domingo, 20 de outubro de 2013

Vitória ao Rio de Janeiro - 16º e último dia

O dia amanheceu com neblina baixa; saí do hotel às 7:00 h e encontrei uma estrada bem mais vazia que nos dias anteriores, por ser um domingo.
O trecho a partir de Vitória apresenta muitas curvas, sendo difícil ultrapassar sem "queimar" a faixa contínua. O visual é bonito, com grandes formações rochosas margeando a rodovia.
Segui em um bom ritmo, deixei o Espírito Santo e entrei no Rio de Janeiro, onde a BR-101 é concessionada à OHL (Autopista Fluminense). A sinalização melhora, mas o traçado é o mesmo, com curvas demais. A travessia da cidade de Campos (RJ) melhorou, mas ainda é muito lenta, é necessária a construção urgente de um contorno que retire o tráfego da rodovia de dentro da cidade. O mesmo pode ser dito em relação a Linhares (ES), que atravessei ontem, com inúmeros quebra-molas. Sorte que hoje é um domingo, mas mesmo assim, perdi bastante tempo nos 30 km que precedem e antecedem Campos, além da travessia da cidade.
O dia estava quente e ensolarado, se ontem me molhei, hoje senti calor! O que é pior? A chuva, com toda certeza! Almocei em Casimiro de Abreu e às 14:30 h estava chegando ao portão de casa. Foi um dia muito tranquilo, nem senti os 530 km rodados! -------------------------- A viagem como um todo foi maravilhosa e deliciosa. Reencontrei amigos, conheci novos lugares e revisitei locais onde gosto de estar. Tudo deu certo, nos mínimos detalhes. A moto se comportou de forma exemplar, exigindo apenas gasolina e óleo na corrente. Troquei um pneu traseiro e o óleo em Feira de Santana e foi preciso fixar o painel em Aracaju. Nada mais. Foram 4.980 km rodados sem percalços ou sustos. O asfalto das rodovias que percorri apresentava-se de forma geral em bom estado. Alguns buracos, algumas imperfeições, mas perfeitamente trafegável com relativa segurança. Enfim, uma viagem perfeita! Mais uma viagem encerrada com sucesso! Thanks to god!

Itabuna (BA) a Vitória (ES) - 15º dia

Às 7:00 h já estava saindo de Itabuna e entrando na BR-101 sentido Sul. Foi um dia cansativo, com muitas pancadas de chuva, o que deixava a sinuosa e perigosa BR-101 ainda mais traiçoeira. Rodei o dia inteiro em meio a um razoável movimento na estrada, atravessando o estado da Bahia e ingressando no Espírito Santo. Passei por muitos acidentes, o que reforça a tese de que a estrada é realmente muito perigosa. É um sobe-e-desce constante, muitas curvas e pista simples. Há também muitas curvas perigosas e poucos pontos realmente seguros para ultrapassagens, os motoristas se exasperam e acabam cometendo imprudências. Com a saturação de veículos, dá para imaginar o resultado!
Anoiteceu e eu estava na entrada de Vitória, após ter rodado cerca de 800 km em meio a chuvas intermitentes e pistas quase sempre molhadas. Entrei no contorno de Vitória e liguei para o Barão, velho amigo de infância e de atividades musicais, e ele veio encontrar-me em um posto no contorno. Conversamos durante cerca de duas horas, foi um ótimo reencontro, após muitos anos (creio que mais de 10 anos!). Repetindo o que já disse, é muito bom rever amigos de quem gostamos. Despedimo-nos às 21:20 h, ele voltou para sua casa e eu segui por mais 20 km até encontrar o Hotel Canaã, em um posto de gasolina, e ali me hospedei para passar a noite, estava cansado demais pelo dia tenso e puxado. Não havia o que jantar, consegui um hamburguer por um favor especial da atendente da lanchonete do posto, o que valeu por uma refeição. Tomei um banho reconfortante, estava muito sujo de lama e óleo, bati na cama e apaguei.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Aracaju a Itabuna - retornando - 13º dia

O retorno é sempre uma coisa chata, pois não há mais a ansiedade e a expectativa do novo, do desbravamento e do descobrimento. Estou a 2.000 km e a três dias de casa, preciso ter calma e tranquilidade para viajar com segurança e chegar bem. Saí às 8:35 h de Aracaju pela linha verde, a fim de evitar o intenso trânsito para cruzar a cidade até a BR 101, a qual só acessei em Estância. A BR 101 estava bem cheia, com caminhões em excesso. Segui até cruzar a BR 324, e parei para almoçar. Por uma distração, errei a direção na saída do restaurante e voltei 35 km até descobrir o erro. Acabei andando 70 km "de graça", e perdendo tempo precioso na viagem. Optei por voltar para o Rio pela BR 101 ao invés da BR 116, mas tenho sérias dúvidas se fiz a escolha correta, pois a estrada é sinuosa, perigosa e apresenta um grande volume de caminhões e carros. As ultrapassagens são difíceis e várias vezes dei de cara com caminhões fazendo ultrapassagens vindo em minha direção na minha pista, obrigando-me a frear forte e me jogar no acostamento, que é desnivelado em relação à faixa de rolamento. Um risco grande. Consegui chegar a Itabuna (BA) às 18:30 h, rodando durante uma hora à noite. Entrei na cidade e hospedei-me em um hotel para passar a noite.

Aracaju e arredores - 9º ao 12º dia

O tempo não esteve bom nos primeiros dias, alternava mormaço com diversas pancadas de chuva durante o dia, o que me impediu de fazer todas as coisas que houvera planejado. Devido ao céu quase sempre encoberto, as fotos também não ficam boas, perdendo as nuances das cores e apresentando um céu branco como pano de fundo. Acabei ficando um dia além do previsto em Aracaju para compensar períodos de chuva, e, apesar do mau tempo na maioria dos dias, consegui fazer algumas coisas interessantes e revisitar alguns locais; resumindo, foram dias ótimos, e acabei convivendo numa boa com mormaço, nuvens e pancadas de chuvas. Resumindo: - reencontrei amigos, como o Ewerton; -assisti a um show da banda do Ewerton, foi uma lavagem da alma; - assisti a um show da banda Scama de Peixe, formada por 3 mulheres muito talentosas, que me impressionaram muito bem; - fiz novamente um passeio a Canindé de São Francisco, naveguei pelo canion do Xingó e mergulhei e nadei no “velho Chico”;
- (re)visitei Piranhas (Al), cidade histórica muito interessante às margens do Rio São Francisco;
- (re)visitei São Cristóvão, cidade histórica, antiga capital de Sergipe;
- caminhei pelos calçadões da praia de Atalaia; - fui à praia e tomei banho de mar, coisa que não fazia há muito tempo;
- fui ao mercado popular;
- andei pelas ruas, praças e pontos de interesse do centro por diversas vezes;
- circulei pelas novas avenidas e vias expressas da cidade; - andei de ônibus várias vezes; - comi muita comida típica, inclusive o tradicional caranguejo. Ficou faltando fazer o passeio pela Crôa do Goré na foz do rio Vaza Barris e uma visita à Barra dos Coqueiros e Atalaia nova, coisas que o mau tempo não permitiu. Ainda assim, a estada em Aracaju foi deliciosa, sempre gosto de voltar à cidade, que está bonita e bem cuidada. Estou satisfeito!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Aracaju 8º dia Só chuva!

Ontem à noite, após o jantar, ainda fui assistir a uma apresentação da banda do Ewerton, amigo de longa data, no Cariri, um badalado restaurante e casa de shows localizado na praia de Atalaia. Foi um pop/rock da melhor qualidade, nem senti o tempo passar, e acabei saindo antes de acabar, as 0:20 h, pois estava bastante cansado. Adorei ouvir todas as músicas que gosto tocadas com competência pela banda, que é ótima. Hoje pela manhã o tempo amanheceu um pouco melhor, alternando sol e mormaço. Dei uma caminhada de mais de uma hora pela orla e fui à praia, mas não dava para entrar no mar. Além da praia não ser boa para banho, com águas marrons e muitas ondas, ventava muito. Acabei ficando na piscina da pousada. Almocei com Ewerton no Cariri, conversamos muito e colocamos o assunto em dia. É sempre muito bom rever amigos de quem realmente gostamos.
Após o almoço tentei ir ao centro da cidade, pois queria aproveitar o fato de ser domingo e a movimentação de gente e automóveis ser pequena. Antes da metade do caminho, no Parque dos Cajueiros, a chuva me pegou, tive que entrar no parque e me abrigar até que houvesse uma estiagem. Fiquei com a roupa toda molhada, e o pior é que o único tênis que trouxe ficou encharcado! Como eu posso ter esquecido que em Aracaju a chuva cai a qualquer momento? Tive que retornar ao hotel, concluindo que, de moto e com tempo ruim, estou condenado a ficar confinado na pousada!
Saí para jantar a pé, e novamente a chuva me pegou a 800 m da pousada, obrigando-me a esperar por mais de 1 hora dentro do restaurante até que diminuísse o suficiente para eu voltar, mesmo assim me molhei bastante. Assim, nada me restou fazer a não ser recolher-me ao meu quarto e esperar o sono chegar.

sábado, 12 de outubro de 2013

Alagoinhas (BA) a Aracaju (SE) 7ºdia

Não dormi bem à noite, havia muriçocas no quarto do motel! Acabei levantando-me às 5:00 h, aos primeiros sinais de claridade; arrumei-me, carreguei a moto e fui tomar um café com pão no restaurante em frente, onde ficara ontem à noite aguardando para entrar no motel. Às 6 h já estava na estrada (BR-101) com destino a Aracaju.
Como eu estava adiantado, fui devagar e fiz diversas paradas ao longo do trecho. Em Umbaúba entrei em um estrada que leva até a linha verde, que é uma rodovia que corre próxima ao litoral, entre Salvador e Aracaju, É uma boa alternativa à BR-101, pois o tráfego é somente de carros leves, sem caminhões. Passei pela nova ponte sobre o rio Piauí (Ponte Gilberto Amado) e pela ponte sobre o rio Vaza Barris (Ponte Joel Silveira), sendo que esta última eu já conhecia.
Foi um percurso agradável, às 9:30 h cheguei a Aracaju e fui para a pousada que houvera reservado a partir de amanhã. Não havia quartos livres, mas pediram-me que aguardasse até após as 12 h, para ver se haveria algum no-show ou desistência. Fui para o centro, todo o caminho está bonito e bem cuidado, com novos prédios e diversas alterações viárias. No centro, encarei um congestionamento terrível, nem de moto dava para andar. Estacionei a moto onde pude e andei a pé por algumas ruas. Quando estava voltando para pegar a moto, um grande incêndio consumia 5 lojas a uma quadra de onde eu estacionara, e os bombeiros não estavam conseguindo debelar o fogo. Corri para a moto com o coração apertado, toda a bagagem, inclusive meus documentos e cartões estavam nela! Graças aos céus o incêndio não chegou até a moto, e pude sair aliviado!
Para fazer hora, fui ao shopping Riomar, onde almocei, e de lá liguei para a pousada. Conseguiram um quarto para mim, peguei a moto com toda a bagagem e rumei para lá, onde descarreguei a moto, acomodando toda a minha tralha em um canto do quarto. O tempo está encoberto e ventando muito, assim mesmo dei uma pequena caminhada pela orla da praia de Atalaia, e verifiquei que as construções antigas e precárias estão dando espaço para hotéis e residências de luxo, e o padrão dos bares e restaurantes está mudando, estão se tornando mais sofisticados. Também está havendo recuo dos prédios, não sei se a intenção é aumentar a rua ou a calçada. A região da Atalaia está muito bonita.

Lençóis (Tanquinho) (BA) a Alagoinhas (BA) 6º dia

Saí às 7 h do hotel em Tanquinho, tendo tomado apenas um cafezinho. Andei por uma hora com temperatura amena e parei em um posto em Itaberaba, onde tomei um café com leite e comi um sanduíche natural, o que foi meu café da manhã. Saí da BR-242 para evitar o grande movimento de carretas na chegada a Feira, e segui por uma estrada alternativa para Ibirá; lá chegando, tomei uma BR em direção a Feira. A dica do caminho alternativo foi de um viajante que conheci em Correntina, e se mostrou perfeita, pois só peguei estradas vazias até chegar à BR-116 próximo a Feira de Santana. O trânsito no anel rodoviário de Feria estava infernal, com muitas carretas e caminhões. Fui para a FASFESA, onde Augusto e Fabrício, ex-colegas de trabalho me aguardavam.
Fomos almoçar juntos, mas antes passei em uma loja para comprar um pneu e em um borracheiro para trocar o pneu traseiro da moto, pois não havia mais condições de rodar com ele, havia chegado ao limite de uso. Ao recolocar a roda no lugar, o borracheiro montou algo errado no freio, pois a moto estava travada e sem freio na roda traseira, mas fui almoçar com ela assim mesmo. Conversamos bastante durante o almoço, e na saída fui a um mecânico para consertar o freio traseiro. Aproveitei para trocar o óleo da moto. Augusto e Fabrício me ajudaram na compra do pneu, com o borracheiro e com a oficina mecânica, foram muito gentis, como sempre.
Segui viagem para Aracaju, em meio a um trânsito infernal de carretas na BR-101, que é uma rodovia de pista simples. Começou a chover, ainda bem que eu havia trocado o pneu, e para piorar, foi escurecendo. Não havia mais condições de seguir à noite, com chuva e de moto! Seria desafiar demais a sorte e dar muito trabalho aos anjos da guarda! Em Alagoinhas, achei um motel de 2ª categoria às margens da rodovia e hospedei-me para passar a noite. O problema é que a diária é de 10 horas, se eu ficasse mais tempo teria que pagar outra diária. Conclusão: esperei em um restaurante de beira da estrada em frente, das 18 h às 21 h para dar entrada no motel, isso para que pudesse sair no dia seguinte ao menos às 7 h. Chovia e não havia o que fazer no restaurante, ainda bem que conheci um casal muito bacana, Wagner e Luciana, que me viram de moto e vieram conversar. Eles pretendem ir ao Peru no final deste ano e falamos bastante a respeito. Eles já moraram em Aracaju, e também conversamos sobre a cidade.

Cruzando o sertão: Correntina (BA) a Lençóis (BA) - 5º dia

O dia foi marcado por muita estrada, sol, calor e mau cheiro. Explico melhor: saí de Correntina às 8 h, sob céu azul e promessa de muito calor. Não deu outra, o sol castigou quase todo o dia e as estradas apresentavam longas retas desabitadas, porém com o cheiro nauseabundo de centenas de carcaças de animais mortos à beira da pista em decomposição. Um cenário feio e triste e um cheiro horroroso que se fez presente ao longo de todo o dia. Cheguei a andar trechos de 170 km sem qualquer recurso, ou seja, posto de gasolina, bar, lanchonete ou cidade. Nada, só a estrada e a vegetação de caatinga ressequida às suas margens e muitos animais mortos, alguns por atropelamento e a maioria de sede e desnutrição.
Peguei o caminho pela BA-172 (170 km) até a BR 242, que é a estrada que vai de Feira de Santana até o extremo oeste da Bahia. Longas retas e uma paisagem monótona, o sol queimava forte e a moto foi devorando os quilômetros. Almocei em um posto no meio do nada, cerca de 50 km depois cruzar o rio São Francisco em Ibotirama, às margens da BR-242. À medida em que a tarde chegava, o céu foi ficando nublado e o sol desapareceu de vez, achei até que ia chover. E, repentinamente, a paisagem mudou: apareceram curvas na estrada, contornando as formações da chapada Diamantina, e tudo ficou mais agradável, havia até subidas e descidas. Eu estava na região da chapada próximo a Lençóis, meu destino previsto para o dia de hoje. Entrei em Lençóis e uma surpresa: hoje se iniciava o festival de Lençóis, com 4 dias de atrações musicais, incluindo Cidade Negra, Margareth Menezes e Vanessa da Mata. A cidade fervilhava de turistas e gente pelas ruas e bares, e não havia vaga nas pousadas. Dei uma volta a pé pela cidade, gostei muito! É mais legal que Mucugê, Rio de Contas e Andaraí! Até consegui pousada para 1 noite, mas a preço alto, e, além do mais, a muvuca não me interessava, eu queria pernoitar duas noites em Lençóis para conhecer a cidade e fazer algumas caminhadas pela chapada, não para ouvir barulho e beber!
Já havia rodado 550 km sob forte sol, e queria descansar; assim, sentei-me na moto e segui em frente, só que a próxima cidade (Itaberaba) ficava a 130 km, e logo anoiteceria. Andei 20 km e encontrei um pequeno povoado que não existe no mapa, chamado Tanquinho, onde havia um hotel na beira da estrada. Pensei comigo “é aqui mesmo!”, e hospedei-me no tal hotel, um muquifo bem ruinzinho, mas eu não queria mais rodar por hoje. Há um restaurante caseiro próximo (imaginem!) e também um posto de gasolina em frente. Atravessei a estrada à noite e tomei uma volumosa sopa de legumes no restaurante do posto, estava com muita fome! Gosto desta vida de aventuras e descobertas, achar hotéis, descobrir restaurantes e coisas assim. Apesar da solidão na estrada, a recompensa chega quando paro e conheço pessoas e lugares. Que vida boa, estar de moto pelo Brasil e pelo mundo!
E assim, encerrei a jornada por hoje. Agora toda a minha programação furou, amanhã estarei na estrada novamente e verei o vou fazer, pois estou agora 1 dia adiantado para a chegada a Aracaju. Em compensação, pode ser que consiga encontrar os colegas Augusto e Fabrício em Feria de Santana. Veremos!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Um dia em Correntina

A meta do dia de hoje é conhecer Correntina e suas atrações. O café da manhã não é servido no prédio da pousada onde estou, mas em outro local, no centro da cidade, o que me obrigou a pegar a moto para ir até lá. Saí a pé novamente pelas ruas de Correntina; andei pelo centro, fui mais uma vez à ilha do Ranchão e caminhei pelas duas margens do rio Correntina. O rio é realmente o atrativo da cidade, que é uma típica vila do interior, ou do sertão, como queiram. Águas cristalinas e um volume razoável, formando corredeiras e pequenas quedas d’água contornando o centro formam um belo cenário. Fui também ao parque das 7 ilhas, um complexo de ilhas no rio Correntes interligadas por pontes, a cerca de 3 km do centro, um local bonito e agradável. As famílias costumam se reunir no local, onde há churrasqueiras, mesas e quiosques, para passar o dia tomando banho de rio e fazendo pic-nic. Há também um bar/restaurante em uma das ilhas, onde é possível almoçar. Tratando-se de um local encravado no sertão baiano, é de surpreender a quantidade de água e árvores. Não tomei banho, pois, incrivelmente, fazia até um pouco de frio e ventava bastante, mas havia banhistas no local. Após o almoço, fui conhecer o distrito de São Manoel, um povoado banhado pelo rio Arrojado, pertencente ao município de Correntina, distante 20 km. Assim como em Correntina, a grande atração é o rio Arrojado, com volume de águas equivalente ao rio Correntes. Também como em Correntina, há lavadeiras de roupas ao longo das margens do rio, uma coisa pitoresca que achei que não veria mais. O povoado é muito pequeno e simples, mas valeu a visita por ser próximo. Há no caminho, um cemitério às margens da estrada (BR-349), coisa bastante comum no nordeste, porém estranho para quem não mora na região. Não há mais o que ver em Correntina. A cidade tem um enorme potencial turístico mal explorado. Um dos defeitos básicos da cidade é não ter um contorno rodoviário, a BR-349 atravessa o seu centro, o que implica em um trânsito de carros e, principalmente, de caminhões, indesejado e que tumultua a cidade. Que ao menos preservem os rios limpos!