domingo, 14 de fevereiro de 2016

Falcão (distrito de Quatis) a Resende

Mais um pequeno passeio para conhecer novas estradas e aproveitar para apreciar novas paisagens, obviamente sobre duas rodas.
                                              Saída de Rio Claro

Parti de Rio Claro em direção a Falcão, distrito de Quatis, ao pé da serra da Mantiqueira. Após a RJ-155 e um trecho da Dutra, entrei na RJ-159, que inicia em Quatis, passa por Falcão e segue em direção à divisa RJ/MG.
                                            Ponto de início da estrada de terra até Pedra Selada

Cerca de 1 km após o pequeno distrito de Falcão (km 24 da RJ-159), depois de cruzar o rio da Paca, inicia-se uma estreita estrada de terra que passa por Fumaça e Pedra Selada. Esta estrada é o nosso objetivo, e deve ser percorrida com cuidado, pois além de estreita e com muitas erosões, há trechos com areia e pedras soltas; às vezes cruza-se com veículos SUV ou 4x4 em velocidade incompatível com a estrada e muitas vezes fazendo as curvas na pista contrária, creio que seus condutores exigem tudo do carro em uma estrada de terra para justificar a aquisição de um veículo que, teoricamente, enfrenta estradas por onde jamais passará.
                                  Estrada para Fumaça e Pedra Selada, com o rio da Paca ao lado



Durante todo o percurso há rios às margens do caminho, inclusive formando diversas cachoeiras, o que torna o passeio ainda mais agradável. A estrada passa pela vila da Fumaça, um povoado perdido nas montanhas banhado por rios de águas limpas, com várias igrejas e capelas.


                                 Igrejinha de Fumaça, sobre um monte



                                  Ao fundo, viaduto da Ferrovia do Aço cortando a paisagem





Continuando na estrada de terra, chega-se a Pedra Selada, outro povoado, onde encontramos o asfalto da RJ-161. Essa estrada asfaltada (RJ-161) atravessa o rio Pirapitinga em uma ponte estreita, onde há muitas pessoas fazendo piquenique  às suas margens e tomando banho.

                                             Estradas a serem exploradas...

Alguns quilômetros adiante chega-se à via Dutra, em Resende. Tomei o sentido São Paulo e entrei em Penedo, cidade de arquitetura e tradições finlandesas, onde almocei uma deliciosa truta defumada em um restaurante especializado, um dos melhores da cidade.

Um pouco mais de uma hora após o almoço, estava chegando de volta ao meu refúgio em Rio Claro. Um passeio de 240 km e mais uma pequena estrada desbravada!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Rio Claro em preto e branco

Uma terça feira de carnaval ensolarada, pela manhã. Aproveitei a cidade vazia devido aos festejos do carnaval da véspera para tirar algumas fotos, embora não estivesse com um bom equipamento fotográfico à mão. Mesmo  com as cores vivas acentuadas pelo céu azul e o sol brilhante, optei por apresentar as fotos em P&B, acrescentando um toque nostálgico.

A cidade tem crescido de forma desordenada e com construções sem qualquer estilo e de baixa qualidade, portanto o maior esforço é mostrar somente a parte “boa”, ou seja, as construções que possuem algum estilo arquitetônico condizente com o passado histórico do local, que abrigou fazendas de cafés, senzalas e casario colonial.
                                           Capela São José, bairro Vila Velha

                                           Residencia familiar

                                  Igreja e o filho mais ilustre do lugar, o poeta Fagundes Varela


                                  Igreja N. Sra. Piedade, na praça principal



                                              


                                           Casarão em reforma

                                          Rio que dá nome à cidade, cruzando-a no centro

                                                  Cemitério municipal

                                          Antigo prédio da Prefeitura, hoje Casa da Cultura

                                           Estação de trens, desativada há alguns anos


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Rodovia dos Tropeiros... e muito mais!

Ontem, domingo de carnaval, resolvi refazer um passeio que já realizei ao menos uma 10 vezes, mas que sempre é interessante, principalmente porque queria terminá-lo de uma forma diferente das vezes anteriores. Trata-se de percorrer um trecho da rodovia dos Tropeiros (SP-68), que nada mais é do que a antiga estrada Rio-São Paulo, desativada como tal desde a inauguração da via Dutra, em 1950.
O trecho percorrido inicia-se no estado do Rio de Janeiro com a denominação RJ-139, passando a SP-68 quando adentra o estado de São Paulo. Esta estrada é composta de curvas consecutivas e não está em bom estado, mas há obras em toda a sua extensão, o que é um alento. Passei pelas cidades e distritos de Bananal, Arapeí, São José do Barreiro, Areias e Silveiras. Por ser um domingo de carnaval, todas estas localidades estavam com os seus centros históricos interditados e enfeitados para as festividades, o que prejudicou as visitas.


                                           Bananal - farmácia mais antiga do Brasil

                                             Areias

                                            Antigo cinema em Areias         

Tendo partido de Rio Claro com a XT 660R, após rodar 140 km em cerca de 3 horas, cheguei a Silveiras. 



                                           Silveiras
A partir desta cidade percorri um caminho em estradas vicinais que leva a Cunha. Essas pequenas estradas têm traçado extremamente sinuoso, subindo e descendo morros, mas sempre correndo em altitudes elevadas. Em alguns trechos chegava a fazer frio, apesar de estarmos no auge do verão. Andar cercado por serras e montanhas é uma coisa muito bacana, mas andar sobre as serras e montanhas, subindo,  descendo e acompanhando o relevo, é mais legal ainda. A estrada que liga Silveiras a Cunha possui trechos asfaltados, trechos calçados com bloquetes (pavimento intertravado) e um trecho em terra, sempre estreita, sinuosa e com aclives e declives. São pouco mais de 60 km muito agradáveis, com alguns rios e cachoeiras às margens da estrada.
  
                                Alto da serra, entre Silveiras e Cunha

                                           Trecho calçado com bloquetes

                                 Cachoeira na estrada entre Silveiras e Cunha




Em Cunha, ao invés de voltar pela via Dutra, como seria usual, peguei a estrada  Cunha-Parati (SP-171), descendo a serra, cujo trecho remanescente de terra foi recentemente pavimentado com bloquetes. Ainda há algumas obras a serem feitas, mas agora a descida da serra é “civilizada”, pois o trecho sem pavimento era terrível e muito perigoso, devido a valas, erosões e terra solta, agravado pelo  forte ângulo de inclinação e pelas curvas fechadas. Ficou uma beleza! Peguei neblina e um pouco de chuva na serra, chegando também a sentir frio.
                                  Cachoeira às margens da estrada Cunha-Parati  

                                           Voltando ao Rio de Janeiro - descida da serra para Parati

Ao chegar  a Parati, entrei na Rio-Santos, uma das mais belas estradas do Brasil, percorrendo 90 km até Angra dos Reis, onde ingressei na RJ-155, que, após subir a serra, me levaria de volta a Rio Claro. A chuva caiu forte quando iniciei a subida, e só parou após o 3º túnel, deixando-me totalmente encharcado. E assim, molhado, cheguei  de volta a Rio Claro, de onde saíra às 9:00 h, após rodar 9 horas e exatos 382 km (eram 18 h na chegada).

Foi um passeio maravilhoso, onde passei por diversos tipos de estradas. Destaque especial para o trecho Silveiras-Cunha, todo sobre montanhas, com vistas e paisagens sensacionais.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Passeio completo!

Não desisto facilmente das coisas que desejo. Dormi inconformado com o fato de não haver conseguido terminar o passeio de Rio Claro a Passa Três através de uma antiga estrada de terra (ver postagem de ontem, 31 de janeiro de 2016).
Hoje, dia seguinte ao passeio interrompido por uma porteira trancada, levantei cedo, dei uma olhada no “Maps”, peguei a XT 660R e voltei ao local. Descobri que a estrada principal contorna a fazenda onde há a porteira trancada.
                                          RJ-149


                                             Início da estrada de terra        

Percorri  os 15 km no asfalto da RJ-149 e cheguei ao início da estrada de terra que conduz a Passa Três, ingressando nela. Depois de 2 km há uma bifurcação. A impressão é que estamos entrando em uma estrada secundária ou sem saída, mas este é o caminho correto. O estado da estrada não é bom, mas é possível percorrê-la com um carro comum mais alto ou de moto. Há muitas erosões, desmoronamentos, atoleiros, valas e trilhos de roda, o que exige muito cuidado, principalmente sozinho e com uma moto pesada como a XT. Há no trajeto uma ponte cuja cabeceira está desmoronando, mais algumas chuvas fortes e a passagem será impossível, a menos que haja alguma intervenção urgente.
Este passeio valeu o dia, foi espetacular. Passei por rios, cachoeiras, matas, muitos morros e contornei parte da represa de Ribeirão das Lajes, em uma solidão aprazível! Há uma serra no caminho, também belíssima, onde não é possível cruzar 2 carros. Não cruzei com nenhum carro durante todo o percurso, apenas com uma moto, já na chegada a Passa Três.
                                 Deixando a boiada passar

                                Um dos muitos córregos às margens da estrada

                                          Entre morros, vales e rios


O caminho é todo ladeado por fazendas e muito gado. Apenas próximo à chegada em Passa Três a estrada fica mais plana, em todo o restante do trecho são muitas curvas e um sobe-e-desce constante.

                                          Nem sempre a estrada é boa...



                                  Muito gado ao longo da estrada

Foram exatos 20 km na estrada de terra até Passa Três, de lá mais 20 km de asfalto e curvas até Rio Claro. Um total de 55 km e 2 horas de puro prazer! Um ótimo passeio para levar amigos mais aventureiros que me visitam em Rio Claro! Altamente recomendável!
                                           Uma ponte de concreto no meio do nada!

                                 Córrego cruzando a estrada