sábado, 30 de setembro de 2017

Viagem a Assunção - comentário sobre as motos

Uma coisa que eu não poderia deixar passar em branco, é tecer algum comentário ou impressão pessoal sobre as motos ao longo desta viagem que se encerra.
Pegamos temperaturas amenas a quentes no Brasil e muito elevadas nas estradas do Paraguai, acima dos 39ºC, com muito sol. Houve frequentes congestionamentos nas cidades paraguaias (Assunção na entrada e na saída, Ciudad del Este e  travessia de algumas cidades), todos sob temperaturas elevadas que demandaram muito das motos, tanto que as ventoinhas de refrigeração praticamente não desligavam). Nos longos congestionamentos, nas planícies quentes, nas acelerações e frenagens e nos trechos em curvas, as três motos foram impecáveis e irrepreensíveis, como era esperado delas.
Não houve nada errado com elas, que cumpriram com louvor esta missão. Só fizemos abastecer e rodar, rodar, rodar... por mais de 3.500 km, com 100% de confiança nas máquinas.
Assim, creio que devemos agradecer aos fabricantes Triumph, Yamaha e Suzuki por terem construído motos robustas, resistentes, confiáveis e confortáveis como os exemplares que utilizamos nesta viagem, que nos permitiram curtir as paisagens e o passeio sem preocupações com o que estava sob nós!

                                 Triumph Explorer, Yamaha Super Ténéré e Suzuki V-Strom

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Viagem a Assunção - 10º dia - Santos a Rio Claro

Ricardo e Lígia acordaram cedo para preparar um café para mim e para me escoltar de moto até a saída da cidade, que é grande e um pouco complicada para quem não conhece.
A acolhida e os mimos dos anfitriões fizeram a passagem por Santos valer toda a viagem, não sei se um dia poderei retribuir à altura, eles foram maravilhosos e me trataram como um rei!
Após me despedir de Ricardo e Lígia, entrei na Anchieta, em seguida peguei a Imigrantes e subi a serra em direção a São Paulo, por uma das maiores obras rodoviárias do Brasil.
Entrei no Rodoanel, depois Trabalhadores/Carvalho Pinto e cheguei à Dutra em Taubaté. Viagem calma, dia de céu azul; apesar do calor, o percurso total de 420 km foi muito tranqüilo, sem stress ou sustos. Às 11:30 h parei para almoçar em Roseira, 100 km adiante parei  novamente para tomar Ovomaltine em Floriano (faço isto sempre!) e às 14:30 h estava chegando ao meu refúgio, em Rio Claro.
Ótimo dia de viagem! Como sempre, lavei a roupa suja, desfiz a bagagem e lavei a moto. Agora, é planejar e esperar a próxima!

Devo um agradecimento ao Ricardo e ao Espin que foram companheiros de todos os momentos nesta aventura, e também à Lígia, que só conhecia de nome através do Ricardo, mas que se mostrou uma pessoa maravilhosa e única, fazendo tudo para me agradar, ao mesmo tempo que me acolheu e sua casa e me dispensou um tratamento vip!  
A viagem foi um sucesso, e a integração entre os membros da expedição foi perfeita!
Que venham outras!

--------Fim da viagem-------

9º dia - Santos, Guarujá e arredores

Terça-feira, 26 de setembro de 2017

9º dia – Santos, Guarujá e arredores
Pela manhã, aguardamos o Espin chegar ao apartamento do Ricardo e saímos todos de moto para fazer um tour pelo Guarujá. Atravessamos a balsa e fomos parando em todas as praias para que eu as conhecesse: Guaíuba, Tombo, Pitangueiras, Enseada e outras. O local é privilegiado, as praias são belíssimas e o mar bem azul. Fomos também ao apartamento que o Ricardo possui no Guarujá, de onde se tem uma bela vista de parte da cidade e locais vizinhos. Este passeio durou a manhã toda.
Retornamos, também pela balsa, para Santos, e fomos saborear o mesmo almoço da véspera (que o Espin houvera perdido!), preparado pela Lígia para a nossa chegada. Não sei se era o apetite pelo passeio de moto, mas achei  ainda melhor!
                                  Travessia na balsa para Guarujá

                                  Praia de Gaiúba


                                    Praia do Tombo                                  


                                  Ponta da Galheta

                                                Edifício Solaris - triplex "presente" da OAS a Lula





Passamos a tarde toda no apartamento, conversando e tocando algumas músicas no piano e no violão, não sentimos o tempo passar, ainda mais com a vista do mar em frente. Já anoitecendo, o Espin foi embora.



À noite, ainda fomos, eu, Ricardo e Lígia, de moto, a um bar onde o pessoal do motoclube do Ricardo, o Road Clan, se reúne. Conheci alguns membros, conversamos sobre motos e viagens, tomamos cervejas e retornamos por volta das 23 h. Um dia intenso, mas agradável! Dormi de cansaço!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

8º dia - Curitiba a Santos

 Ricardo estudou o mapa de Curitiba pelo celular na véspera à noite, e nos conduziu do centro da cidade até a BR-116 com segurança e sem errar o caminho. Em 10 minutos já estávamos no contorno sul, apesar de ser uma segunda-feira. A saída do hotel foi às 7:40 h.
Seguimos pela Régis Bittencourt (BR-116) com boa velocidade, a estrada estava com temperatura agradável e vazia. Nosso destino do dia era Santos, onde a Lígia, esposa do Ricardo, nos aguardava com um almoço digno de deuses!
Fizemos apenas uma parada, no Graal Petropen, para abastecer e tomar café.

                                    Na rodovia Régis Bittencourt
                                   Parada para abastecimento e café


Após a cidade de Registro,  saímos da Régis e entramos na SP-55 (rodovia Pe. Manoel da Nóbrega), que nos conduziria até a baixada Santista. Rodovia com velocidade limitada a 80 km/h com muitos radares, o que tornou o trecho mais lento. Essa estrada passa por Peruíbe e Praia Grande.
 Às 13:30 h chegamos a Santos. Atravessamos a ponte pênsil e o Espin seguiu seu caminho; Ricardo e eu fizemos um pequeno tour pelas praias e subimos até o mirante no topo da ilha Porchat, de onde se tem uma vista maravilhosa das praias, de São Vicente e de parte de Santos e sua baía. Local muito bonito!
                                  Chegando em Santos
Seguimos pela praia até a casa do Ricardo, onde fomos recebidos com uma muqueca capixaba de peixe com camarões gigantes, com direito a entradas, bebidas e sobremesas, tudo caprichosamente preparado pela Lígia, que nos aguardava.
                                   Um brinde à chegada e ao sucesso da viagem!
                                 Almoço digno de deuses!
                                  Por do sol visto da janela do apartamento de Ricardo e Lígia

O Espin teve um problema e não pôde vir almoçar conosco, foi uma pena, ele não poderá imaginar o que perdeu.
Haviam preparado uma quarto para mim, e fiquei hospedado como um rei na casa do Ricardo e Lígia!
À noite, após muita conversa, saímos para uma caminhada agradável pela orla, de cerca de 5 km. A cidade é muito bonita e agradável, e, isto associado  à hospitalidade dos meus anfitriões, tornou a visita a Santos o ponto alto da viagem!
                                     Caminhada noturna pela orla de Santos

domingo, 24 de setembro de 2017

7º dia - Foz do Iguaçu a Curitiba

Ao contrário de ontem, hoje a viagem foi muito tranquila e rendeu bem. Rodamos 633 km em 10 horas, o dobro da quilometragem de ontem praticamente no mesmo tempo.
Estradas vazias, asfalto em ótimas condições, rodovias seguras e temperaturas civilizadas, sem o stress de poder ser parado a qualquer momento por policiais corruptos! O único porém foi a quantidade e o valor dos pedágios: são 9 postos de cobrança, com preços variando entre R$ 7,40 e R$ 6,10. Isso para motos! Para carros é o dobro do valor, uma pequena fortuna por 600 km!
Não há muito o que falar deste deslocamento, apenas que andamos bem e que não passamos por qualquer susto ou situação não prevista. Ao entrar em Curitiba, uma cidade grande, utilizamos o GPS do Espin, que nos conduziu até um hotel bacana no centro.
                                  Preparando para partir, em Foz do Iguaçu

sábado, 23 de setembro de 2017

6º dia - De volta ao Brasil (Foz do Iguaçu)

Saímos do hotel em Assunção às 7:30 h. É necessário andar mais de 20 km dentro da cidade até chegar na estrada. Achávamos que o trânsito estaria livre por ser um sábado, mas nos enganamos: pegamos um tremendo congestionamento que não permitia nem a passagem de motos entre os carros! Perdemos exatamente 1 hora presos no colossal engarrafamento.
A estrada estava cheia, muitos carros, caminhões, motoboys e pedestres para todo lado. Seguimos com cuidado e atenção, não só devido à estrada, mas principalmente para evitar cair nas garras de policiais corruptos! Passamos por muitos postos de controle sem que fôssemos parados, e fomos avançando lentamente, a viagem não rendia.
Almoçamos em um restaurante de beira de estrada e continuamos em nosso ritmo, sem chuva e com calor.

                                    Na estrada

                                              Almoço em Caaguazu
Ao chegar em Ciudad del Este, um monstruoso engarrafamento no meio de um calor sufocante nos aguardava: ônibus, carros, mototaxis, pedestres, tudo completamente parado. Fomos forçando passagem e chegamos à aduana paraguaia depois 1 hora no calor e no trânsito. Fizemos os trâmites de saída do Paraguai e atravessamos a ponte a amizade, que une Brasil e Paraguai, ingressando no Brasil.
Após a travessia, em Foz do Iguaçu, tratamos de conseguir hotel e nos instalamos. Eram 16:20 h, estávamos esgotados pela tensão, pelo calor e pelos engarrafamentos, sem contar o desgaste de viajar em uma estrada de 3º mundo.
                                           Congestionamento em Ciudad del Este


                                                      Congestionamento em Ciudad del Este
                                           Hotel em Foz do Iguaçu

Rodamos 345 km em quase 9 horas de viagem, quando já fiz o dobro e não cheguei tão cansado.
Era nossa intenção ir ao Paraguai fazer algumas compras, mas nenhum de nós tinha disposição para tal. Saímos então para jantar no shopping Cataratas e retornamos ao hotel para descansar de um dia extenuante.
                                   Jantar no shopping Cataratas

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

5º dia - mais um dia em Assunção

Houve uma brusca e inesperada mudança no tempo: após o calor dos últimos dias, o tempo amanheceu fechado e frio! Dos 37 ºC de ontem, a temperatura caiu para 18 ºC!
Saí para caminhar e tive que voltar ao hotel e trocar a bermuda por uma calça comprida!
Andei por horas pelas ruas e avenidas à procura de algo interessante para ver e fotografar e não encontrei! A cidade é toda plana, não há relevo ou ao menos uma região mais bonita. Tudo é mal cuidado e há lixo espalhado por toda parte. O trânsito é pesado e caótico e a educação não é um atributo dos motoristas. As calçadas estão deterioradas e repletas de camelôs. Policiais armados com escopetas nas calçadas e esquinas. Não há algo que possa atrair turistas, nem o preço das coisas (roupas, eletrodomésticos, eletrônicos) é baixo. O que me assusta é que se não tomarmos medidas urgentes. caminhamos para algo parecido.
Fotografei alguns prédios públicos que se destacavam entre os demais (são os únicos em melhor estado), e, no mais, andei e andei...




                                        Favelas: presença constante na América do Sul

Enquanto eu andava pelas ruas de Assunção, Ricardo e Espin foram de moto até a avenida Costanera tirar algumas fotos.
Na hora do almoço, Cristian e sua namorada Helen vieram de moto ao hotel e saímos juntos para almoçar. Cristian e seu irmão Rodrigo foram de uma gentileza incrível, algum dia teremos que retribuir a atenção e o apoio que nos deram.


                                  Ricardo, GE, Espin, Helen e Cristian - selfie by Cristian

Mais tarde, enquanto Espin descansava no hotel, eu e Ricardo saímos a pé e fizemos um lanche no famoso Bolsi, um dos locais mais recomendados por todos os guias de turismo. O local é agradável e charmoso, comemos empanadas e tomamos café com leite.
Finalmente, à noite, jantamos uma pizza próximo ao hotel e nos recolhemos para encarar um dia de estrada amanhã, com previsão de chuva!





                                            Lanche no famoso Bolsi - selfie by Ricardo

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

4º dia - Assunção


Após o café da manhã, Rodrigo, irmão do Cristian, passou no nosso hotel e levou-nos de carro para um tour por Assunção. Ambos têm sido muito gentis e prestativos conosco.
Passamos pelos pontos principais da cidade e fomos ao ponto mais alto, um morro de onde se avista Assunção e cidades vizinhas, e também tem-se uma idéia de como o rio Paraguai a contorna. Trata-se do Cerro Lambaré, com 136 m de altura.
Ao nos deixar de volta no hotel, eu estava enjoado, mas acho que foi por circular de carro no trânsito da cidade.

                                 Palácio de Governo

                                  Na escadaria do Cerro Lambaré: Espin, Ricardo, Rodrigo e GE



                                  Estátua de um Guarani
                                           Rio Paraguai

Almoçamos, eu, Ricardo e Espin em um restaurante a quilo próximo ao hotel, uma comida boa, honesta e barata. Por falar em preços, nada é exatamente caro em Assunção, com pouco dinheiro um turista brasileiro pode conhecer a cidade em 3 dias sem abalar seu orçamento!
                                  Panteão dos heróis da pátria, no centro da cidade

Após o almoço, enquanto meus companheiros descansavam, dei um passeio a pé por algumas ruas do centro e fui até a avenida costaneira, onde também caminhei um pouco à margem do rio Paraguai. Garimpei alguns prédios e construções interessantes em maio ao emaranhado de prédios cuja construção foi feita em épocas diferentes, deixando o centro como um grande caldeirão de estilos e formas.




À noite, nosso anfitrião Rodrigo, juntamente com sua namorada Lilian, vieram nos buscar no hotel e nos levaram a uma pizzaria afastada do centro. Pizza, cervejas e muita conversa boa, já era quase meia-noite quando nos deixaram de volta no hotel.