sábado, 27 de janeiro de 2018

Curitiba - coda - trecho final

Este último dia foi um passeio! Saí da pousada em Guaratinguetá às 7:40 h e às 9:20 h estava chegando ao portão do meu refúgio, em Rio Claro! É verdade que andei forte, aproveitando que era cedo, a temperatura estava agradável e a Dutra vazia, mas foram apenas 1:40 h de uma viagem agradável e sem chuva!

Chegando, coloquei toda a roupa suja para lavar e retirei as duas rodas da moto para levá-las ao borracheiro, a fim de que fossem montados pneus novos. Como de praxe, lavei a moto, deixando-a pronta para a próxima aventura.
                                            O Tigre sem as patas!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Curitiba - retorno

Os dias em Curitiba foram muito bons para mim. Além da avaliação que fiz sobre minhas condições de saúde para enfrentar longas viagens de moto, serviu para eu conhecer melhor a cidade, seus costumes, sua história e seu povo. Apesar de eu já ter estado inúmeras vezes na cidade, nunca me dispus ou tive a oportunidade de conhecê-la. Muitos bosques e parques urbanos, trânsito relativamente tranquilo e um povo limpo e educado, reflexo direto da imigração européia, especialmente os italianos, ucranianos, poloneses e alemães, que deixaram uma boa cultura enraizada no povo.
Hoje foi o dia da viagem de volta. Às 9 h saí do hotel no Centro Cívico, cruzei a cidade e cheguei à BR-116 juntamente com a chuva, que não me deixou em paz todo o dia, apesar da ótima viagem que fiz. Por 3 vezes, em estiagens, retirei as roupas de chuva, para voltar a colocá-las menos de 10 min depois, sob aguaceiro. A chuva mais forte foi justamente na subida da serra do cafezal, o pior trecho. Andei bem o tempo todo, porém com muito cuidado, pois meus pneus já estão no fim de sua vida útil.
                                                    Só chuva! (Régis Bittencourt)
                                   Parada para abastecimento e almoço, uma rara estiagem.

                                  Chuva! Parada para colocar a roupa de chuva! 

                               

Conheci alguns motociclistas pelo caminho, o que sempre ocorre.
Com chuva, cheguei a Guaratinguetá às 18:30 h, e achei que era hora de parar, pois logo escureceria, e à noite, com chuva e pneus carecas não haveria condições de seguir. Hospedei-me na pousada Bela Vista, onde sempre fico, tomei um banho e saí para jantar em um restaurante de caminhoneiros quase em frente, às margens da Dutra.
Amanhã pela manhã termino essa jornada de avaliação, mas adianto que fiquei satisfeito com as minhas condições! Estou apto a voltar às viagens mais longas, adaptando os percursos ao meu ritmo>

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Curitiba (contin.)

Após um fraco café da manhã, já com a bagagem acondicionada na moto, parti de Registro. Não havia vestígios do temporal que caíra na noite anterior. Ganhei a estrada (Régis Bittencourt) rumo a Curitiba, saindo do tronco principal na altura de Campina Grande do Sul, uma viagem calma e tranqüila, apesar de a estrada estar cheia de caminhões, quase a totalidade dos veículos que nela trafegavam. Fiquei satisfeito ao ver que a represa de Capivari, apesar de ainda estar bem abaixo de sua cota normal, já apresenta recuperação de seu nível.
Como eu não sei andar em Curitiba, utilizei um GPS de automóvel  que refletia a luz solar e tornava impossível ler a tela. Para enxergar as indicações eu tinha que fazer uma “sombra” com a mão na tela e quase deitar em cima do guidão para poder ler as informações. Isto começou a ficar perigoso em meio ao trânsito urbano, pois eu andava grandes trechos sem olhar para a frente e com apenas uma das mãos no guidão. Depois de algum stress, finalmente cheguei ao hotel que houvera reservado, praticamente sem errar, guiado pelo improvisado GPS.

Após me acomodar, saí para almoçar e dar um giro pela cidade, conhecendo alguns pontos turísticos e de interesse. Tudo muito limpo e organizado, como era esperado. Não entrarei na descrição dos locais pelos quais andei, as fotos falam por si. Destaque para a antiga estação ferroviária, transformada em um grande shopping com ênfase na alimentação,  com um interessante museu ferroviário em seu interior. Chama também a atenção o shopping Müller, localizado onde funcionou uma antiga fundição, notável pelo seu tamanho e pelo luxo das instalações

                                           Régis Bittencourt

                                           Parada para abastecimento e café na estrada

                                 Museu Oscar Niemeyer - Curitiba

                                      Curitiba - Centro histórico











                                 Estação Ferroviária

                                 Teatro Paiol

No dois dias seguintes, dediquei-me a continuar a visitar as atrações de Curitiba. Fui ao Bosque Alemão (onde percorri uma trilha), ao Memorial Ucraniano, ao Mercado Municipal, à Ópera de Arame,  ao Museu do Automóvel, e ao Jardim Botânico, por onde circulei algum tempo. Como não poderia deixar de fazer, almocei em Santa Felicidade, no famoso restaurante Madalosso.




                                  Cervejas de todo o mundo no mercado municipal

                                      Mercado municipal
                                                Bosque Alemão

                                  Trilha Hansell und Grettel, no Bosque Alemão


                                            Ópera de arame


                                            Memorial da Imigração ucraniana

                                            Parque Barigui
                                   Restaurante Madalosso, em Santa Felicidade
                                      Museu do Automóvel



                                          

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Curitiba

Quase 3 meses sem andar de moto! Depois de uma cirurgia e alguns problemas de saúde no final de 2017, está na hora de voltar a sentar sobre duas rodas e acelerar! Estou com saudades das estradas, mas preciso ter certeza de que estou realmente pronto para longos percursos, e, para isso, nada melhor do que uma pequena viagem de cerca de 2.000 km (ida e volta) para testar minha condição física e a moto, que também esteve parada aguardando por mim.
O destino escolhido é Curitiba, distante 840 km do Rio de Janeiro. Aproveitei a ida de alguns amigos para encontrar-me com eles por lá e curtirmos um pouco do que a cidade oferece em termos de parques, museus, atrações diversas e gastronomia. Optei por fazer a viagem sozinho, para descobrir meu novo ritmo e ver se alguma coisa mudou.
Parti de Rio Claro às 7:00 h, mas fui em direção ao mecânico para ajustar a caixa de direção da moto, que houvera afrouxado e apresentava folga, após 70.000 km rodados. Feito o aperto, às 7:30 h peguei a RJ-155 com destino a Barra Mansa. Temperatura amena e neblina até a Dutra; na parada para abastecer e tomar o café da manhã em Itatiaia, notei que houvera esquecido o telefone celular no sítio, em Rio Claro. Como é o meu jeito, não voltei, e o ônus foi ficar totalmente sem comunicação. Ninguém saberia de mim nem eu de alguém! Tentei  4 orelhões em pontos que encontrei pelo caminho, mas nenhum deles funcionava corretamente! Já na Régis Bittencourt, após descer a Serra do Cafezal finalmente duplicada, consegui um telefone público que funcionava, mas não havia cartão à venda! O próprio inferno brasileiro! Tentei fazer algumas ligações a cobrar, mas o problema é que eu não sei o telefone de quase ninguém, todos estão no meu celular! Impressionante como ficamos dependentes de um pequeno aparelho em alguns anos!
Bem, voltando à viagem, almocei quase em São Paulo (Itaquaquecetuba), entrei no Rodoanel e cheguei à Régis Bittencourt, que estava bastante cheia de veículos. Após descer a serra do Cafezal, a temperatura ficou insuportável, parecia que eu ia sufocar dentro da roupa, mesmo rodando em velocidade! Suavemente, a Triumph foi devorando os quilômetros, e quando me dei conta já estava em Registro. 
                                            Parada na Régis Bittencourt (BR-116)

                                                   Hotel em Registro

Ainda eram 16 h, eu poderia tocar até Curitiba, mas a falta de reserva no hotel e o calor sufocante na estrada me fizeram entrar em Registro e procurar um hotel  com ar condicionado para pernoitar. Hospedei-me no mesmo hotel onde já fiquei em viagens anteriores, bom e bem localizado.
Após um aliviante banho frio, saí pelas ruas e comprei um celular simples e um chip, ao menos assim eu posso me comunicar em caso de necessidade, embora os amigos e familiares ainda não saibam o meu número!
                                    Registro - parque Beira Rio

                                             Com o novo celular: volta ao passado            


Por volta das 20 h saí para jantar. Quando estava pagando a conta começaram os raios e trovões. Apressei-me para voltar ao hotel,  caminhei apressado com os primeiros pingos de chuva. Aliás, a chuva foi extremamente camarada: esperou eu chegar ao hall do hotel para desabar impiedosa, com trovoadas ensurdecedoras! Assim, ao abrigo, termino este primeiro dia de viagem, com um saldo positivo de satisfação por estar de volta às estradas e às motos, o que são duas coisas que me dão imenso prazer!
                                  Rio Ribeira do Iguape, com a Régis cruzando-o sobre a ponte, ao fundo