sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

2013

Mais um ano se encerra! Os céus atenderam aos meus pedidos de ter saúde e disposição para realizar as coisas que desejo, e aqui estou, finalizando mais um ano pródigo em viagens e atividades. Em termos de viagens, foi possível realizar com sucesso as seguintes:
 - Argentina (região central e Noroeste), de XT 660R;

Portugal (Lisboa e interior), de avião e carro alugado;

Paris, de avião;

USA (Orlando e Miami), de avião e carro alugado;

Bolívia, de avião, ônibus, van, taxi, 4x4 e mochila nas costas;

Correntina e Aracaju, de XT 660R;

Foram também realizadas diversas viagens e passeios mais curtos, a maioria de moto, todos eles agradáveis e que me trouxeram muita satisfação: Bananal (SP), Raposo (RJ), Ponta Grossa (PR), Pará de Minas (MG), São Paulo (SP), Paquetá e diversos percursos Rio-Rio Claro-Rio realizados todas as semanas.

E, para fechar o ano com chave de ouro, comprei uma moto de sonho...

Que 2014 seja um ano ainda melhor que 2013, e que as viagens sejam mais constantes e mais prazerosas. Agradeço a todos os amigos que acompanharam minhas aventuras ao longo deste ano, através do blog e fora dele, e desejo a todos um excelente 2014, com  sonhos e metas realizados!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A primeira viagem

Apesar do tempo instável, encoberto e com pancadas de chuvas a qualquer momento, fui para Rio Claro com a nova Tiger Explorer, para familiarizar-me com ela, com seus comandos e controles.
Muito congestionamento na saída do Rio, desde a Linha Vermelha até a altura de Queimados, na Dutra, são carros demais nas ruas e estradas. Andei quase 50 km nos corredores, e, apesar do guidão largo, não tive problemas, ela passava bem entre os carros.

Depois que o trânsito ficou mais livre pude acelerá-la e sentir seu comportamento na estrada. Subi a Serra das Araras e entrei na sinuosa RJ-145, chegando a Rio Claro tranquilo, sem qualquer susto ou imprevisto.
A volta foi igualmente agradável, também com a Dutra muito cheia devido à proximidade do Natal e das festas do final do ano. Moto potente, estável e segura, gostei da maneira que entra nas curvas: apesar dos pneus de uso misto, fiz curvas com bastante inclinação e ela se manteve firme, sem qualquer desvio da trajetória.

Acho que terei uma boa companheira para as futuras aventuras. Não gosto de motos de porte avantajado e muito peso, mas reconheço que a moto é bonita e imponente, provoca olhares onde passa e comentários onde para. O namoro está indo bem!
Ao chegar ao Rio e sair 2 vezes com a Bandit, achei-a (a Bandit) pequena demais! Curioso, mas senti-me pilotando uma 125 cc no trânsito, após andar 300 km com a Explorer!
O mesmo aconteceu quando retornei da viagem de moto pelos EUA após 21 dias a bordo de uma Harley Davidson Road King 1650 cc. Tive até dificuldades em me readaptar à Bandit, achei-a muito pequena. E olhe que ela tem 1200 cc! Tudo é relativo!

domingo, 15 de dezembro de 2013

A família aumentou!

Registro a chegada do mais novo membro da família, uma Triumph Tiger Explorer 1200, que deverá me acompanhar em aventuras futuras dentro e fora do território nacional. A moto tem tecnologia atual e design agressivo, como é comum às big trail acima de 1000cm3.

Apesar da minha preferência por motos de média cilindrada, acabei me rendendo a essa big trail inglesa, robusta e com fama de boa aventureira. Por enquanto foram apenas algumas voltas em um pequeno raio ao redor de casa, mas já estou me preparando para alçar vôos mais longos e testá-la em seu habitat, que são as estradas.

Provavelmente percorrerei a carretera austral em fevereiro próximo a bordo da Triumph, que parece oferecer  conforto e potência, o que ajuda muito em viagens longas. Por enquanto, vou me acostumando à máquina em pequenos giros locais!


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Um dia de caos

Ontem, estava bem tranqüilo no conforto de casa, apesar da forte chuva que houvera caído durante a madrugada no Rio de Janeiro, e achei que poderia ir a Rio Claro fazer alguns pagamentos e resolver algumas coisas pendentes. Os noticiários davam conta de diversos pontos de alagamento na cidade, mas subestimei a situação e saí de casa, com chuva, em direção a Rio Claro. Um congestionamento na av. Francisco Bicalho e o Canal do Mangue com as águas quase em sua borda davam a dimensão da quantidade de água que houvera caído, mas já era tarde demais para voltar, e fui seguindo no trânsito quase parado. Na av. Brasil, muitos carros e ônibus, e como a Linha Vermelha tem um conserto em meia pista, optei por prosseguir pela av. Brasil até chegar à rodovia Presidente Dutra, que leva a São Paulo. O trânsito fluiu bem, mas na altura de Ramos parou completamente. Sintonizei o rádio e soube que a Dutra estava bloqueada em seu início por um alagamento de mais de 1 km, e mais adiante, em Queimados, por um protesto de moradores que tiveram seus bairros inundados, como se os motoristas que passam pela estrada fossem culpados pelas intempéries e seus efeitos. Pensei, então, quando o trânsito andasse, em ir pela Rio-Santos (BR 101) e subir a Serra do Piloto em Mangaratiba pela RJ 149, chegando a Rio Claro, uma alternativa à Dutra. 
Canal do Mangue, no deságue do rio Maracanã

Congestionamento av. Francisco Bicalho

O trânsito ficou completamente parado por mais de 2 horas, motoristas desligaram os motores, e ouvi no rádio que a av. Brasil estava completamente alagada e interditada à minha frente, na altura de Irajá, o que me impediria de seguir. Nem Dutra, nem Rio-Santos, e tudo parado por mais de 8 km, o que fazer? Aguardei pacientemente, até que um bom tempo depois o grande congestionamento foi se ajustando muito lentamente, e consegui entrar na rodovia Washington Luís (Rio-Petrópolis), e mais adiante alcancei a Linha Vermelha em direção ao centro, que estava vazia. Voltei para casa, onde cheguei depois de 5 horas e meia após ter saído, sem conseguir sequer chegar à via Dutra! Estava com fome e sede. Os noticiários de rádio e TV davam conta de alagamentos em diversos pontos como não se via no Rio há muitos anos. Funcionários não chegaram ao trabalho, lojas não abriram e a cidade literalmente parou, com ruas alagadas e abarrotadas de veículos. Trens apresentaram problemas, diversas estações do metrô foram fechadas e os ônibus e carros não conseguiam andar. Percursos de 5 km foram feitos em 9 horas, caso da chegada da Dutra e da Rio-Petrópolis à av. Brasil. Choveu em uma noite o esperado para todo o mês de dezembro. Esta é a cidade que sediará jogos da Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016. Que Deus nos ajude!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Carretera Austral - novo projeto

Um projeto que acalento há tempos é percorrer a Carretera Austral, localizada ao sul de Puerto Mont, no Chile. Além dos naturais desafios de percorrer uma região inóspita, chuvosa, fria e sem asfalto, o maior problema que vejo é a distância, pois é necessário percorrer quase 5.000 km a partir do Rio de Janeiro para ingressar nela. Paisagens únicas e radicais compensam a longa viagem, agravada pela falta de gasolina e acomodações difíceis ao longo de todo o percurso. Ainda assim, estou determinado a ir no início de 2014, provavelmente em fevereiro. Se conseguir companhia, ótimo; se não houver algum companheiro com a mesma disposição e disponibilidade de tempo e dinheiro, irei só, como já fiz em diversas outras viagens pelo Brasil e pelo continente sul-americano. Pretendo usar a grande distância que separa o Rio de Janeiro da Carretera Austral a meu favor, aproveitando para rever algumas cidades interessantes e conhecer outras ao longo do percurso. Minha intenção é viajar com a XT 660R, pois não tenho intenção de imprimir um ritmo muito forte à viagem, além de ser uma moto adequada ao rípio da Carretera e ser relativamente leve quando comparada às big trail de mais de 1.000 cm3. Ainda estou estudando a melhor forma de acessar a citada estrada, analisando 3 opções: através de Puerto Mont (há 3 travessias de balsa), através de balsa a partir de Castro, na ilha de Chilloé ou através do Paso Internacional em Futaleufú, vindo da Argentina. Voltarei a dar notícias!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Moto pronta!



Finalmente a princesa ficou pronta, e está uma delicia! O motor funciona redondo e ela roda macio, parece que não sente o peso dos seus 38 anos! Valeu a espera, ela ainda vai me dar muito prazer de pilotá-la nas ruas e estradas.

Um mecânico de confiança de Rio Claro "encontrou" a ordem correta da ignição e limpou e regulou os carburadores, deixando a moto pronta para rodar! Para matar as saudades, andei 40 km nas estradas ao redor de Rio Claro, mas a vontade era ir muito mais longe.

domingo, 20 de outubro de 2013

Vitória ao Rio de Janeiro - 16º e último dia

O dia amanheceu com neblina baixa; saí do hotel às 7:00 h e encontrei uma estrada bem mais vazia que nos dias anteriores, por ser um domingo.
O trecho a partir de Vitória apresenta muitas curvas, sendo difícil ultrapassar sem "queimar" a faixa contínua. O visual é bonito, com grandes formações rochosas margeando a rodovia.
Segui em um bom ritmo, deixei o Espírito Santo e entrei no Rio de Janeiro, onde a BR-101 é concessionada à OHL (Autopista Fluminense). A sinalização melhora, mas o traçado é o mesmo, com curvas demais. A travessia da cidade de Campos (RJ) melhorou, mas ainda é muito lenta, é necessária a construção urgente de um contorno que retire o tráfego da rodovia de dentro da cidade. O mesmo pode ser dito em relação a Linhares (ES), que atravessei ontem, com inúmeros quebra-molas. Sorte que hoje é um domingo, mas mesmo assim, perdi bastante tempo nos 30 km que precedem e antecedem Campos, além da travessia da cidade.
O dia estava quente e ensolarado, se ontem me molhei, hoje senti calor! O que é pior? A chuva, com toda certeza! Almocei em Casimiro de Abreu e às 14:30 h estava chegando ao portão de casa. Foi um dia muito tranquilo, nem senti os 530 km rodados! -------------------------- A viagem como um todo foi maravilhosa e deliciosa. Reencontrei amigos, conheci novos lugares e revisitei locais onde gosto de estar. Tudo deu certo, nos mínimos detalhes. A moto se comportou de forma exemplar, exigindo apenas gasolina e óleo na corrente. Troquei um pneu traseiro e o óleo em Feira de Santana e foi preciso fixar o painel em Aracaju. Nada mais. Foram 4.980 km rodados sem percalços ou sustos. O asfalto das rodovias que percorri apresentava-se de forma geral em bom estado. Alguns buracos, algumas imperfeições, mas perfeitamente trafegável com relativa segurança. Enfim, uma viagem perfeita! Mais uma viagem encerrada com sucesso! Thanks to god!

Itabuna (BA) a Vitória (ES) - 15º dia

Às 7:00 h já estava saindo de Itabuna e entrando na BR-101 sentido Sul. Foi um dia cansativo, com muitas pancadas de chuva, o que deixava a sinuosa e perigosa BR-101 ainda mais traiçoeira. Rodei o dia inteiro em meio a um razoável movimento na estrada, atravessando o estado da Bahia e ingressando no Espírito Santo. Passei por muitos acidentes, o que reforça a tese de que a estrada é realmente muito perigosa. É um sobe-e-desce constante, muitas curvas e pista simples. Há também muitas curvas perigosas e poucos pontos realmente seguros para ultrapassagens, os motoristas se exasperam e acabam cometendo imprudências. Com a saturação de veículos, dá para imaginar o resultado!
Anoiteceu e eu estava na entrada de Vitória, após ter rodado cerca de 800 km em meio a chuvas intermitentes e pistas quase sempre molhadas. Entrei no contorno de Vitória e liguei para o Barão, velho amigo de infância e de atividades musicais, e ele veio encontrar-me em um posto no contorno. Conversamos durante cerca de duas horas, foi um ótimo reencontro, após muitos anos (creio que mais de 10 anos!). Repetindo o que já disse, é muito bom rever amigos de quem gostamos. Despedimo-nos às 21:20 h, ele voltou para sua casa e eu segui por mais 20 km até encontrar o Hotel Canaã, em um posto de gasolina, e ali me hospedei para passar a noite, estava cansado demais pelo dia tenso e puxado. Não havia o que jantar, consegui um hamburguer por um favor especial da atendente da lanchonete do posto, o que valeu por uma refeição. Tomei um banho reconfortante, estava muito sujo de lama e óleo, bati na cama e apaguei.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Aracaju a Itabuna - retornando - 13º dia

O retorno é sempre uma coisa chata, pois não há mais a ansiedade e a expectativa do novo, do desbravamento e do descobrimento. Estou a 2.000 km e a três dias de casa, preciso ter calma e tranquilidade para viajar com segurança e chegar bem. Saí às 8:35 h de Aracaju pela linha verde, a fim de evitar o intenso trânsito para cruzar a cidade até a BR 101, a qual só acessei em Estância. A BR 101 estava bem cheia, com caminhões em excesso. Segui até cruzar a BR 324, e parei para almoçar. Por uma distração, errei a direção na saída do restaurante e voltei 35 km até descobrir o erro. Acabei andando 70 km "de graça", e perdendo tempo precioso na viagem. Optei por voltar para o Rio pela BR 101 ao invés da BR 116, mas tenho sérias dúvidas se fiz a escolha correta, pois a estrada é sinuosa, perigosa e apresenta um grande volume de caminhões e carros. As ultrapassagens são difíceis e várias vezes dei de cara com caminhões fazendo ultrapassagens vindo em minha direção na minha pista, obrigando-me a frear forte e me jogar no acostamento, que é desnivelado em relação à faixa de rolamento. Um risco grande. Consegui chegar a Itabuna (BA) às 18:30 h, rodando durante uma hora à noite. Entrei na cidade e hospedei-me em um hotel para passar a noite.

Aracaju e arredores - 9º ao 12º dia

O tempo não esteve bom nos primeiros dias, alternava mormaço com diversas pancadas de chuva durante o dia, o que me impediu de fazer todas as coisas que houvera planejado. Devido ao céu quase sempre encoberto, as fotos também não ficam boas, perdendo as nuances das cores e apresentando um céu branco como pano de fundo. Acabei ficando um dia além do previsto em Aracaju para compensar períodos de chuva, e, apesar do mau tempo na maioria dos dias, consegui fazer algumas coisas interessantes e revisitar alguns locais; resumindo, foram dias ótimos, e acabei convivendo numa boa com mormaço, nuvens e pancadas de chuvas. Resumindo: - reencontrei amigos, como o Ewerton; -assisti a um show da banda do Ewerton, foi uma lavagem da alma; - assisti a um show da banda Scama de Peixe, formada por 3 mulheres muito talentosas, que me impressionaram muito bem; - fiz novamente um passeio a Canindé de São Francisco, naveguei pelo canion do Xingó e mergulhei e nadei no “velho Chico”;
- (re)visitei Piranhas (Al), cidade histórica muito interessante às margens do Rio São Francisco;
- (re)visitei São Cristóvão, cidade histórica, antiga capital de Sergipe;
- caminhei pelos calçadões da praia de Atalaia; - fui à praia e tomei banho de mar, coisa que não fazia há muito tempo;
- fui ao mercado popular;
- andei pelas ruas, praças e pontos de interesse do centro por diversas vezes;
- circulei pelas novas avenidas e vias expressas da cidade; - andei de ônibus várias vezes; - comi muita comida típica, inclusive o tradicional caranguejo. Ficou faltando fazer o passeio pela Crôa do Goré na foz do rio Vaza Barris e uma visita à Barra dos Coqueiros e Atalaia nova, coisas que o mau tempo não permitiu. Ainda assim, a estada em Aracaju foi deliciosa, sempre gosto de voltar à cidade, que está bonita e bem cuidada. Estou satisfeito!