sábado, 30 de junho de 2018

Motos e motos...

Antigamente, uma moto servia a todos os propósitos; entretanto, principalmente nos últimos 20 anos, a quantidade de estilos e usos específicos fez com que a indústria motociclística lançasse diferentes modelos da mesma marca, a fim de atender às necessidades dos usuários. De repente, me vi com motos de estilos bem diferentes, que fui adquirindo e usando ao longo da vida, as quais  tive o imenso prazer de pilotar.
Sem mais palavras:
                                5 motos, 5 estilos: Street, Naked, Big Trail, Clássica e Trail
                                         De frente, a partir da esquerda: street, naked, big trail, clássica e trail.
                                   

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Argentina 2018 II - Taubaté a Rio Claro - fim da viagem!


O último dia de viagem foi um verdadeiro passeio, de Taubaté a Rio Claro. Dia bonito, temperatura agradável, às 9:30 h ganhamos a Dutra, que estava muito cheia de veículos, mais de 90% deles eram caminhões.
                                   Saindo do Ibis, em Taubaté
Fizemos uma rápida parada para abastecimento em Roseira e uma parada para tomar Ovomaltine (como sempre!) em Floriano.
Chegamos em Rio Claro às 12:00 h. Descarregamos a moto, trocamos de roupa e fomos almoçar de Fusca. Em seguida ao almoço, fomos à Graminha, onde há uma cachoeira no rio Piraí, e o Tiago deu alguns mergulhos e nadou. Retornamos para o sítio, Tiago arrumou suas malas e fui levá-lo a Barra Mansa, para que tomasse um ônibus para o Rio. Eu preciso ficar em Rio Claro mais alguns dias para lavar roupas, lavar a moto e cuidar de diversas coisas.
                                            O valente Fuscão!
                                  Cachoeira no rio Piraí
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Foi uma viagem excelente, 6.680 km rodados em diversas condições. Apenas um dia de chuva, ainda no Brasil, no segundo dia. Muito frio em determinadas regiões (-2,5 ºC em Tafi del Valle) e frio razoável em outras. A temperatura média no Noroeste Argentino esteve sempre  baixa, acordávamos com 1 grau e a máxima do dia atingia 7 graus. Em momento algum tiramos os casacos, toda a roupa mais leve que levei voltou intacta, mas isto não atrapalhou em nada nossa programação nem diminuiu nosso ânimo!
As estradas da Argentina são boas e vazias, mas as do Brasil... melhor nem falar! Estamos muito mal de rodovias, mesmo pagando altos pedágios! Excesso de veículos é o principal problema, as estradas são inadequadas e subdimensionadas para o tráfego que por elas passa. Todas têm projetos dos anos 40 e 50, quando a frota de veículos era muito menor e o país possuía ferrovias.
A moto caiu, ou melhor, tombou, 3 vezes, sem conseqüências, sempre devido ao peso excessivo e sempre praticamente parada. Somando o peso da moto em serviço (270 kg), com o peso dos baús e bagagem (30 kg) mais meu peso e o do Tiago (150 kg), eram 450 kg com centro de gravidade alto. Qualquer inclinação maior, não há braço ou perna que segure!
Não houve qualquer problema de saúde conosco nem qualquer problema mecânico com a moto. Todos estivemos impecáveis!
Vamos nos preparar para a próxima viagem!

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Argentina 2018 II - Curitiba a Taubaté

Saímos de uma região central de Curitiba. O Tiago foi pilotando o Google Maps no celular e eu fui pilotando a moto pelas ruas da cidade até atingirmos a BR-277. Seguimos até o contorno de Curitiba e entramos na BR-116 (Régis Bittencourt), que nos levaria a São Paulo. Paramos para abastecer e almoçar no Graal de Registro e tocamos em frente. Mais adiante, o painel da concessionária indicava pista interditada devido a um acidente adiante, na Serra do Cafezal. Havia um congestionamento que já alcançava 8 km e não havia previsão de liberação. Para nossa sorte, chegamos ao final do congestionamento justamente na saída para a estrada que leva a Peruíbe, a SP-55.
Entramos nesta rota alternativa e fizemos o caminho passando por Peruíbe, Itanhaém e Praia Grande, pegando a Imigrantes (SP-160) bem mais adiante. Subimos a serra pela Imigrantes cheia de caminhões, pois a Anchieta (SP-150) estava fechada devido a obras.
Entramos no Rodoanel e o percorremos até a Carvalho Pinto, que também percorremos inteira, até a cidade de Taubaté.
                               Parada na estrada para café: bom papo sobre motos e dica de hotel em Taubaté

Já era noite quando chegamos a Taubaté; seguindo a dica de um motociclista que conhecemos em uma parada na estrada, fomos para o Ibis Style, uma ótima escolha: hotel novo, agradável, quarto bom, internet, café da manhã e estacionamento.
Já estamos quase em casa!

Argentina 2018 II - Foz do Iguaçu a Curitiba

Na saída de Foz a temperatura era de 7 graus. Foi um dia de deslocamento muito cansativo, por ter sido totalmente percorrido dentro do Brasil.
A estrada foi a BR-277. É uma rodovia concessionada; apesar do asfalto sem buracos e de boa qualidade, tem um traçado antiquado e sinuoso demais, além do pior defeito, que é ser de pista simples e estar sobrecarregada de veículos, especialmente de caminhões. Há poucos trechos com terceira faixa, o que torna a viagem lenta e as ultrapassagens perigosas. A viagem não rende, há 9 postos de pedágio (caros) entre Foz e Curitiba,  muitos pardais e quebra-molas.
                                  BR-277 
Nossa meta era chegar a Curitiba, para pernoitar na casa da irmã do Tiago. Escureceu quando estávamos em Ponta Grossa, a 120 km de Curitiba, mas seguimos em frente, eu com muita dificuldade para enxergar, pois não houvera levado óculos de lentes claras para longe. Meu óculos multifocais não conseguem se encaixar em meu rosto dentro do capacete.
Tivemos que entrar em Curitiba (cidade com mais de 1 milhão de habitantes), e eu sem enxergar direito. O Tiago foi com o celular na mão ditando o caminho a percorrer, até que chegamos ao destino. Fomos muito bem recebidos pela Rebeca e seus sogros.
                                                  Em Curitiba
Prepararam para nós um jantar delicioso à base de bacalhau regado a vinho chileno, uma delícia!
Após o jantar, uma conversa amena e fomos dormir. Eu estava muito cansado do dia na estrada, foi o dia mais cansativo da viagem, 652 km rodados dentro do Brasil, em estradas sempre cheias e com curvas demais. Dormi profundamente em lençóis cheirosos e cobertores quentes! O corpo pedia por este descanso!

Argentina 2018 II - Corrientes a Foz do Iguaçu


Ao sair de Corrientes a temperatura era de 6,5 graus. Cruzamos praticamente toda a cidade e entramos na ruta 12 às 8:30 h.
A estrada  (ruta 12) continua boa, com asfalto em boas condições, sinalização horizontal correta e um volume de tráfego compatível. Andamos bem, foi um dia de deslocamento tranqüilo e até com um pouco de frio. Almoçamos na estrada, depois de passar por Posadas.
                                     Ruta 12
                                 Ruta 12
                                  Abastecimento na ruta 12, em Ita Ibaté
Fomos vencendo os quilômetros e às 18 h entramos em Foz do Iguaçu, após cruzar a fronteira e fazer os trâmites necessários. Foram 620 km rodados.
                                 Chegando à fronteira com o Brasil


Como não conhecemos a cidade de Foz em detalhes, acabamos nos perdendo, mas perguntando conseguimos chegar ao hotel que eu houvera reservado ontem através do celular.
Uma vez instalados e de banho tomado, saímos para jantar. Encontramos um restaurante árabe e fizemos lá a última refeição do dia.
De volta ao Brasil!

domingo, 17 de junho de 2018

Argentina 2018 II - Quimili a Corrientes

                                 Ponte Gral. Belgrano, Corrientes

Às 7 h a temperatura em Quimili era de 1 grau, desestimulando qualquer tentativa de sair muito cedo. Como nos dias anteriores, esperamos o sol raiar, às 8:10 h, para tomar café. Acabamos por sair às 9:00 h com temperatura de 4,5 graus.
                                  Hotel em Quimili, pela manhã

O que era para ser um dia típico de deslocamento, acabou sendo um dia de viagem agradável que rendeu bastante, devido tanto às condições da estrada quanto ao traçado das mesmas, plano e retilíneo.
Cruzamos as grandes retas das rutas RN89 e RN16 em boa velocidade e sempre com frio. As estradas apresentavam poucos veículos e boas condições de asfalto e sinalização.
Fizemos uma parada para café na Ruta 89 e almoçamos na Ruta 16, em um posto na cidade de Presidencia Roque Saenz Peña.


                                  Almoço na ruta 16

                                  Retas infinitas e terreno plano no Chaco

Chegamos ao final da RN 16, atravessamos a Ponte Gral. Belgrano sobre o rio Paraná, entramos na cidade de Corrientes às 15 h e fomos procurar um hotel para passar a noite.

Após nos hospedarmos, saímos para caminhar pela via Costaneira. Eu não conhecia este lado da cidade, sempre a atravesso pela avenida que é uma continuação da ruta 12.
A "orla" é muito bonita e agradável, com muita gente passeando, senti-me quase em uma cidade à beira-mar, porém com um povo educado e bem vestido pelas calçadas. Não fazia calor, pelo contrário, mas o povo curtia a paz e a beleza da Costaneira. Gostamos muito da cidade, passeamos até o sol se por e o frio chegar, retornando ao hotel.

                                   Corrientes





                                 Ponte Gral. Belgrano, sobre o rio Paraná

Em todas as viagens que fiz até hoje, elegi a cidade de Resistência, capital da província do Chaco, distante 20 km de Corrientes, para pernoitar. Hoje vi o que perdi por não ter escolhido Corrientes, que é uma cidade viva e vibrante, com uma orla bonita e deliciosa!
Saímos para jantar com frio, comemos uma pizza regada a vinho Torrontés em um local sofisticado perto do hotel. 

sábado, 16 de junho de 2018

Argentina 2018 II - Tafi del Valle a Quimili


Quando fui retirar a moto do estacionamento e arrumar a bagagem, tomei um susto: a temperatura era de -2,5 graus! Carregamos a moto, colocamos nossas roupas e partimos de Tafi  del Valle com temperatura de -1,5 graus. O que ajudou foi que o hotel tinha aquecimento e nossos corpos estavam quentes e não sentiram tanto o impacto de tão baixa temperatura.
                                 Saindo do hotel em Tafi del Valle, com -2,5 graus de temperatura às 9:00 h

A estrada é um show: descemos uma  enorme serra dentro da mata correndo junto a um rio, com centenas de curvas, cada uma mais fechada que a outra. Impossível parar, devido ao frio e ao fato de a estrada ser estreita e sem acostamento. Após descer dos 2.300 msnm para 870 msnm, chega-se a um mirante chamado de El Indio, onde há uma imensa estátua de um índio, e onde indígenas e moradores locais vendem artesanatos e alguns itens de comida para sobreviver. Em El Indio a temperatura era 2 graus positivos.
                                  El Indio - temperatura de 2 graus e estrada maravilhosa

Continuamos descendo, e a paisagem mudou quando atingimos a altitude na qual permaneceríamos ao longo do resto do dia. Paramos para almoçar em Termas de Rio Hondo, uma agradável cidade turística, onde comemos a melhor carne de toda a viagem.
                                   Termas de Rio Hondo 
                                 Almoço em Termas de Rio Hondo

Mudamos diversas vezes de estrada e cometemos alguns erros devido à falta de sinalização, pois não tenho GPS. Contornamos Santiago del  Estero, uma cidade grande, e seguimos pela ruta 34 até a localidade de Taboada, onde ingressamos na ruta 89. Não há sequer uma placa de sinalização neste entroncamento, que passaria despercebido. Por sorte eu já houvera feito este trajeto em 2010 e sabia que teríamos que mudar de estrada.

                                 Cruzamento de estradas
Passamos por Suncho Corral e não vimos posto de abastecimento. Em uma blitz adiante, perguntamos aos policiais, eles disseram que havia um pequeno posto dentro do povoado, fora da estrada, que deveríamos ter ingressado na cidade. O próximo posto ficava 100 km adiante, decidimos seguir em frente, pois detesto ter que voltar atrás! Com pouca gasolina no tanque da moto, diminuímos a velocidade para 95 km/h, para podermos chegar ao próximo posto. Estrada plana, reta e sem graça, foi um tédio percorrer 110 km naquela velocidade, mas conseguimos chegar a Quimili, às margens da ruta 89, onde abastecemos a moto e conseguimos um hotel razoável para passar a noite.
                                Ruta 89 ao entardecer: andando devagar para economizar combustível

Apesar de estarmos na província de Santiago del Estero, a região é  do Chaco, estranhei sairmos para jantar com  7 graus de temperatura onde já suportei  43 graus à sombra!

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Argentina 2018 II Cel. Moldes a Tafi del Valle


Muito frio pela manhã em Cel. Moldes. O sol nasce às 8:10 h, até essa hora ainda é noite, tudo está escuro. Esperamos clarear, vestimos nossas roupas de frio e fomos tomar café em um local próximo.  Só partimos às 10 h, pois esperamos a temperatura atingir 6 graus. Seguimos sem pressa até a Posta de las Cabras, onde paramos para tomar um café decente e comer doces alemães. Eu devorei uma torta folheada deliciosa e o Tiago comeu um bolo.


A partir da Posta de las Cabras começa a Quebrada de las Conchas (ou Quebrada de Cafayate), outro espetáculo da natureza que a Argentina guarda com carinho. Um grande vale com um rio correndo em seu interior, ladeado por montanhas multicoloridas e formações rochosas impressionantes. Percorremos com calma, parando nas principais atrações e apreciando as belezas que nos cercavam.






                                 Obelisco

Chegamos em Cafayate com céu totalmente azul  às 14 h. A cidade continua gostosa e agradável, parece uma pequena vila européia, cercada de montanhas. Almoçamos em um bom restaurante na praça principal a um preço excelente, e partimos pela ruta 40 na direção Sul.
                                  Cafayate

                                  Cafayate
 Tentamos visitar as ruínas de Quilmes, uma civilização pré-incaica que viveu na região, mas o acesso era através de uma estrada de 5 km de rípio com bolsões de areia e muitas pedras soltas; percorremos um trecho, mas desistimos e retornamos, pois com a moto pesando perto de 500 kg e as condições da estrada, um tombo seria inevitável.

Saímos da ruta 40 e seguimos na direção de Amaichá del Valle. A estrada tornou-se ruim, toda defeituosa, estreita e sem sinalização horizontal. Após Amaichá, inicia-se uma longa subida com a estrada em más condições passando junto a abismos e despenhadeiros. Subimos, subimos... e vencemos a cadeia de montanhas ilesos!  Iniciamos a descida em direção a Tafi del Valle. Do alto, via-se a cidade sendo cercada e envolvida por nuvens. A temperatura começou a cair rapidamente, na entrada da cidade já estava em 3 graus. Sem procurar muito, escolhemos o melhor hotel da cidade! É novo, bonito, tem calefação, wi-fi, um quarto excelente, garagem e o jantar e o café da manhã estão incluídos na diária. A recepcionista nos informou que na noite passada a temperatura na cidade foi de 8 graus negativos! Foi uma boa decisão escolher este hotel, estávamos merecendo este luxo!
A distância percorrida hoje foi de menos de 250 km, mas foi um dia rico e maravilhoso em estradas e paisagens. As fotos falam por si!



                                   Na janela do quarto do hotel em Tafi del Valle
                                             Hotel em Tafi del Valle
                                                      Temperatura na hora do jantar