sábado, 31 de outubro de 2015

Viagem ao Piauí - 4º dia - chegando ao Piauí!

O dia de hoje foi de estradas, calor e velocidade. Saí de Senhor do Bonfim às 7:10 h, seguindo pela BR 407. Atravessei o rio São Francisco em Juazeiro, cruzei a cidade de Petrolina e entrei no estado de Pernambuco. O estado das rodovias está ótimo, o que permite maiores velocidades com segurança. Assim, após atravessar Pernambuco, entrei no Piauí. As estradas continuavam boas e continuei tocando em frente com boa velocidade, parando apenas para abastecer.
Muito calor, a temperatura do ar estava 36 graus, às margens da estrada só havia árvores secas e retorcidas. Todas as pontes que cruzei atravessavam rios secos, o único rio com água que cruzei foi o São Francisco. Povoados com casas abandonadas, animais magros e famintos, além de animais mortos à beira da estrada, por inanição ou atropelamento. Este é o cenário do sertão, que se estende desde o norte de Minas Gerais, atravessa a Bahia, Pernambuco e adentra o Piauí. A paisagem é monótona, pois não há vida. Dizem que esta região é o semi-árido, mas não consigo entender por que  é  semi, tudo é totalmente árido!


                                          Caatinga


                                            O sertão: quente, seco e sem vida

A travessia das cidades, principalmente as maiores, continua sendo um grande tormento, uma grande perda de tempo e um teste de paciência. No dia de hoje, as travessias mais demoradas e lentas foram Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e Picos (PI). Sobre Petrolina e Juazeiro, vale dizer que essas cidades têm mais de 200.000 habitantes cada, e ficam em margens opostas do rio São Francisco. Só existe uma ponte cruzando o rio, que é a ponte rodoviária, que, além de atender a todo o volume de veículos da BR 407, ainda atende à população de ambas as cidades. Já viu, né?

                                 Povoado às margens da estrada

Eu já estava bem cansado, mas o sol ainda ardia e o dia estava ainda claro. Diminuí a velocidade e às 17 h parei em Demerval Lobão, pequeno  povoado localizado na BR 343, 35 km antes de Teresina. Encontrei uma pousada e me hospedei. Cada vez o padrão cai mais: essa não tem pia no banheiro, ocasionando uma grande dificuldade para escovar os dentes ou lavar o rosto: há que abrir o chuveiro!
Não tenho mais computado a quilometragem diária percorrida, mas sei que já andei mais de 2.600 km desde que saí do Rio, e ainda estou longe do destino final!
                                          Pousada em Demerval Lobão (PI)


O que posso depurar da viagem até agora é que existe um Brasil que eu já havia quase esquecido que existia: quente, seco, pobre e com outros costumes e cultura. Tenho conversado com pessoas e trocado idéias, uma experiência enriquecedora.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Viagem ao Piauí - 3º dia - Contornando a Chapada e adentrando o sertão

Choveu muito durante a noite, e como a pousada estava sem telhado devido a uma obra de ampliação, aconteceu um grande alagamento, somado ao fato de a caixa d'água de 2.000 litros ter-se rompido. Como eu estava no térreo, nada sofri, mas o salão do café da manhã e a casa da proprietária, que ficam no 2º andar, viraram um mar! Devido a este fato o café atrasou, e eu desisti de visitar a cachoeira do buracão, a maior atração local.
Saí da pousada em Ibicoara às 8:50 h, sob uma chuva fina que me acompanharia durante toda a manhã. Segui contornando a chapada diamantina, através de estradas estaduais. O estado de alguns trechos destas estradas estava bastante ruim, com o asfalto danificado, mas este fato foi compensado pelo pequeno movimento de veículos, fazendo-me sentir quase dono das rodovias. E tem outra coisa, as temperaturas são bem mais amenas, porque a estrada ao contornar a chapada o faz a uma altitude média de 800 m. Passei por Mucugê e Andaraí, até chegar na BR 242, que leva a Feira de Santana.
Em Mucugê, no posto de gasolina, conheci 4 motociclistas de Montes Claros, que estavam fazendo uma viagem pelas diversas cidades da Chapada. Como eu não tinha pressa, conversamos por 1 hora sobre motos e viagens, antes de seguirmos nossos caminhos.
                                 Tempo chuvoso e neblina na Chapada Diamantina


                                 Motociclistas de Montes Claros - MG, em Mucugê

                                Trecho de estrada ruim, na Chapada, próximo a Mucugê

                                            Estrada na Chapada

Por não haver olhado previamente o mapa, perdi uma saída na BR 242, mas consegui pegar uma estrada estadual alternativa, recém asfaltada, bem sinuosa, onde andei por 40 km praticamente sozinho, até a cidade de Ruy Barbosa.
Em Capim Grosso, fiz amizade com Jeová, dono de um posto recém inaugurado, e perdi um bom tempo trocando prosa. Ele me mostrou todo o seu projeto para o posto e ainda me deu uma caneta e um chaveiro de brinde. Segui mais 105 km após Capim Grosso e cheguei em Senhor do Bonfim (BA), onde parei por hoje. A partir deste ponto não é recomendável seguir à noite, é o trecho com maior índice de assaltos do Brasil, localizado no triângulo Petrolina-Cabrobó- Picos. Amanhã farei o trecho durante o dia!
Pousada em Senhor do Bonfim, às margens da BR-407

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Viagem ao Piauí - 2º dia - Chapada Diamantina

O hotel era realmente muito bom em Teófilo Otoni!
Continuei na BR 116, entrei no estado da Bahia e fui deixando os quilômetros para trás. Em Vitória da Conquista, fiz um desvio: saí da BR 116 e segui em direção à Chapada Diamantina, passando por Anagé, Tanhaçu, Ituaçu e Barra da Estiva. Nem todas as estradas estavam boas, alguns trechos estavam muito ruins, ao contrário do que encontrei na última viagem à Chapada, quando usei como base a cidade de Mucugê. Escolhi como destino Ibicoara, e cheguei cedo, pois na Bahia não há horário de verão, então acabei ganhando 1 hora.


                                           Parada para abastecimento e café, na BR 116


                                   Estrada para a Chapada Diamantina 


                                             Ituaçu

Ibicoara foi uma decepção: ao contrário de Rio de Contas, Mucugê, Igatu e Lençóis, não é uma cidade histórica, é feia e sem graça, não tem qualquer atrativo. As atrações são as diversas cachoeiras, que ficam fora da cidade, exigindo excursões guiadas, algumas até em veículo 4x4. Eu queria ver uma cidade histórica e preservada, e acabei me decepcionando! Para piorar, as hospedagens não são boas, e fiquei em um hotel muito simples, infestado de mosquitos. Comprei um inseticida e borrifei à vontade, os mosquitos ficaram em polvorosa! Retornei ao quarto meia hora depois, e contei 18 mosquitos mortos pelo chão, eles iriam chupar meu sangue à noite!
                                          Ibicoara

                                           Hotel em Ibicoara



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Viagem ao Piauí - 1º dia na estrada

Às 7:20 h saí do portão de casa com a Triumph, tendo como destino final a cidade de Parnaíba, localizada na foz do rio de mesmo nome, no litoral do Piauí. É uma viagem e tanto, do sudeste ao norte do Brasil, cortando  regiões geograficamente bem diferentes.
O trecho percorrido neste primeiro dia já é um velho conhecido, inclusive fiz este trajeto há 3 semanas atrás, na viagem a Maceió. Curioso como acabei parando para abastecer e almoçar nos mesmos locais que parei nas viagens anteriores pela mesma estrada, a BR 116 (Rio-Bahia). Isto significa que meus tempos na estrada continuam os mesmos, e eu sou uma pessoa previsível! Será?
Subi a serra de Teresópolis em meio a uma densa neblina, que deu lugar à chuva exatamente na entrada da cidade de Teresópolis. A chuva me acompanhou até Além Paraíba, na divisa RJ/MG, justamente o trecho mais sinuoso da estrada. Após Além Paraíba, o tempo alternou entre mormaço e chuva, mas ao menos a temperatura estava bem razoável.
                                 BR 116 - Alto do Soberbo, Teresópolis, minutos antes da chuva

Em todas as paradas, acabei conversando e fazendo amizade com frentistas, caminhoneiros, donos de postos, motoristas, motoqueiros e curiosos. A moto atrai atenção, e todos querem saber qual a cilindrada, potência, quanto corre, quanto gasta, quanto custa e coisas do gênero. Como é um veículo que simboliza a liberdade e a rebeldia, as pessoas normalmente vêm puxar assunto.
Já eram 17:50 h, eu estava na estrada há 10 horas e meia e achei que era hora de parar. Como das vezes anteriores, entrei em Itambacuri (MG). Parei na sorveteria, sentei-me e tomei um sorvete. Conversando com a atendente, fiquei sabendo que a cidade estava sem uma gota de água há uma semana e fora decretado estado de emergência, pois a barragem que a abastece estava totalmente seca. Fui para a pousada e me informaram que havia quartos disponíveis, porém não havia água. Fui à outra pousada, estava lotada, e estavam recebendo água de um caminhão pipa. Sem ter alternativa em Itambacuri, voltei à moto e retornei à estrada. Já estava anoitecendo, segui até a próxima cidade, Teófilo Otoni. Cheguei às 19:00 h e consegui um hotel muito luxuoso para um viajante, mas já era noite e eu não estava disposto a sair procurando. Após negociações, consegui um desconto substancial no valor da diária, mas ainda assim achei caro. O hotel é ótimo, novo e limpo. Vale, mas não gosto de gastar à toa!
Jantei uma sopa no próprio restaurante do hotel, não quis sair à rua de moto para procurar restaurante. Rodei hoje 720 km em 12 horas, incluindo todas as paradas. Foi uma viagem tranquila, apesar das chuvas que peguei pelo caminho. Achei a estrada com um volume de caminhões abaixo do normal. Será a crise? Talvez, pois um indicativo disto é que cruzei com muito menos caminhões-cegonhas do que o usual. Como as pessoas estão comprando menos carros, eles não precisam ser transportados!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Rumo ao Piauí!

As chuvas continuam castigando o Sul do Brasil de forma impiedosa, o que foi um dos motivos do adiamento da viagem ao Chile, depois de tudo pronto para a partida.
Sai o Chile, entra o Piauí! Enquanto a situação não melhora no Sul, vou fazer uma viagem até o delta do rio Parnaíba, mais especificamente até a cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Serão cerca de 7.000 km ida e volta, seguindo pela região central do Brasil e atravessando grande parte do sertão, nos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí. Ainda não sei que caminho farei na volta, mas a ida será inicialmente através da BR 116. Pretendo passar pela Chapada Diamantina e pelo parque nacional das Sete Cidades, este no Piauí. O delta do rio Parnaíba é uma região que não conheço, então a viagem vem bem a calhar.
Amanhã estarei partindo do Rio de Janeiro, com a companheira Triumph Explorer.
Acompanhem!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Viagem ao Chile - adiamento


Em resposta aos que têm me perguntado sobre a viagem ao Chile, comunico que estou adiando esta viagem, sem estabelecer uma data para a partida.
Eu estaria partindo no próximo dia 20 de outubro, inclusive a moto está revisada, a bagagem pronta e acondicionada e a documentação está ok, mas alguns fatores me fizeram repensar a viagem. Não estou cancelando, apenas adiando. Dentre os motivos que me levaram a tomar tal decisão, estão os seguintes:
- as fortes chuvas que estão castigando os estados do Sul do Brasil e também parte da Argentina;
- os altos preços praticados no Chile em função da desvalorização do real;
- uma certa apreensão de cruzar sozinho a cordilheira dos Andes através do Paso de Jama;
- o retorno em território argentino, com o problema da falta de combustível nas regiões remotas;
- um pressentimento de que o momento não é o mais adequado.
Assim, continuarei rodando pelas estradas, mas esta viagem em especial, fica suspensa. Quando decidir-me a retomá-la, informarei, para que todos os meus amigos e seguidores fiquem sabendo!
Obrigado por estarem comigo!

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Viagem a Maceió - 11º e 12º dias - Camacã-Vitória-Rio - Fim da viagem

Saí de Camacã com muita chuva, que durou durante toda a manhã. À tarde ocorreram pancadas esparsas.
Houve um atraso de 1 hora por conta de um acidente com uma carreta bi-trem que tombou em uma curva, ainda pela manhã, obstruindo totalmente as 2 pistas da estrada. No sentido em que eu estava, havia 4,8 km de congestionamento, que driblei seguindo pelo acostamento até o local do acidente. Após destombarem a carreta, começaram as operações para retirar o cavalo mecânico, afastar a carreta da pista e cobrir todo o óleo derramado. Fiquei 1 hora parado até desvirarem a carreta, e ainda levaria mais de 1 hora para que as pistas fossem liberadas. Fui falar com o policial rodoviário que acompanhava as operações e ele liberou somente a minha passagem! Devido ao represamento, andei por 2 horas e meia sem um veículo à minha frente, com exceção de algum carro em tráfego local. A estrada era minha! Parei para almoçar após as 2 horas e meia na estrada vazia, e somente após o almoço comecei a pegar caminhões pela frente. O congestionamento que se formou tinha mais de 10 km em ambos os sentidos, os veículos devem ter ficado retidos por mais de 4 horas. Está ficando impossível viajar de carro.
                                           Acidente na BR-101, com interrupção total do tráfego


                                 Devido ao "represamento" de veículos, a estrada era só minha!

Ao entrar no estado do Espírito Santo a estrada é concessionada. Há 15 postos de pedágio até o Rio, e a moto paga em todos!
Cheguei em Vitória ao anoitecer, em meio a um grande congestionamento. O amigo de infância Barão foi encontrar-me em um posto e, após tomar banho em sua casa, saímos para jantar. Dormi em sua casa, onde fui muito bem recebido por ele, sua esposa Renata e pelo enteado Igor. Ficamos conversando até tarde da noite, um papo agradável sobre música e outros assuntos de interesse comum.

                                 Renata, Barão e GE, em Vitória
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No dia seguinte (hoje), parti de Vitória às 8:30 h com destino ao Rio, onde cheguei às 16:30 h. Foi o trecho mais tenso e cansativo da viagem. A estrada está em bom estado, mas não é uma boa estrada. Traçado sinuoso e antiquado, pistas simples, poucos pontos de ultrapassagem e sobrecarregada de veículos, principalmente caminhões. Há alguns pequenos trechos em duplicação, com muitas obras. A viagem não rende, com muitos trechos lentos, atrás de caminhões. Nas 2 primeiras horas de viagem, rodei apenas 120 km! Desnecessário falar nos quebra molas e pardais em excesso, sem qualquer motivo que não seja infernizar a vida dos motoristas.
Os 530 km que separam Vitória do Rio de Janeiro foram mais cansativos que os 750 km entre Camacã e Vitória, que percorri ontem. E eu estava em uma moto potente, que faz ultrapassagens fáceis e seguras. Coitado de quem viaja de carro!
Cheguei bem,  a viagem foi um sucesso e perfeita em todos os detalhes.
A moto fez a incrível média geral de 19,2 km/litro, excelente para sua potência e porte. Os gastos não foram altos e só peguei chuva nos trechos Penedo-Maceió e Camacã-Vitória, mesmo assim não foi durante todo o percurso. Nos dois destinos visitados, Maceió e Aracaju, o sol mostrou sua intensidade e não choveu. Nada de errado aconteceu comigo ou com a moto, a menos do ajuste da caixa de direção e reaperto de  parafusos da tampa lateral do motor, em Penedo. As estradas estavam em bom estado, exceto o trecho da BR 101 dentro do estado de Sergipe, que destoou de todo o restante da mesma rodovia nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Viagem perfeita!
Vamos à próxima!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Viagem a Maceió - 10º dia - Aracaju a Camacã (BA)

O retorno... sempre sem graça, mas sempre procuro fazer da volta uma nova viagem, e extrair algum aprendizado, nem que seja para avaliar o estado das rodovias por onde passo.
Saí de Aracaju às 7:30 h. Andei bem até Estância, quando começam os quebra-molas, pardais e asfalto ruim. Até a divisa com a Bahia a estrada é péssima em todos os sentidos: asfalto ruim, buracos, defeitos na pista e sinalização horizontal deficiente.Ao entrar no estado da Bahia, o panorama muda imediatamente: asfalto perfeito e sinalização horizontal nova e eficiente, mato roçado e acostamento perfeito.
Ao chegar à BR 324, elegi a BR 101 como a estrada que me levará de volta ao Rio, pois eu houvera vindo pela BR 116. Não sei se a escolha foi boa. Há quebra-molas, redutores de velocidade, lombadas eletrônicas e radares (pardais) em todos os povoados às margens da estrada, e, além do mais a estrada é sinuosa, perigosa e estava cheia. Justiça seja feita: o asfalto está impecável, assim como a sinalização horizontal, até Itabuna. A partir de Itabuna, está apenas razoável, mas não há buracos, ao menos até agora. Em alguns trechos consegui andar bem, com boa velocidade, mas a imensa quantidade de obstáculos ao se passar por qualquer povoação, torna a viagem  lenta e irritante; ao menos com as boas condições da pavimentação o conforto e a segurança aumentam.
                                           BR 101 - BA:  bom asfalto e boa sinalização

A partir de Itabuna começou a chover, e logo em seguida começou também a escurecer. A combinação destes 2 fatores me fez entrar na cidade de Camacan (grafia estranha, mas é assim mesmo!), onde hospedei-me em uma pousada simples, ao menos consegui fugir da chuva e ter um local para pernoitar. A pousada tem um "café da noite", com sopa, cuscuz, inhame, banana assada, mandioca e outras coisas, uma espécie de café colonial nordestino, por R$ 13,00!
Hoje foram 730 km rodados!

                                          Pousada em Camacan


                                          Chegada em Camacan, com chuva

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Viagem a Maceió - 9º dia - Aracaju

Acordar em Aracaju é sempre cedo, pois além de clarear cedo, a janela do meu quarto na pousada é voltada para o leste, assim, logo que o sol surge no horizonte, o quarto se ilumina.
Após o café da manhã dei uma caminhada de 1 hora pela orla. O sol ardia forte, e ainda eram 8:00 h!
Em seguida, peguei a moto e fui para o centro da cidade, um caminho agradável que percorri centenas de vezes. O centro é um congestionamento único, sem local para estacionar. Diversos trecho de ruas viraram calçadões, o que limitou o grande volume de veículos a poucas ruas ruas estreitas. Consegui estacionar a moto e saí caminhando pelo centro, aproveitando para fotografar os principais cartões postais da cidade. Observei as mudanças que vêm ocorrendo ao longo dos anos, tanto nos prédios, como no comércio e no trânsito. Apesar do progresso e suas consequências ruins, Aracaju ainda é uma cidade agradável e viável para se levar uma vida boa.
Retornei à pousada na hora do almoço, fiz o caminho pela Coroa do Meio, e peguei um bom congestionamento até chegar na ponte que acessa a Coroa. Parei em alguns pontos para observar o estrago que a foz do rio Sergipe fez às suas margens, mas parece que o problema foi resolvido. O sol não deu trégua, e o calor é grande, mas alguém prefere a chuva? Nem pensar, ainda mais passeando!
Seguem algumas fotos:
                                    Ponte do Imperador
                                           Praça Fausto Cardoso
                                  Uma das entradas do mercado municipal
                                   Mercado municipal. Ao fundo o prédio mais alto do estado.
                                             Na outra margem do rio Sergipe, Barra dos Coqueiros.
                                 No centro, na chamada "rua da Frente", na verdade av. Rio Branco
                                           Interior do mercado
                                            Farol da Atalaia
                                               Final da Atalaia, início da Coroa do Meio

                                 Coroa do meio
Para terminar bem o dia, encontrei com o amigo Ewerton no final da tarde e ficamos conversando e tomando cervejas no Cariri. Acabamos jantando por lá mesmo. Um fecho da viagem com chave de ouro!

domingo, 4 de outubro de 2015

Viagem a Maceió - 8º dia - Maceió a Aracaju

Hora de partir de Maceió. Tomei a estrada para Aracaju, e cheguei  ainda a tempo para o almoço! A BR 101 no estado de Alagoas está ótima, quase toda duplicada e com o asfalto e a sinalização em bom estado. Ao entrar em Sergipe, ainda na travessia da ponte sobre o rio São Francisco, a coisa piora, e muito. As obras de duplicação estão paralisadas,  quebra-molas em excesso, asfalto ruim, sinalização horizontal deficiente ou inexistente, pista sem acostamento, acostamento desnivelado (quando existente!) e desvios mal sinalizados. Apesar de todas essas mazelas, a viagem foi boa e rendeu, por ser um domingo, quando há menos caminhões rodando.
Em Aracaju fui direto para a pousada onde sempre fico hospedado. Almocei e dei uma caminhada pequena pela orla da praia de Atalaia, pois o sol estava a pino, um dia bonito e sem nuvens. Apesar da beleza da orla de Maceió, gosto mais de estar em Aracaju, acho a cidade mais gostosa e acolhedora, talvez por minha forte ligação com a cidade, onde morei por 5 anos no início de minha   vida profissional.
                                          Pousada em Aracaju, na Atalaia

                                           Orla de Atalaia - calçadão

                                          Praia de Atalaia

Calçadão de Atalaia
                                          

Mais tarde, mais uma caminhada de 1 hora e meia, também pelo calçadão, para ver o que mudou e sentir a brisa soprando do mar. A região da praia de Atalaia, em especial a orla e o calçadão estão bonitos e bem cuidados. Dá vontade de ficar por lá!

sábado, 3 de outubro de 2015

Viagem a Maceió - 7º dia - ainda Maceió

Os dias em Maceió têm sido de descanso, muitas caminhadas e praias. Hoje pela manhã estive nas praias de Jatiúca e Jacarecica. Em seguida, almoço às margens da lagoa de Mundaú e visita à região das rendeiras, onde se vendem diversos tipos de artesanatos têxteis.
                                          Praia de Jacarecica

                                           Praia de Jatiúca

                                            Rendeira, no Pontal da Barra

                                             Rua das rendeiras

Fui a Marechal Deodoro, terra natal do marechal de mesmo nome e antiga capital do estado às margens da lagoa de Mundaú. A cidade está decadente, e não vale sequer a visita, mas já que cheguei lá, tinha que percorrer ao menos o centro histórico, que é bastante acanhado e reduzido, sem muitas explicações sobre os prédios e sua história. Em resumo, não perca seu tempo! É melhor dar um mergulho na praia do Francês, que fica a 7 km.
                                           Marechal Deodoro

                                Marechal Deodoro - centro histórico