terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Chile norte a sul - 4º dia - Quitilipi a S.S. Jujuy

                                  San Salvador de Jujuy

Choveu demais durante a noite toda, com direito a raios e trovões! Pela manhã ainda chovia muito, atrapalhou até para arrumar as coisas na moto. Tomamos café no posto vizinho ao hotel e às 7:30 h saímos de Quitilipi, sob chuva.
Seguimos pela ruta 16 com cuidado devido à chuva e à quantidade de água na pista, até que um pouco mais de 100 km adiante a chuva foi diminuindo até parar totalmente. Continuamos, com paradas  para abastecer e tomar café, até chegarmos a El Quebrachal, onde almoçamos. O calor a essa hora estava forte, bem diferente do início do dia, quando a temperatura sob a chuva era de 23 graus. Chegamos ao final da ruta 16, no km 707 e entramos na ruta 9/34. Desta vez não foi tão penoso cruzar o Chaco pela ruta 16: o trecho inicial foi sob chuva, com temperatura amena (23 graus), e o restante foi sob 34,5 graus, o que é pouco perto das temperaturas superiores a 40 graus que constumam ocorrer na região.
                                   A longa ruta 16, no Chaco
                                   Término da chuva

                                            Parada para almoço em El Quebrachal

                                  Ruta 16

                                 Final da ruta 16 - km 707

                                 Selfie na estrada!


Seguimos até San Salvador de Jujuy, nosso destino previsto para o dia de hoje, onde chegamos às 17:30 h, após rodar 701 km. Conseguimos um hotel, nos instalamos e, após tomar merecidos banhos, saímos para o Tiago conhecer a cidade e aproveitamos para jantar.

Dia tranquilo de viagem, rendeu bem, apesar das primeiras horas com chuva.

                                   S.S. Jujuy - Plaza Gral; Belgrano

                                 Jujuy ao anoitecer

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Chile norte a sul - 3º dia - adentrando a Argentina

Acordamos às 5:00 h, tomamos café, fechamos a conta e às 5:50 h saímos do hotel em direção à fronteira com a Argentina. Às 6:35 h já estávamos rodando dentro da Argentina, após os rápidos trâmites burocráticos na aduana e na imigração.
Seguimos pela bela e deliciosa ruta 12, cujo primeiro trecho de 330 km, até Posadas, é todo dentro de uma mata preservada e muito bonita. Não havia uma nuvem sequer no céu, todas ficaram no Brasil! Um protesto de pessoas fechou a estrada na altura de Puerto Rico, tivemos que aguardar pouco mais de meia hora até a liberação, sob forte sol.
                                  Ruta 16 - trecho Puerto Iguazu - Posadas

                                             Fila para abastecimento de combustível

Passamos por Posadas e seguimos em frente, Quase ficamos sem combustível, mas um posto em Ituzaingó nos salvou, apesar da fila para o abastecimento, onde conhecemos diversos motociclistas do Brasil e da Argentina. Almoçamos no próprio posto, foi nossa sorte, pois não passamos por nenhum restaurante até a chegada em Corrientes, horas depois.


                                   Ruta 16




                                  Ruta 16 - Chaco

Atravessamos o rio Paraná pela ponte Gral. Belgrano e tomamos a ruta 16, que é a estrada que cruza o Chaco no sentido noroeste.
Nossa meta de hoje era chegar até Quitilipi; a meta foi cumprida, mas pegamos uma chuva muito forte nos últimos 20 km que nos deixou totalmente encharcados, pois não estávamos com as roupas de chuva. Hospedamo-nos no Hotel Refúgio, às margens da ruta 16, o mesmo onde fiquei em outubro passado na viagem ao Chile com Ricardo e Vilson.

Hoje rodamos exatamente 781 km em 12 horas e meia, incluindo paradas para almoço, cafés, fotos e abastecimentos.
Viagem transcorrendo muito bem, dentro do planejado. O Tiago se mostrou um bom garupa: não reclama e aceita as agruras que a aventura impõe!

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Chile norte a sul - 2º dia - Cornélio Procópio a Foz do Iguaçu

                                            Saindo do hotel Midas, em Cornélio Procópio

Às 7:50 h estávamos saindo de Cornélio Procópio, céu nublado, porém sem chuva. A Triumph roncava grosso e devorava as estradas sinuosas do Paraná. Passamos por Londrina, Maringá, Campo Mourão e outras, parando para almoçar no Madeira, em Juranda, onde em viagens anteriores almocei e até pernoitei. Bom restaurante, fizemos uma boa refeição e seguimos viagem, pagando pedágios a rodo!
                                   Ponte sobre o rio Ivaí

                                            Estradas vazias

                                  Parada para colocar roupa de chuva, em um posto abandonado

A chuva nos pegou logo após passarmos por Cascavel, e veio com tudo. Ainda bem que ela chegou apenas nos últimos 100 km, o restante do dia foi de calor, bastante abafado.
Um pouco antes da 17 h chegamos a Foz do Iguaçu; ao procurar hotel, descobrimos que todos os hotéis da cidade estavam lotados, devido aos feriados do carnaval. Percorremos vários, mas não encontramos vaga e todos diziam não haver vagas na cidade. Tentamos os sites tipo Booking, Decolar e Trivago, mas só acusavam vagas esgotadas.  O jeito foi apelar para um motel, bem mais caro, mas ao menos não ficaríamos na rua! Pegamos 2 quartos em um motel bem bacana, com hidromassagem, cadeira erótica e tudo mais! Que desperdício! Já passei por situação semelhante em Foz quando voltava do Peru, em 2007, e também fiquei em um motel.
                                          Na BR 277, chegando em Foz

                                Motel em Foz do Iguaçu

Uma vez instalados, saímos a pé para jantar no shopping e retornamos ao motel para o merecido repouso. O dia de hoje foi bastante cansativo, apesar das estradas estarem vazias por ser um domingo de carnaval. Não sabemos dizer porque estamos tão cansados, talvez o traçado sinuoso e grande parte em mão dupla expliquem. Rodamos no dia de hoje 572 km. Média de consumo 16,3 km/l.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Chile norte a sul - 1º dia - Rio Claro a Cornélio Procópio (PR)

Partimos de Rio Claro às 6:50 h, sob uma fina garoa, que logo se dissipou, deixando o céu bem encoberto. Seguimos em bom ritmo e menos de duas horas depois paramos para um café em Aparecida.
                                    Posto Arco-Iris, em Aparecida
Em São Paulo, pegamos um enorme congestionamento na marginal do Tietê, perdemos muito tempo, pois além da moto não poder  circular na pista expressa, era difícil circular pelos corredores formados entre os carros com a moto carregada, com garupa e duas malas laterais. Ao entrar na Castelo Branco a coisa piorou: o congestionamento se estendeu por mais de 50 km, uma coisa tensa e cansativa, e, para piorar, começou a chover forte. O resumo da ópera é que levamos 3 horas para percorrer 60 km! Isso porque estávamos de moto!
Após Sorocaba o congestionamento começou a melhorar, e pudemos andar melhor, apesar da chuva que nos castigava.
Os últimos 100 km da Castelo foram de muita chuva e visibilidade reduzida. Fomos seguindo, e às 19:30 h baixou uma densa neblina. Achamos que era hora de parar, já havíamos rodado 805 km em 12 horas e meia, apesar das 3 horas perdidas em São Paulo e no início da Castelo Branco. Entramos em Cornélio Procópio (PR) e nos hospedamos no hotel onde já fiquei em 4 viagens anteriores.

                                   Almoço na Quinta do Marquês, alta gastronomia na Castelo!

                                  Anoitecer na estrada

Tomamos banho, saímos para jantar e consideramos encerrado nosso primeiro dia na estrada desta viagem. Tudo correu bem, não passamos nenhum susto ou aperto além da chuva e do terrível congestionamento. Amanhã tem mais!

Chile norte a sul - preparativos finais

Quinta feira, 23 de fevereiro de 2017

Já cumpri a etapa zero da viagem, que é o trecho Rio-Rio Claro. Partir do Rio em um sábado de carnaval, ninguém merece! Saindo de Rio Claro evita-se o congestionamento dentro da cidade do Rio, o moroso trânsito na Linha Vermelha e os primeiros 30 km da Dutra, que possuem trânsito lento e pesado, principalmente nos feriados prolongados, como é o caso do carnaval.
Tiago virá para Rio Claro na sexta (amanhã), e espera levar 6 horas de viagem, quando normalmente são duas horas!
Troquei o óleo da moto e os dois pneus, pois os que estavam montados  provavelmente não resistiriam a mais 15.000 km de estradas, ainda mais com a moto sobrecarregada.

Só falta aguardar a chegada do meu companheiro de viagem, fixar as bagagens e sair!Já cumpri a etapa zero da viagem, que é o trecho Rio-Rio Claro. Partir do Rio em um sábado de carnaval, ninguém merece! Saindo de Rio Claro evita-se o congestionamento dentro da cidade do Rio, o moroso trânsito na Linha Vermelha e os primeiros 30 km da Dutra, que possuem trânsito lento e pesado, principalmente nos feriados prolongados, como é o caso do carnaval.
Tiago virá para Rio Claro na sexta (amanhã), e espera levar 6 horas de viagem, quando normalmente são duas horas!
Troquei o óleo da moto e os dois pneus, pois os que estavam montados  provavelmente não resistiriam a mais 15.000 km de estradas, ainda mais com a moto sobrecarregada.
Só falta aguardar a chegada do meu companheiro de viagem, fixar as bagagens e sair!

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Chile norte a sul - Roteiro provável

Segue o roteiro da viagem. O retorno, a partir de Puerto Mont, pode sofrer algumas alterações, mas, em princípio, percorrerei a ilha de Chilloé no sentido Sul até a cidade de Quellon, de onde atravessarei em um barco, juntamente com a moto, para Chaitén, na Carretera Austral. Percorrerei a Carretera até Futaleufú, quando ingressarei na Argentina, retornando até o Brasil por aquele país. Será uma bela viagem! Aventura para ninguém botar defeito!
Vamos torcer e lutar para tudo dar certo!



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Chile Norte a Sul - a próxima viagem



Chile de Norte a Sul


Uma grande viagem se aproxima: no dia 25 de fevereiro próximo, sábado de Carnaval, partirei para mais uma aventura em terras sul-americanas: Além de cruzar parte do Brasil e Argentina, o objetivo final é percorrer o Chile no sentido longitudinal, do árido deserto do Atacama à fria região sul, passando pelo Vale Central, região dos Lagos e, quem sabe, até uma incursão à Carretera Austral, um desejo e um sonho antigo.
Levarei meu genro Tiago na garupa da Triumph Explorer, até Puerto Mont, de onde ele retornará ao Brasil de avião para compromissos profissionais. Farei o retorno sozinho. O espaço para bagagens será mínimo, talvez este seja o grande desafio da viagem: como vencer o calor sufocante do Chaco, o frio das cordilheiras e as temperaturas subtropicais do Chile com restrição de bagagem! Teremos que levar toda a roupa e demais aparatos para duas pessoas em muito pouco espaço. Com certeza, sobreviveremos, e voltaremos com muita coisa para contar!
Aos amigos e seguidores, convido a embarcar conosco nesta aventura diferente e desafiadora!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Florianópolis com chuva

Viagem de 2560 km, realizada em 7 dias ( 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2017)

Sylvio Lanzeloti - Suzuki Boulevard 800
Guilherme Edel - Yamaha XT 660R


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Partimos de Rio Claro na manhã de segunda-feira, 30 de janeiro de 2017. Mormaço e calor até chegarmos à Régis Bittencourt, quando começou a chover. Seguimos sob chuva até a periferia de Curitiba, onde pernoitamos no posto Cupim.


                                     On the road!
No dia seguinte pela manhã descemos a serra da Graciosa, já com garoa, tomando cuidado com o piso de paralelepípedos, bastante escorregadio. Não foi possível apreciar a vista nem a estrada, em função da chuva que caía e da neblina que se formou.
Em Matinhos (PR) a chuva caiu forte. Atravessamos de balsa a baía de Guaratuba sob um temporal que nos impediu de curtir a travessia que tem um belo visual ao redor.
                                   Início da estrada da Graciosa

                                           Estrada da Graciosa

                                           Travessia da baía de Guaratuba, com muita chuva!

Após a travessia na balsa a chuva não melhorou. Seguimos até Garuva, onde entramos na BR-101 com destino ao sul. A chuva aumentou após Joinville, foi uma pilotagem cansativa, pois além da chuva, da água empoçada e da neblina, havia muitos carros e caminhões na estrada. A chuva não cessou até Florianópolis, onde chegamos por volta das 16 h. Não deu para fazer muita coisa no restante do dia, a chuva não permitiu! À noite fui ao mercado público, um local bacana no centro de Florianópolis, que abriga mais de 30 restaurantes e bares, onde sempre há música ao vivo. A chuva me pegou e tive que esperar até que estiasse para voltar ao hotel.
                                             Florianópolis - mercado público

No dia seguinte, uma quarta-feira, choveu o dia todo, com algumas estiagens rápidas. Tentamos ir ao forte Santana, mas estava fechado! Caminhamos sob chuva até o Shopping Beira Mar, onde tive que comprar uma camisa seca. Almoçamos e assistimos a um filme no próprio shopping, não havia mais o que fazer com a chuva caindo! Em uma estiagem, voltamos caminhando para o hotel, cerca de 3 km, e aproveitamos para passar pelo mirante que fica na extremidade da ponte Hercílio Luz, de onde se vê parte da cidade, as pontes e o continente.
À noite, jantar no mercado público, sempre com camarões e cervejas no cardápio!
Na quinta-feira o tempo melhorou, mas não fez sol, entretanto foi possível pegar as motos e percorrer a Lagoa da Conceição, e as praias do leste e do norte da ilha. Almoçamos na praia Daniela e retornamos ao centro no fim da tarde. Mais uma vez, jantamos no mercado público. E tome camarões e cervejas! Este dia foi bom, não houve chuva, deu para aproveitar bem, apesar da falta de sol. Rodamos quase 100 km dentro da ilha percorendo praias e povoados.
                                 Mirante - ao fundo, lagoa da Conceição

                                     Praia da Joaquina

                                            Jurerê internacional

                                            Estacionando na praia Daniela

                                                Santo Antônio de Lisboa - colonização açoriana

                                 Santo Antônio de Lisboa - 1ª rua calçada de Santa Catarina!

                                  Hercílio Luz e a ponte que o homenageia

Na sexta-feira saímos com as motos para o sul da ilha. Chegamos a Ribeirão da Ilha, um povoado açoriano. Nossa meta era visistar as praias do sul, como Campeche, Pântano do Sul, Matadeiro e a Lagoa do Peri, mas minha moto começou a apresentar superaquecimento quando o trânsito ficava lento. Voltamos então para o centro, atravessamos a ponte para o continente e fomos à revenda Yamaha Geração, onde fomos muito bem atendidos pelo chefe da oficina, o "Paninho". Almoçamos na revenda e lá ficamos por 4 horas, até que a moto ficou pronta, o problema foi resolvido. Já era tarde, passamos no centro histórico e no mercado público, fizemos um lanche e à noite jantamos no restaurante do próprio hotel, já pensando na viagem de volta, que se iniciaria no dia seguinte.

                                             Ribeirão da Ilha - colonização açoriana

                                   Na concessionária Yamaha, para consertar a moto

                                      Figueira centenária, no centro de Florianópolis

                                                     Catedral

                                         Mercado público

O sábado, dia do nosso retorno, foi o primeiro dia de sol: o céu amanheceu azul, aberto, sem uma nuvem sequer! Partimos do hotel às 8:15 h. Foi um dia quente e ensolarado, mas a viagem foi ótima! Voltamos via Guaratuba, atravessamos a balsa com sol e entramos em Morretes, onde comemos um delicioso barreado no hotel Nhundiaquara, que fica no prédio mais antigo da cidade.
Subimos a serra da Graciosa com sol, desta vez foi possível observar e apreciar as matas, rios, flores, montanhas e a paisagem dos mirantes.
Seguimos pela Régis Bittencourt, descemos a serra do Azeite e subimos a serra do Cafezal, parando em um posto de beira de estrada em Juquitiba às 19:30 h, onde jantamos e pernoitamos. Viagem excelente, apesar do calor forte!
                                             Travessia da baía de Guaratuba, na volta, com sol


                                    Morretes
                                     Morretes

                                      Alto da serra da Graciosa

                                            Hotel no posto, em Juquitiba, na Régis Bittencourt

No domingo, partimos do hotel no posto em Juquitiba às 8:45 h. A estrada estava vazia, por ser um domingo. Contornamos São Paulo pelo rodoanel e paramos para almoçar no posto Arco Íris de Roseira. Em Barra Mansa, entrei na RJ-155 para Rio Claro e o Sylvio continuou em direção ao Rio. No exato momento em que cheguei em casa, no sítio, desabou um temporal! Muita sorte, não peguei um pingo de chuva sequer na viagem, a chuva esperou que eu chegasse e me abrigasse!
O Sylvio não teve a mesma sorte, pegou chuva na baixada e na linha Vermelha.
Foi uma ótima viagem, agradável, sem qualquer susto ou imprevisto maior que o superaquecimento da minha moto, que foi resolvido em Florianópolis.
Agora, vou me concentrar na próxima viagem, que é o Chile de Norte a Sul. Partida prevista para 25 de fevereiro próximo, ou seja, dentro de pouco mais de 2 semanas!