sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Diamantina com (muita) chuva

Viagem a Diamantina, realizada entre 12 e 15 de novembro de 2016


Dia 0 (zero)
Havíamos programado uma viagem à cidade de Capitolio entre os dias 12 e 15 de outubro de 2016, mas em vista da dificuldade em conseguir hotel ou qualquer tipo de acomodação, mudamos o destino para Diamantina.
Como a Triumph estava em Rio Claro, parti de lá na tarde do dia 11 de novembro, uma sexta-feira, para encontrar com os demais participantes da viagem. Fiz uma boa viagem sob muito calor na expectativa de um temporal de fim de tarde, que não veio! Graças aos céus!
Abasteci a moto em Barra do Piraí e percorri a BR-393 até o entroncamento com a BR-040, em Três Rios. A BR-393 estava mais vazia que o normal, foi um passeio percorrê-la.
Mais um trecho de BR-040 e cheguei a Juiz de Fora. 
Fui procurar hotel, pois marcamos encontro amanhã pela manhã em um posto rodoviário próximo. Não foi fácil, a cidade é grande e confusa, fui até o centro, andei pela periferia e acabei me hospedando em um hotel mais caro do que gostaria, mas já estava cansado de procurar e não achar nada barato. O hotel é luxuoso demais para apenas uma noite, mas eu estava cansado e querendo tomar um banho e dormir com conforto, então veio a calhar.
Saí a pé até um mercado próximo, onde comprei um sanduíche natural e água mineral, que foram meu jantar!
A viagem propriamente dita começará amanhã, após o encontro com o pessoal que virá do Rio em suas motos.
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Dia 1
À noite choveu absurdamente, muita água, trovoadas e muito barulho da chuva caindo. Eu estava abrigado no hotel, mas a moto houvera ficado ao tempo, recebendo todo aquele volume de água!
Pela manhã já não chovia, mas tudo estava molhado (inclusive a moto!) e o tempo fechado, com nuvens.
Dirigi-me ao local marcado para o encontro, cheguei 1 hora antes do horário marcado, como é o meu jeito!
O pessoal chegou exatamente na hora marcada, às 9:30 h, uma pontualidade britânica!
Fizemos um lanche no posto, abastecemos as motos, conversamos e partimos às 10:30 h.
São ao todo 6 pessoas em suas respectivas motos: alem de mim, fazem parte da turma: Sylvio (Boulevard), Marcos (CB500x), Marcinho (CB500x), Galvão (Boulevard) e Vitor (Ténéré 250).
Suguimos pela BR-040 e paramos para almoçar em Congonhas, no exato instante que a chuva chegou, e a partir deste ponto não nos deixaria mais.
                                 Encontro no posto em Juiz de Fora

                                   Abastecimento na estrada, sob chuva

Contornamos Belo Horizonte pelo anel rodoviário, a chuva aumentou bastante, mas fomos seguindo, com muita água e pouca visibilidade. Após parada para descanso em uma pamonharia, a chuva diminuiu. Passamos por Curvelo, e, novamente, no trecho em serra, a chuva aumentou e a noite chegou. Continuamos à noite com chuva e chegamos em Diamantina por volta das 20 h, com bastante chuva.
                                Parada para descanso da chuva na pamonharia, em Paraopeba

A pousada, ou melhor, o hostel, renderia páginas  de relato, mas não me alongarei. Digo apenas que, no final das contas, ficamos hospedados em um quarto com 9 camas empilhadas, tipo beliche, e um unico banheiro, depois de expurgar 2 hóspedes surdo-mudos e dormir em companhia de um japonês, que saiu pela manhã.
Jantamos uma pizza com cervejas e vinho no centro histórico, e voltamos ao hostel debaixo de chuva.
                                  Labirinto de beliches no quarto: sem espaço para circular!        

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Dia 2
Acordamos no dia seguinte, um domingo, com chuva e tempo totalmente fechado. Na falta de programa melhor, decidimos fazer um churrasco nas instalações do hostel. Sob chuva, saimos para comprar carne, carvão, sal, bebidas, pão e temperos. O Galvão tem excelentes dotes culinários e assumiu a cozinha!
Passamos o dia todo na área da churraqueira do hostel, conversando, comendo churrasco e tomando vinho. Foi o máximo que a chuva nos permitiu fazer!
À noite, como a chuva não nos permitiu sair do hostel, pedimos hamburgueres, que foram entregues às 23:30 h. Comemos e fomos dormir, esperando que amanhã o tempo nos permita ao menos sair para conhecer a cidade!

                                  Churrasco e vinho na pousada

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Dia 3
Mais uma vez, o dia amanheceu com o tempo fechado e chuvoso! É uma segunda feira, 14 de novembro de 2016, mas não era preciso ter tanta cara de segunda feira! Resolvemos desafiar o tempo e sair, ao menos para um passeio de reconhecimento pelas ruas da cidade. Eu já estive em Diamantina anteriormente, mas meus companheiros não a conhecem!
Para não passar mais um dia inteiro dentro da pousada, saimos debaixo de chuva para explorar a cidade; logo a chuva ficou mais forte, deixando-nos encharcados! Andamos por ruas, becos e praças, passamos por igrejas e museus e conhecemos o que foi possivel sob a chuva implacável caindo em nossas cabeças. Os museus da Casa de Juscelino e da Chica da Silva estavam fechados, não  foi possível visitá-los.
                                                      Muitas ladeiras!





                                         Mercado dos tropeiros


                                     No mercado dos tropeiros

Após almoçar retornamos à pousada, sempre acompanhados da chuva impertinente, que não nos deixou por um momento sequer.
                                 Museu Casa de Chica da Silva

                                  Almoço no centro histórico

Os rapazer decidiram fazer um passeio à vila de Biri Biri em um carrro alugado. Como jáa conheço  o local, optei por não ir. Chuva, lama e carro fechado não combinam muito comigo, principalmente se já fui ao local a ser visitado! Enquanto eles estavam fora visitando algumas atrações, sai às ruas e fui a uma padaria, onde tomei um café com leite e comi pães recém saídos do forno. Desnecessário dizer que voltei molhado ao hostel. Eles gostaram do passeio, apesar de não terem aproveitado as cachoeiras e caminhadas.
Quando chegaram de volta, saímos para jantar em um restaurante agradável e com boa comida, regada a vinho. Um boa caminhada pelas ladeiras de Diamantina, sob a garoa que caía!

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Dia 4
O dia em que faríamos a viagem de volta foi o primeiro que amanheceu sem chuva. Ficamos animados, após o café da manhã na pousada saímos com motos e bagagens, às 9:00 h, com destino ao Rio de Janeiro.
                                                  Partida de Diamantina - retorno ao Rio

Seguimos sem muita pressa no trecho serrano e abastecemos próximo a Curvelo. A viagem estava agradável, temperatura amena e não chovia.
Fizemos o contorno de Belo Horizonte pelo anel rodoviário, e logo ao entrar na BR-040 a chuva veio com vontade, foi o temporal mais forte de toda a viagem, e alguns de nós, inclusive eu, não estávamos com a capa de chuva, e não havia como parar para colocar, não havia acostamento ou refúgio na estrada. Muita água e muita lama de minério, fomos seguindo, pois nem postos havia no trecho.  Só conseguimos parar em Congonhas, onde almoçamos e constatamos o estrago: totalmente molhados e enlameados, parece que a lama é uma marca registrada de Minas Gerais!
Trocamos de roupa no estacionamento do restaurante e seguimos com os pés encharcados!
                                 Parada para o almoço, após a forte chuva com lama

Fizemos uma parada no Graal Silvio's e o Marcinho seguiu em frente, desencontrando-se de nós.
Mais adiante, em Três Rios, entrei na BR-393 em direção a Volta Redonda e Sylvio, Marcos, Galvão e Vítor continuaram na BR-040 até o Rio. Pegaram muita neblina na descida da serra de Petrópolis.
Ainda peguei uma forte pancada de chuva próximo a Vassouras, já à noite, mas só fui parar em Barra do Piraí, para abastecer e tomar um café, criando forças para encarar à noite o último trecho, de 80 km até Rio Claro. Já eram 20:00 h e havia um motel de quinta categoria em frente ao posto. Decidi pernoitar ali, não estava disposto a encarar a RJ-145 à noite com neblina, depois de haver pilotado mais de 700 km em condições cansativas. Hospedei-me por R$45,00 e passei a noite às margens da BR-393, na entrada de Barra do Piraí.
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Dia 5
O hotel não tinha café da manhã, tomei um café no posto em frente e encarei a estrada para Rio Claro, chegando às 8:30 h ao meu refúgio!
Soube que todos chegaram bem, inclusive o Marcinho, que se desgarrou de nós no Graal em Ewbank da Câmara.
Lavei as roupas sujas, lavei a moto e guardei as coisas.
Pronto para a próxima!

Apesar da chuva que nos castigou durante os 4 dias e do muquifo em que ficamos hospedados, foi uma viagem agradável. Soubemos superar as adversidades e aproveitar o tempo em que estivemos juntos, quer viajando, quer em Diamantina. Soubemos fazer do limão uma limonada, por sinal, bem saborosa!
Agradeço aos companheiros e amigos pelo passeio prazeroso e pela parceria em todos os momentos:
Sylvio, Marcos (Talhadeira), Marcinho, Galvão e Vítor. Todos foram ótima companhia!