domingo, 28 de outubro de 2018

Sergipe 2018



Viagem realizada entre 17 e 26 de outubro de 2018 (10 dias)
Guilherme Edel - Triumph Explorer 1200 ano 2014
Spin (Sebastião Espíndola) - Suzuki V-Strom 650 ano 2017
4028 km rodados (GE)

Uma viagem a Aracaju é algo que já fiz inúmeras vezes. Por caminhos diversos, sempre gosto de chegar à capital de Sergipe, local onde morei na década de 1970 e iniciei minha vida profissional como engenheiro.

Desta vez escolhi a BR-116 como estrada principal. Apesar de ser estreita, de pista simples e com um traçado horrível e obsoleto, é a melhor opção. A BR-101 possui um traçado ainda pior, além de correr praticamente ao nível do mar, o que se traduz em um calor insuportável e pancadas de chuva constantes.
Tive como companheiro de viagem o amigo Spin, que foi parceiro em todos os momentos. Nosso gosto pelas viagens de moto é o grande responsável pela harmonia e respeito que rolaram durante os percursos de ida e volta e também durante o tempo em que estivemos em Aracaju, seja rodando pelos arredores ou pelo interior do estado de Sergipe.
                                  Prontos, eu e a moto, para a partida!

                                          Hotel Mirante, em Governador Valadares

                                     Anoitecer em Jequié, BA
                                  Pela estrada, paradas para abastecimento e almoço

                                           Próximo a Aracaju, ao fim do 3º dia
Não vou me alongar em narrativas, farei apenas um resumo com algumas fotos ilustrativas.
Saí de Rio Claro com a Triumph Explorer 1200, e o Spin partiu de Santos com sua V-Strom 650. Encontramo-nos no que chamei de 1º dia, no posto Xalé, em Barra do Piraí, às margens da BR-393. Seguimos pela BR-393 até Além Paraíba, onde ingressamos na BR-116. No terceiro dia de viagem chagamos a Aracaju à noite, tendo pernoitado em Governador Valadares (MG) e Jequié (BA).
Na capital sergipana, nosso destino final, fomos a bares, restaurantes, mercados e praias; fizemos pequenas viagens a São Cristóvão, Carmópolis, Pirambu e Mosqueiro, além de rodar bastante pela cidade, indo até mesmo a shopping centers! Exploramos algumas estradas que eu não conhecia e passeamos bastante. Na última noite ainda assistimos a um show da banda Skama de Peixe no restaurante Cariri. Em minha última viagem a Aracaju também assisti a um show daquela banda e gostei muito. São 3 meninas que tocam acordeão e teclados e também cantam muito bem; o irmão delas praticamente só canta, mas o destaque mesmo são as meninas, talentosas, animadas e muito afinadas.

                                         Passeando pelos arredores, em estradas secundárias.

                                        Pirambu
                            Pirambu, com Marcílio, repórter da TV Sergipe (Globo) motociclista e especialista em drones

                                    Campos de petróleo, próximo a Carmópolis
                                    Estrada vicinal, entre Pirambu e Carmópolis
                                    Shopping Riomar

                                 Ponte do Imperador

                                         Na ponte do Imperador
                                São Cristóvão, cidade histórica, 1ª capital de Sergipe





                                                  Mercado municipal de Aracaju
                                 Almoço no mercado





O retorno também foi tranquilo, apesar de termos pegado chuva no último dia, justamente no pior tracho da BR-116, o que corta o estado de MG, cheio de curvas e com poucos pontos para ultrapassagens seguras. Ousamos um pouco nas ultrapassagens e na velocidade, mas como seria a vida sem ousadia? Levamos também 3 dias, com pernoites em Poções (BA) e Caratinga (MG). Viajamos juntos até Barra do Piraí (no mesmo posto Xalé, da ida). No posto, localizado na BR-393, nos separamos: eu segui pela RJ-145 em mau estado até Rio Claro e o Spin seguiu até Lorena, onde pernoitou na casa de parentes.

                                         Retornando...
                                 Pernoite em Poções
                                 Pela estrada

                                           Pernoite em Caratinga
Cheguei ao sítio com dia ainda claro, deu tempo de lavar toda a roupa suja e arrumar algumas coisas. No dia seguinte o Spin percorreu o pequeno trecho até Santos e chegou bem em casa, enquanto eu lavava a moto e a deixava pronta para a próxima aventura.
A companhia foi ótima e deu tudo certo.
Já estamos pensando na próxima viagem!

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Uruguai 2018 - 11º e 12º dias - final


11º dia - domingo - 9 de setembro de 2018

Ao sair de Osório, pegamos a BR-101 no sentido Norte. Estava um pouco frio, 14 graus, e o asfalto apresentava alguns defeitos, mas deu para andar bem. Após passar por  Torres , entramos no estado de Santa Catarina. A partir da divisa o asfalto fica bom, e continuamos andando forte, parando para abastecer  somente 220 km após a partida.
                                 Partindo de Osório

 A próxima parada foi para almoçar, mais 200 km adiante. Pegamos muito congestionamento na estrada, ao todo foram cerca de 300 km de congestionamento ao longo do dia, nunca vi algo parecido. Toda a travessia do estado de Santa Catarina pela BR-101 estava congestionada, com excesso de veículos num anda-e-pára constante. Andamos por horas no corredor entre os carros, uma coisa muito tensa e perigosa. Os carros devem ter levado um tempo absurdamente grande para fazer o percurso de Florianópolis até Curitiba, a velocidade média era em torno de 20 km/h.
                                 Parada para descansar do congestionamento


                                 Estrada sobrecarregada de carros

A serra entre Joinville e Curitiba também estava congestionada, subimos também entre os carros, com muito cuidado.
Começou a escurecer um pouco antes de chegarmos a Curitiba. Entramos no contorno e chegamos à rodovia Régis Bittencourt, que leva a São Paulo. Às 18:20 h hospedamo-nos no hotel do posto Cupim, à beira da BR-116, em Campina Grande do Sul (pista sentido Curitiba).
                                     Chegando ao hotel, em Campina Grande do Sul (Periferia de Curitiba)
A viagem foi boa, sem contratempos, mas foi muito tensa e cansativa devido aos congestionamentos que enfrentamos. Apesar de tudo, rodamos mais de 650 km hoje.


12º dia –segunda-feira 10 de setembro de 2018

                                  Partindo de Campina Grande do Sul, com garoa

Chuviscava na hora da partida. Fomos direto do hotel até o Graal Petropen, em Registro, pela Régis Bittencourt (BR-116). Tomamos um café e tocamos em frente. Após subir a serra do Cafezal, a próxima  parada foi no posto São Leopoldo, onde fiz uma refeição rápida e abasteci a moto, pois iria percorrer uma grande distância sem postos e sem restaurantes. O Espin apenas tomou um sorvete.
O tempo foi melhorando e firmou. Ao término da Régis Bittencourt entramos no rodoanel e pegamos um congestionamento de 7 km devido a um acidente que fechou 2 das 3 pistas. Mais uma vez, seguimos pelo corredor, desta vez bem pior, pois havia caminhões lado a lado, o que dificultava a passagem.
                                Parada para almoço na Régis Bittencourt - tempo bom!

Mais adiante, o Espin entrou na Imigrantes e foi em direção a Santos. Continuei sozinho até a Carvalho Pinto, que percorri até chegar à Dutra, na altura de Taubaté. Na Dutra, mais um engarrafamento de 6 km, pouco antes de Queluz, devido ao transporte de uma peça que ocupava as 2 pistas. Era impossível trafegar nos corredores, que eram formados em sua quase totalidade por caminhões. Desta vez, então, fui pelo acostamento mesmo!
                                  Parada no Graal da Carvalho Pinto
                                 Último abastecimento, em Queluz

Parei para tomar um Ovomaltine em Floriano e escureceu. Cada vez tenho mais dificuldade em dirigir e enxergar à noite. O último trecho, de Floriano a Rio Claro foi tenso, principalmente após sair da Dutra, pois a RJ-155 tem uma curva atrás da outra, a pintura é deficiente e os motoristas são mal-educados, usam farol alto, que me ofusca. Eu me senti um aprendiz de motociclista fazendo as curvas com dificuldade, por não enxergar o final das mesmas! Aliás, enxergava muito pouco, meus anjos protetores me guiaram!
Às 19:15 h, após rodar hoje 765 km, cheguei  ao portão do meu refúgio em Rio Claro e fui saudado pelos meus 4 cães, que tomam conta da propriedade! Foi uma viagem maravilhosa, leve, tranqüila e sem qualquer susto ou imprevisto. A companhia do Espin fez a diferença, e creio que ele também curtiu a viagem e os locais por onde passamos e onde fomos.
Recebi uma mensagem dizendo que ele chegou bem em Santos. O mesmo se aplica a mim em Rio Claro. 
Até a próxima!

sábado, 8 de setembro de 2018

Uruguai 2018 - 10º dia - Chuí a Osório (RS)


Saímos de Chuí pela BR-471, uma imensa reta, que percorremos até a vila de Quinta, que foi nossa primeira parada para abastecer, logo após cruzar a reserva de Taim. De Quinta fomos para Rio Grande para embarcar na balsa que faz a travessia Rio Grande-São José do Norte. Escolhemos este caminho alternativo pela BR-101, cruzando o trecho chamado outrora de “Estrada do Inferno”; a estrada corre pela estreita faixa de terra entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico,sendo  também uma imensa reta quase deserta de mais de 300 km.
                                           Saindo do hotel, em Chuí
                                   Reserva do Taim

                                    Reserva do Taim
                                     Reserva do Taim

Chegamos em Rio Grande às 11:20 h, mas tivemos que esperar a balsa que sairia às 13 h. Aproveitamos para almoçar em um restaurante “boca de porco” no mercado municipal da cidade. Entre o embarque, a travessia e a atracação, o tempo foi de 50 min, é um trecho agradável, desde que o dia esteja bonito e o tempo bom!
                                     Rio Grande
                                   Mercado municipal de Rio Grande

                                    Travessia Rio Grande - São José do Norte
                                  Travessia Rio Grande - São José do Norte

Após São José do Norte seguimos pela estrada do inferno, vazia, por diversas horas, parando apenas para um abastecimento na cidade de Mostardas. Depois de Mostardas, um trecho de 60 km completamente esburacado reduziu nosso ritmo de viagem. A estrada só melhorou a partir da localidade de Solidão, mas, em compensação, baixou um nevoeiro denso e úmido que permaneceu por 100 km. Sentimos frio quando rodamos dentro do nevoeiro.
                                      Parada para abastecimento em Mostardas


                                   BR-101 - Estrada do Inferno

Tínhamos a intenção de seguir até Torres para pernoitar, mas ao passarmos por Osório já eram 17:30 h e logo escureceria. Entramos na cidade e nos hospedamos, saindo em seguida para jantar em uma pizzaria.
Mesmo com o tempo de espera em Rio Grande, o tempo da travessia de balsa e o trecho deteriorado da estrada, conseguimos rodar hoje 570 km, o que considero muito bom. Nos trechos bons, a velocidade foi elevada.