                                                                                                                     

Santa Vitória do Palmar - Porto
                                                     
O dia seguinte também foi todo de estrada, pernoitei em Juquitiba, a 60 km de São Paulo, onde parei bem cansado após a subida da serra do Cafezal, na Régis Bittencourt, no meio de caminhões e ônibus. No posto onde ficava o hotel em que dormi havia um restaurante que funciona durante as 24 horas do dia, e lá mesmo jantei.
Logo cedo no dia seguinte tomei café e parti. Cheguei em Diadema, na FASFSP,  pela manhã. Deixei a moto na oficina para uma revisão e troca da relação de transmissão, e almocei com Ricardo e Pedro. À noite saboreamos uma costela ao bafo preparada pelo Ricardo e ficamos conversando na fábrica. Dormi em um hotel em São Bernardo, foram R$ 50,00 por um quarto sem janelas!

Passei a manhã do dia seguinte na fábrica de Diadema com Ricardo e equipe. Almoçamos juntos. A moto ficou pronta às 13:00 h, foram trocados a relação, velas, óleo, filtro, foram regulados e limpos os carburadores e as válvulas foram ajustadas. Peguei a moto e fui pelo rodoanel até a rod. Trabalhadores, de onde tomei o rumo do Rio.
Cheguei em Rio Claro (RJ) ao anoitecer, ficando por lá mesmo. É o meu refúgio!
Considero a viagem encerrada em Rio Claro, onde fiquei por mais 3dias antes de retornar ao Rio de Janeiro.
Viagem rápida, porém agradável, sem qualquer susto ou problema. Classifico-a como um passeio a Montevidéu, e recomendo àqueles que não têm experiência, pois é um trajeto fácil e sem perigos.



                                                            


terça-feira, 1 de novembro de 2011

O (re) início

Acho que reiniciar é mais difícil do que iniciar! Após 4 anos postando viagens de moto e coisas afins no blog "Viagens e Aventuras de Moto", resolvi tirá-lo do ar, e agora estou retornando, iniciando uma nova série de relatos sobre viagens de moto e algumas coisas que gosto de fazer. Fui muito cobrado por amigos, parentes e até por simples conhecidos para que voltasse a relatar as viagens que faço pelo Brasil, pelas Américas e pelo mundo em geral, principalmente aquelas realizadas de forma aventureira e de moto, que aliás são as que mais aprecio, pois me desafiam e me dão imenso prazer e realização.
Vou procurar, na medida do possível, ilustrar com algumas fotos os locais mais interessantes que for conhecendo nas minhas aventuras pelo mundo. O blog não será pretexto para postar fotos com comentários fúteis, mas, antes de tudo, quero relatar  experiências vividas e  complementar com fotos.
Como no blog anterior, espero ajudar àqueles que se aventuram pelas estradas, mas não tenho a menor intenção de ser  conselheiro ou consultor de viajantes, meu desejo é tão somente contar o que passei,  para que sirva de inspiração ou de aviso aos que pretendem encarar longas (e também curtas) distâncias a bordo de uma moto.
Bem vindos novamente!
Guilherme Edel