sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Caminho difícil na pandemia: Rio Claro a Lídice pela terra!

 Há uma ligação entre Rio Claro e o distrito de Lídice que passa por montanhas, rios, prados e fazendas, além da estrada utilizada normalmente, a RJ-155. A estrada, na verdade uma trilha alargada, atravessa belas paisagens, mas não é um trajeto fácil.

Com a valente CG 125 saí de Rio Claro e percorri cerca de 14 km da RJ-149, (que leva a Mangaratiba), cujo asfalto está em bom estado. Na localidade de Várzea, deixei a estrada de asfalto e entrei no caminho que me levaria a Lídice, sem qualquer pavimentação.

                       Saindo de casa
                       Ainda no asfalto da RJ-149.


A paisagem ao longo de todo o trecho é sensacional, mas o sobe e desce de morros com o leito em mal estado tornaram as coisas um pouco difíceis. Tive dificuldades em alguns trechos muito íngremes, com pedras e terra solta, sem qualquer proteção na beira da estrada, ou seja, havia o risco de cair em ribanceiras, com conseqüências imprevisíveis. Por duas vezes atravessei o que seria a extensão de currais, com muitas cabeças de gado deitadas na estrada e muita bosta no chão. Errei algumas vezes o caminho, mas acabei chegando em Lídice, uma hora e meia após ter ingressado na trilha em Várzea. De Lídice para Rio Claro retornei pelo asfalto da RJ-155, levando meia hora para percorrer os 20 km que separam o distrito da sede do município. 

                        Mangueiras à beira da estrada        
                          Fazendas e muitos cursos d`'agua

                      Trator enguiçado obstruindo o caminho. Só passei porque estava de CG!


                     Algumas porteiras pelo caminho. Note-se a inclinação da estrada à frente!

                               Subidas muito acentuadas, faltou motor à moto!!


Ao todo foram duas horas e meia de um passeio delicioso, mas bem cansativo, principalmente considerando-se que eu estava com uma CG 125 de 1982, totalmente inadequada para os caminhos percorridos. A moto comportou-se de forma exemplar, fico admirado com sua robustez e confiabilidade, mesmo quando submetida a condições para as quais não foi projetada.

                     "Capelinha"à beira do caminho, no meio do nada!
                        Muitos rios no percurso

                         Belas paisagens e propriedades bem cuidadas ao longo do caminho    


                          Lídice à vista, com sua indefectível igreja!


Analisando o que fiz, concluo que NENHUM dos meus amigos que se dizem motociclistas faria o que eu fiz hoje, muito menos sozinhos! E olhem que já estou com quase 70 anos! Não adianta ter uma moto big trail top de linha; tem que ter coragem, disposição e um pouco de técnica! Aliás, se eu estivesse com a Tiger Explorer 1200 não teria conseguido passar em alguns locais e certamente teria levado algum tombo nas maiores inclinações, subindo ou descendo, pois havia muitas pedras soltas e algumas passagens com areia fofa e valas longitudinais.

domingo, 23 de agosto de 2020

Parati na pandemia

 Um local que sempre vale a pena voltar e (re) visitar é a cidade histórica de Parati. Sem entrar em detalhes sobre o seu passado histórico que vale também conhecer, a cidade fluminense possui um conjunto arquitetônico bem preservado e é Patrimônio Cultural da UNESCO.


A cidade reabriu aos turistas recentemente, o que foi motivo para, juntamente com meu genro Henrique, fazermos um passeio bate-e-volta de 270 km a partir de Rio Claro.

                      A ida, na Rio-Santos



Descemos a Serra d'água (RJ-155) e chegamos à rodovia Rio-Santos (BR-101) na altura de Angra dos Reis. Seguimos pela mesma Rio-Santos até Parati com muito vento. Estacionamos as motos (Bandit e Bonneville) na entrada do centro histórico e percorremos algumas ruas, observando as construções e o traçado da cidade. Passamos pelo porto, por algumas igrejas, pela praça principal e almoçamos um delicioso badejo à belle meunière com camarões gigantes em um restaurante tradicional e muito agradável, às margens do canal.







                           Igreja Matriz
                      Canal

                      O caminho de volta foi o mesmo, mas pegamos garoa na Rio-Santos e chuva fina e neblina na subida da Serra d'água, chegando a sentir frio. A partir de Lídice a chuva cessou, deixando-nos apenas o frio!


Chegamos de volta a Rio Claro no final da tarde, após um passeio muito agradável por uma das estradas mais belas do Brasil, a Rio-Santos.

sábado, 8 de agosto de 2020

Mais um passeio na pandemia - Rio Claro a Passa Três

 Enquanto as coisas não voltam à normalidade, permaneço em meu refúgio em Rio Claro, porém muito bem instalado e feliz por ter um local tão aprazível para manter-me  no chamado "isolamento".

Aproveitando os dias maravilhosos que tem feito, decidi fazer um passeio que já havia feito há alguns anos com a XT 660R, que é ir de Rio Claro a Passa Três por uma estrada de terra, quase uma trilha. A pequena estrada vicinal passa junto a rios, represas, cachoeiras, matas, fazendas maravilhosas e muitos morros, num constante sobe-e-desce com muitas curvas e terreno nem sempre muito bom. Como eu não mais tenho a XT 660R, percorri o trecho com a CG 125 ano 1982, que me surpreendeu pelo seu desempenho e confiabilidade nos trechos mais difíceis em que passou. Caso eu tivesse ido com a Triumph Explorer, provavelmente teria tido dificuldade em alguns locais, além da grande probabilidade de levar um tombo onde havia lama ou brita solta na estrada. A CG não é a moto adequada, mas uma big trail pesada e com um motor estúpido é menos adequada ainda! 


Toda a estrada de terra, que se inicia na RJ 149 e vai até Passa Três é de uma beleza que não pude registrar como gostaria, mas pretendo percorrê-la novamente! Até travessia de riachos de águas límpidas há no caminho.







No total, foram 15 km no asfalto da RJ-149, 25 km na estrada de terra e o retorno de 20 km pelo asfalto da RJ-139 e depois RJ-155. 60 Km de puro prazer, percorridos sem pressa em 2,5 horas.