Destino final: Serra Gaúcha
Viagem realizada em 9 dias, incluindo o dia da partida e o dia da chegada. Sabíamos que enfrentaríamos um frio fora do comum, mas não contávamos com a chuva...
Guilherme Edel
Henrique Diogo
Tiago Martins
Motos utilizadas: BMW R 1150 GS 1999/2000 e Suzuki Bandit N 1200 2006
Dia zero - 19/7/2021 - segunda feira
Tiago e Henrique chegaram em Rio Claro de Bandit, prontos para a viagem. Jantamos hambúrgueres e terminamos de arrumar a bagagem. Partida prevista para o dia seguinte às 7 h.
Dia 1 - 20/7/2021 - terça-feira
Frio ao partir pela manhã (8 graus). Rio Claro a Registro (SP). Dia excelente, excelente viagem. Henrique de Bandit, eu e Tiago na BMW R 1150 GS.
Nossas companheiras, que não falharam em momento algum!
Dia 2 - 21/7/2021 - quarta-feira
Registro a Joinville.
Rodamos pouco neste dia, bem menos que o previsto. Um acidente na Régis Bittencourt interditou a pista por 2 horas e formou-se um congestionamento de mais de 20 km. Perdemos muito tempo aguardando.
Quando a estrada foi liberada e pudemos andar, furou o pneu da Bandit. Fui buscar socorro em um borracheiro, a moto foi colocada em um reboque-prancha e o pneu foi reparado, mas perdemos mais tempo nesta operação.
Adiante, outro acidente causou mais congestionamento na estrada.
Nosso percurso foi pela Serra da Graciosa, Morretes, Matinhos e Caiobá, sendo que demos uma parada em Morretes para Henrique e Tiago conhecerem a cidade. Tomamos sorvetes e seguimos viagem. Atravessamos a baía de Guaratuba de balsa e chegamos a Joinville, onde pernoitamos.
Dia 3 - 22/7/2021 - quinta-feira
Joinville a Canela (RS)
Saímos de Joinville às 7 h, com frio de 7 graus. Andamos muito bem, em bom ritmo, apesar dos grandes congestionamentos antes da entrada de Florianópolis. Subimos a serra pela Rota do Sol. Neste dia rodamos 635 km, com paradas para abastecimento, café e almoço. Chegamos a Canela com dia claro e ainda demos um bom passeio a pé pela cidade. Jantamos uma ótima pizza.
Dia 4 - 23/7/2021 - sexta-feira
Visitamos o Museu do Automóvel de Canela. Fomos ao Supercarros, onde o Tiago alugou um Porsche Cayman. Fomos também ao Parque do Caracol e caminhamos bastante por lá. Almoçamos um delicioso churrasco no Costelão.
Passamos o fim de tarde e o anoitecer em Gramado, onde tomei um chocolate quente com licor enquanto meus companheiros tomavam capuccino com chantilly e creme de avelãs.
Retornamos a Canela já à noite, fizemos compras no mercado para o café de amanhã e para o lanche do passeio que programamos fazer até o canion de Itambezinho.
Chocolate quente e capuccinos
Parque do Caracol
Cascata do Caracol
Café da manhã
Dia 5 - 24/7/2021 - sábado
Às 8:30 h partimos de Canela para Cambará do Sul, a fim de visitar o canion de Itambezinho. A viagem foi boa, mas pegamos 25 km de uma estrada de terra muito ruim, foi um off-road pesado em condições difíceis: eu com uma moto pesada e carregando garupa e o Henrique com uma moto inadequada, mas conseguimos chegar sem levar um tombo ou passar qualquer susto maior. Havia uma fila de mais de 1,5 km para ingressar no parque nacional e visitar o canion. As entradas eram controladas, esperaríamos horas para entrar, se é que conseguiríamos. Desistimos e voltamos para Cambará do Sul pela estrada de terra (mais 25 km), onde ocorreu outro furo no pneu da Bandit, e não havia nada próximo! Fui a Cambará atrás de socorro. Consertaram o pneu no local e levamos a moto ao borracheiro, mas o remendo estava vazando. A roda foi desmontada e colocado um remendo a frio. Vazou novamente. Retiramos a roda e a levamos a outro borracheiro. Desmontado o pneu novamente, foram retirados os dois reparos e colocado um remendo único, fechando os dois furos. Continuou vazando, mas pouco. Enchemos o pneu em um posto e retornamos a Canela, a 120 km de distância.
Jantamos uma seqüência de fondue, muito bom! R$ 100,00 por pessoa, com fondue de queijo, de carnes e de chocolate, incluindo as bebidas e gorjetas.
Dia 6 - 25/7/2021 - Domingo
Um dia mais light, para relaxar! Fomos ao museu de carros Hollywood Dreams e depois ficamos em Gramado andando pelas ruas. Almoçamos em um restaurante alemão.
No jantar, um repeteco da pizza do 1o dia!
Dia 7 - 26/7/2021 - segunda-feira
Hora de começar a fazer a viagem de retorno. Arrumamos nossas coisas e a casa, devolvemos as chaves para a proprietária e descemos a serra para Porto Alegre, onde deixamos o Tiago no aeroporto.
Eu e Henrique seguimos viagem pela Free Way e depois pela BR-101. Em Tubarão, pegamos a estrada que leva à serra do Rio do Rastro, mas soubemos que a serra estava interditada durante o dia; pensamos em subir a serra do Corvo Branco, mas pelo adiantado da hora anoiteceria antes de chegarmos a Urubici, e a previsão para o dia seguinte era de muito frio e chuva. Desistimos. Consertamos a lanterna traseira da Bandit em Tubarão e seguimos em frente pela BR-101 até Laguna, onde paramos para dormir. Cidade histórica bonita e agradável, uma ótima parada.
Dia 8 - 27/7/2021 - terça-feira Dia do Motociclista!
Já partimos de Laguna com chuva, que não era pouca e que durou o dia todo, sem trégua! Congestionamentos, acidentes, muita chuva e frio neste dia; apesar de tudo isto, rodamos 640 km, parando para dormir em Registro, molhados e com frio!
Dia 9 - 28/7/2021 - quarta-feira - O último dia
Pela manhã fazia muito frio e chovia em Registro. Colocamos 4 camadas de roupas e mais a capa de chuva por cima e lá fomos nós para a Régis Bittencourt sentido São Paulo. A chuva ficou forte e permaneceu assim o dia todo. Havia também muita neblina na estrada, a visibilidade era de poucos metros à frente, tudo estava branco! Fomos seguindo em boa velocidade, apesar da dificuldade; subimos a serra do cafezal e pegamos um congestionamento de mais de 30 km na Régis antes do Rodoanel. No Rodoanel a chuva aumentou de intensidade, mas continuamos em ritmo forte até o Graal Market, já na Carvalho Pinto, onde paramos para almoçar e aquecer as mãos, que estavam duras e sem sensibilidade devido ao frio, ao vento e às luvas encharcadas.
Em nenhum momento a chuva sequer diminuiu, e o frio estava feroz! Fizemos uma última parada no Ovomaltine, em Floriano, onde nos despedimos. Eu fui para Rio Claro e o Henrique para o Rio. Cheguei em casa molhado até os ossos, as 4 camadas de roupas não resistiram às mais de 10 horas de chuva forte e ininterrupta. Foram 630 km em condições difíceis. Eram 18 h quando cruzei o portão de casa, sob chuva. Henrique chegou ao Rio 1:30 h depois.
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Foi uma excelente viagem; desafiamos o frio e vencemos! Demos um pouco de trabalho aos nossos anjos da guarda, mas eles nos permitiram fazer uma viagem boa, sem sustos, acompanhando-nos desde a partida até a chegada de volta. A moto chegou em estado deplorável: terra para todo lado, imunda. Aliás, as duas motos foram muito guerreiras: A Bandit, carburada, com 15 anos de idade, foi impecável! O mesmo posso dizer da BMW, que, apesar dos seus 22 anos de idade, ainda surpreende. Resumindo: confiáveis, potentes, confortáveis e com disposição para qualquer tempo e qualquer temperatura!
