domingo, 27 de dezembro de 2020

2020

 Seria difícil encontrar alguém que dissesse que o ano de 2020, que  finalmente se encerra, foi um ano excelente. Como de praxe, costumo fazer um balanço e um resumo do que foi o ano para mim em termos gerais e, mais especificamente, olhando para as viagens e passeios que realizei.

Apesar da pandemia e de todas as suas consequências, não foi um ano mau; decerto poderia ser melhor, mas não há do que reclamar. Consegui atravessar o ano com boa saúde e sem contrair o terrível vírus conhecido como COVID, só isto já me faria considerar-me um privilegiado, mas não pára por aí. 

Em janeiro, fiz uma viagem com a Tiger Explorer ao Uruguai, aproveitando para visitar no caminho a Caverna do Diabo em Eldorado e fazendo desta vez um trajeto diferente e pouco usual para mim até a capital uruguaia.

                                     Montevidéu

Em março, uma viagem frustrada ao Norte do Chile, também com a Tex; a pandemia me atingiu quando estava na Argentina, as fronteiras foram fechadas e houve severa restrição à circulação de pessoas e veículos, mas, ainda assim, tirei importantes lições do período de confinamento na Argentina e aprendi muito com as dificuldades, foi uma lição de vida que poucos tiveram e que considero um presente.

                                    Argentina - Amaichá del Valle


De volta ao Brasil, isolei-me em meu refúgio até que as coisas clareassem, e aproveitei o período para reflexões e decisões. Fiz muitos passeios pequenos, mas muito prazerosos, em um raio de até 300 km de Rio Claro.

                                        Areias - SP

                                     Serra da Beleza - Valença, RJ


                                       A caminho de Passa Vinte - MG


                                          Trindade - Parati, RJ


Ao longo de 2020 vendi a fiel Bandit para o meu genro e comprei a Bonneville em 1o de julho. Uma moto de sonho e um sonho de moto que pude realizar. A Bonnie passou a fazer parte da minha vida e dos meus passeios!



Três meses após a Bonnie, comprei a Sahara aproveitando uma oportunidade, e descobri uma moto fantástica, apesar dos seus 28 anos de idade. E continuei fazendo pequenos passeios.



Em outubro, junto com alguns companheiros, fiz uma viagem a Alto Caparaó (MG) com a Bonnie, que se saiu muito bem nas estradas sinuosas que percorremos, apesar de ser uma moto mais voltada para o uso urbano.

                                     Alto Caparaó - MG


Finalmente, em dezembro, uma viagem dentro do Brasil, uma vez que todas as fronteiras da América do Sul estão fechadas para nós, os brasileiros. Juntamente com mais 3 companheiros, percorri de moto todas as serras icônicas e emblemáticas do Sul do Brasil, em um delicioso tour de 13 dias por regiões serranas.

                                     Rastro da Serpente - Apiaí, SP
                                     Serra do Rastro da Serpente, PR
                                      Serra do Espigão - BR-116, SC
                                                               Serra do Corvo Branco, SC

                                    Rota do Sol - Serra Gaúcha, RS

                                    Serra da Graciosa - PR


Não dá para reclamar de 2020, mas espero que 2021 seja um ano muito melhor, e que o fantasma desta hedionda epidemia se vá de uma vez!


sábado, 12 de dezembro de 2020

Serras do Sul - Retornando - Juquitiba a Rio Claro - Fim da viagem

 Acordei às 4:30 h da manhã na Pousada do Bruto e não consegui mais dormir. Levantei-me e fui tomar café no restaurante do posto. Na volta, chamei meus companheiros. Após arrumar a bagagem nas motos, partimos às 7:45 h, com 21 graus de temperatura. Percorremos a Régis Bittencourt até o Rodoanel e ingressamos nele. Circulamos pelo lado Sul até chegarmos à rodovia Carvalho Pinto.

Paramos no Graal Market, na altura de Guararema para tomar um café e abastecer as motos, quando a moto do Ferrari deu o último suspiro. Ela vinha apresentando alguns problemas desde a troca da bateria em Gramado; na Régis Bittencourt o painel apagou, e quando parava nos pedágios a moto exalava um cheiro estranho, nauseabundo. Ao desligar a moto para abastecer, ela não ligou mais. O tal cheiro persistia.

                          Graal Market, na rodovia Carvalho Pinto - um point de motociclistas de fim de semana


Desmontamos a lateral da moto e retiramos o banco para acessar a bateria, quando constatamos que a mesma estava com os bornes quentes demais, queimavam nossas mãos. Não conseguimos identificar o que estava causando o superaquecimento da bateria e a falha da moto. O Ferrari fez diversas ligações telefônicas e finalmente conseguiu que a garantia da Harley Davidson fosse buscar a moto. Ficaram de enviar um reboque para levar a HD a uma concessionária e um taxi para levar o Ferrari até sua casa, no Rio.

                               
 Não conseguimos consertar a HD do Ferrari. Ela seguiu no reboque e ele de taxi!

Despedimo-nos dele, que ficou aguardando o prometido; eu e Marcinho seguimos em frente em nossas motos. Já na Dutra, almoçamos no Arco-Iris de Roseira, e 120 km depois paramos para um Ovomaltine, em Floriano. Dali, fomos para Rio Claro, onde chegamos às 16 h. Saímos para fazer um lanche e tivemos notícias que o Ferrari chegara bem de táxi em sua casa, após uma viagem tranquila. A moto foi levada pelo reboque para uma concessionária da marca, a fim de ser analisada e reparada. 

Final feliz para todos, apesar de alguns pequenos percalços que não tiraram o valor da viagem. O Sílvio (Gaúcho) também precisou trocar a bateria da sua HD em Pelotas, e trocou também o pneu dianteiro. O Ferrari foi de moto e voltou de táxi! Eu saí com a moto funcionando com apenas 2 cilindros e voltei com ela na mesma condição, pois não foi reparada em Curitiba. E o Marcinho foi e voltou tranquilo com sua Vulcan 650-S, que surpreendeu a todos nós, pois acompanhou sem grandes problemas as motos maiores.

Podemos dar por encerrada com êxito esta viagem pelas serras do Sul do Brasil. Percorremos a Serra do Rastro da Serpente, viajamos pela BR-116 entre Curitiba e Lages (uma estrada serrana), vencemos a serra do Espigão, fomos às serras gaúchas e catarinenses, descemos a Serra do Rio do Rastro, conhecemos parte da Serra do Corvo Branco, visitamos os canions da Serra Geral e subimos a Serra da Graciosa! Preciso dizer mais? Foi uma viagem decidida entre eu e Marcinho. O Ferrari aderiu na véspera e o Sílvio foi incorporado ao final do primeiro dia. Uma equipe boa, pilotos seguros e boas conversas!

                                  GE, Marcinho, Ferrari e Sílvio (Gaúcho) nas serras do Sul do Brasil

Até a próxima!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Serras do sul - Retornando - Serra da Graciosa

                                   Portal da Serra da Graciosa

 Partimos de Joiville às 7:45 h. Voltamos à BR-101, mas na altura de Garuva entramos em uma estrada estadual que leva a Guaratuba. Atravessamos a baía de Guaratuba de Ferry Boat, passamos por Matinhos e seguimos na direção de Morretes, onde entramos na cidade. Eram 10 h, muito cedo para comer um Barreado. Andamos um pouco por um trecho da cidade e subimos a Serra da Graciosa. sempre uma coisa agradável de se fazer. O tempo estava bom e a visibilidade do topo da Serra era total. A estrada com hortências ao longo de toda a sua extensão e o calçamento de paralelepípedos no trecho mais íngreme dão um charme especial ao local. 

                                    Travessia da Baía de Guaratuba

                                    Morretes



                                   No alto da Serra da Graciosa


Chegando á Régis Bittencourt, almoçamos no Túlio e seguimos adiante em bom ritmo. Um pouco antes da subida da Serra do Cafezal começou a chover, tivemos que parar para colocar as capas de chuva. Subimos a serra com muito cuidado devido às pistas molhadas e escorregadias e paramos no posto São Leopoldo, onde fica a Pousada do Bruto, local onde já dormi inúmeras vezes. É um local simples, mas uma boa opção, pois seguindo adiante não há acomodações decentes para viajantes antes de Taubaté, que fica 270 km adiante. No posto há um restaurante que funciona até as 23 h, tudo que precisávamos. Já eram 17:30 h, era hora de parar por hoje.

                                   Colocando as capas de chuva, antes de subir a Serra do Cafezal

                                   O merecido descanso!


Foi um dia de deslocamento, mas houve a travessia da baía de Guaratuba e a subida da Serra da Graciosa, que deram um sabor especial a este dia na estrada.











quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Serras do Sul --Retornando - Gramado a Joinville


 

O dia amanheceu bonito como nenhum outro dia da viagem: céu azul, sem nuvens e temperatura agradável, mas, infelizmente, é hora de começar a fazer o caminho de volta.

                                  Aguardando o Ferrari na porta de sua pousada.

Eu e Marcinho fechamos a conta no hotel e fomos com as motos para a pousada onde o Ferrari estava hospedado. Conseguimos partir às 8:30 h. Fizemos o mesmo caminho da ida para chegar a Gramado: passamos por São Francisco de Paula e Tainhas e descemos a Rota do Sol, desta vez... com sol! Lindos visuais de cadeias de montanhas cobertas por densa vegetação e uma estrada cheia de curvas completavam o cenário. Chegamos à BR-101 na altura de Terra de Areia e rumamos para o Norte, passando por Torres 50 km adiante. 



                                   Descendo a serra pela Rota do Sol

Entramos no Estado de Santa Catarina e seguimos em frente em bom ritmo, só parando para abastecer as motos e para almoçar. Pegamos alguns congestionamentos na altura de Florianópolis e de Camboriú e tivemos que rodar nos corredores entre caminhões por 45 minutos. Mesmo fora dos congestionamentos, a estrada estava densa e sobrecarregada de veículos. Apesar de duplicada, a BR-101 não está mais dando conta do enorme fluxo de veículos que passa por ela.

                                   Almoço na BR-101

Já no fim da tarde, quase às 18 h, chegamos em Joinville, nosso destino previsto de hoje. Conseguimos um hotel razoável na entrada da cidade para passar a noite e descansar para mais um dia de estrada amanhã. Foram 600 km rodados hoje. Um típico dia de deslocamento, mas foi uma viagem tranquila.

                                                        Hotel em Joinville
                                   Chegando no hotel, em Joinville


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Serras do Sul - Parque do Caracol


 

Saímos pela manhã com destino ao Parque do Caracol, em Canela. O Ferrari foi na garupa do Marcinho, pois a bateria de sua moto só chegaria mais tarde.

O parque tem diversas atrações, sendo a mais importante delas a Cascata do Caracol, um salto de água de 130 m de altura, que é o cartão postal não só de Canela, mas de toda a região.

                                    Cascata do Caracol


Visitamos e apreciamos a famosa cascata e também andamos por algumas trilhas dentro do parque, conhecendo recantos e outras cachoeiras não tão famosas, mas de grande beleza. O Ferrari fez um tour em um trenzinho que percorre parte do parque. Ele e Marcinho também subiram em um elevador acima da copa das árvores, a fim de observar o parque de cima.

                                   Uma das diversas cachoeiras escondidas pela mata
                                       Represa



Terminada a visita, rumamos com as motos para Gramado, mas no caminho paramos no museu egípcio, que eu e Ferrari visitamos. Há peças, sarcófagos, papiros, adornos e até uma múmia. Algumas explicações suscintas descreviam os objetos em exposição.


                                   Múmia


Fomos em seguida à loja de motopeças para o Ferrari comprar uma membrana anti-embaçante para seu capacete. Tivemos que esperar até 13:30 h a abertura da loja (é a sesta!). Fomos também à oficina que encomendara a bateria para a moto do Ferrari. Ele pagou a bateria e combinou que o proprietário iria em sua pousada instalar a bateria na moto.

                                   Aguardando a abertura da loja de motopeças


Almoçamos em um restaurante alemão, onde pude matar as saudades de um Kassler com chucrute e um apffelstrudel de sobremesa.  Ao cair da tarde, eu e Ferrari fomos de moto ao Museu do Automóvel de Canela. Chegamos às 17:30 h e o museu fechava às 18 h. Tivemos pouco tempo para apreciar e conhecer mais sobre os 44 autos expostos, a maioria deles bastante raros, como um Democrata, um carro brasileiro que só teve 3 unidades`fabricadas e entregues. Ou um Marmon 1930 do qual só existem 8 unidades no mundo. Ainda assim, foi bastante interessante.









Na volta do museu, juntamo-nos ao Marcinho e fomos tomar um café no centro, antes de ir comer uma pizza como jantar.