sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

2015

Como prática,  ao final de cada ano faço um balanço do período que se encerra em 31 de dezembro. 2015 foi um bom ano para mim, no tocante a viagens e à minha vida de maneira geral.
No campo musical atuei em 3 bandas (Banda Podre, Até Parece e Clavius), com apresentações em espaços públicos e privados, além de algumas gravações solo. Fiz muitos pequenos passeios em um raio de 200 km do Rio, todos muito prazerosos e agradáveis. Passei grande parte do meu tempo no meu refúgio de Rio Claro, onde me sinto bem e revigorado. Longas viagens foram 5, sendo 4 delas de moto, a saber: Uruguai (jan), EUA (jun), Serra do Cipó e Diamantina (jul), Maceió e Aracaju (out) e Piauí (nov). As viagens de moto são fundamentais como respirar ou me alimentar, e me mantém vivo e ligado nas coisas!
   Montevideo, Uruguai           

                Orlando, USA

                     Maceió

      Parnaíba, PI



Além de todas as coisas boas de 2015, estou praticamente recuperado do acidente que me deixou fora de ação em 2014;  gozo de boa saúde e estou animado com o planejamento de grandes viagens para os próximos anos, se minhas condições físicas o permitirem.
Só tenho a agradecer, primeiro a Deus pela saúde e disposição, e, depois, a todos os familiares e amigos que estiveram junto de mim e me incentivaram e apoiaram em todas as minhas empreitadas, fossem elas ousadas, desafiantes ou banais.
Desejo que o ano de 2015 tenha sido para as pessoas queridas tão bom quanto foi para mim, e que 2016 seja ainda melhor, com muita estrada, muitas motocicletas, muita música, muitas fotos e muito prazer em estar vivo!

Um excelente 2016 a todos!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - coda - Trecho final

Eu já considerava essa viagem terminada quando cheguei em Rio Claro, mas algumas pessoas disseram que a viagem tem que terminar no ponto onde começou. Assim, atendendo a pedidos, dou agora por encerrada essa ótima viagem.
Percorri o trecho Rio Claro - Rio, 138 km, na XT 660R, deixando a Triumph Explorer em Rio Claro, lavada e pronta para a próxima viagem. Já encomendei um par de pneus para ela e adquiri o óleo para uma futura troca. Este trajeto foi tranquilo, um passeio. Na cidade é melhor andar com a XT, mais leve e ágil.
Assim, dou por encerrada mais uma viagem.
Outras virão!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - 14º dia - Muriaé a Rio Claro

Apesar de haver acordado cedo, levantei-me e tomei café sem pressa. 340 km me separavam de Rio Claro, para onde decidi ir, ao invés de tomar a direção do Rio.
Logo nos primeiros quilômetros da BR-116 notei que estava realmente no Sudeste: toda a vegetação às margens da rodovia era verde, os rios tinham água, havia montanhas ao redor e a temperatura era civilizada (27 graus). Que bom ver pastos, gado gordo, cursos d'água e plantações!
Em Além Paraíba entrei na BR-393, uma estrada que não gosto de percorrer, mas devo admitir que, perto das rodovias por onde andei nos últimos dias, ela é um colírio, pois corre entre montanhas, com campos verdes e fazendas, e ainda por cima tem o rio Paraíba do Sul acompanhando todo o seu percurso. O problema é o seu traçado antigo, obsoleto e perigoso; apesar das melhorias impostas pela concessionária, ela está longe de ser uma estrada moderna e segura. Os paliativos utilizados são radares, câmeras, quebra-molas e tachões ao longo dos seus 190 km, sem falar na caótica travessia de Sapucaia.
                               

                                BR-393: belas paisagens e traçado ruim

Após uma breve parada para almoçar em Barra do Piraí às margens da BR-393, às 14:00 h cheguei ao meu refúgio, em Rio Claro.
                                           O último almoço da viagem, em Barra do Piraí, na BR-393

Foi uma viagem muito bacana, conheci pessoas legais, vi muita coisa nova, retornei a Aracaju e tive a grata surpresa de conhecer Parnaíba. Foram quase 7.000 km de estradas em 14 dias, muita aventura, calor e aprendizado. A vida nas estradas ensina muita coisa, basta termos sensibilidade para depurar e ficar com o que realmente interessa. A moto foi impecável, só fiz colocar gasolina, nem os pneus foram calibrados! E por falar em pneus, já está na hora da troca, a moto está com os originais de fábrica (Metzeler Tourance), que já rodaram 22.000 km. O traseiro  não pode ver chuva, pois já está bem careca!
Ao chegar a Rio Claro, como de praxe, lavei toda a roupa suja da viagem e dei uma boa lavagem na moto, que já está pronta para a próxima aventura, a menos dos pneus, que serão substituídos logo.
                                       A chegada em Rio claro, após 14 dias na estrada!

Viagem ao Piauí - 13º dia - Cândido Sales (BA) a Muriaé (MG)

Eu estava a apenas 25 km da divisa BA/MG.  Saí da pousada em Cândido Sales às 7:15 h, e a viagem rendeu bem, devido à insinuação de uma greve de caminhoneiros, o que deixou a estrada mais vazia, tranquila e segura. Ao entrar no estado de Minas perdi uma hora, pois o relógio precisou ser adiantado devido ao horário de verão.
Andei bem o dia todo, com paradas somente para almoçar e abastecer.
Já à tarde, parei para abastecer no posto Serra do Brigadeiro, em Miradouro (MG), onde houvera parado na ida e conhecido o Beto, entusiasta de motos. O Beto me reconheceu e veio falar comigo; conversamos sobre motos e  sobre a viagem que estou fazendo;  trocamos e-mails e telefones. Ele sugeriu o pernoite em Muriaé, a 30 km do posto, e deu uma ótima dica de hotel, o Premium Plaza, onde me hospedei. Hotel novo, quarto limpo, bem mobiliado e com preço justo. Valeu, Beto!

Devo ter andado perto de 900 km hoje.

domingo, 8 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - 12º dia - Aracaju a Cândido Sales (BA)

Minha intenção era adiantar bastante a viagem no dia de hoje, para poder chegar a Vitória amanhã antes do anoitecer.
Atravessei Aracaju e, ao chegar à BR-101, começou a chover forte; eu não estava com roupa de chuva nem a coloquei, peguei chuva por 60 km, até a cidade de Estância. Fiquei molhado, mas o vento e o calor que se seguiram trataram de secar tudo!
O asfalto está cada vez pior no trecho sergipano da BR-101, mas nada havia a fazer, nem caminho alternativo existe. Ao chegar à BR-324, achei melhor seguir pela BR-116 ao invés da BR-101, pelos seguintes motivos:
- é uma estrada mais bem cuidada;
- o traçado é muito melhor;
- corre em um planalto com altitude superior à BR-101, logo, as temperaturas são mais amenas;
- tem mais cidades de apoio, em caso de necessidade.
A decisão se mostrou correta. Nas 3 últimas vezes escolhi a BR-101, mas acabei me arrependendo, pois é uma viagem mais estressante e cansativa. A BR-116, apesar de não ser um exemplo ou uma maravilha de rodovia, é melhor em todos os sentidos que a BR-101, o único senão é que não passarei por Vitória para visitar e trocar uma prosa com o amigo Barão, pois a BR-116 não passa pelo Espírito Santo.
Fiquei impressionado com o movimento nas estradas; apesar de ser domingo, estavam muito cheias, e, dos veículos, 90% ou mais eram caminhões. Por diversas vezes caminhões invadiram a minha pista e tive que me espremer ou entrar no acostamento para evitar uma colisão frontal. Este trecho da BR-116 (Rio-Bahia) já deveria estar totalmente duplicado há muito tempo, a estrada não comporta mais o volume de veículos que recebe, e isto afeta o tempo de viagem e a segurança.
Apesar da lentidão em alguns trechos e travessias de cidades, andei bem, tanto que parei para pernoitar em Cândido Sales, cidade localizada 80 km após Vitória da Conquista. Não computei, mas devo ter rodado mais de 800 km em 10 horas e meia de viagem, incluindo as paradas.

                                         O sol se pondo na BR-116, após  Vitória da Conquista

sábado, 7 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - um dia em Aracaju


Um dia de descanso em Aracaju, sem estradas!
Cheguei do show às 3:00 h da madrugada, mas só consegui dormir até as 5:00 h. Após tomar um café na pousada, peguei a moto e fui dar um giro pelo centro da cidade. Estive no mercado municipal, e na volta para Atalaia aproveitei para conhecer o Mirante 13 de Julho, construído em 1998, ou seja, eu não conhecia, foi após eu haver deixado Aracaju

                                           Mirante 13 de julho.


Do alto do mirante, pude constatar o quanto a cidade cresceu nos últimos 34 anos (após eu haver me mudado), impressionante a quantidade de prédios erguidos na av. Beira Mar (que não fica à beira mar!) e adjacências. Também a parte ambiental e ecológica não foi esquecida: manguezais foram preservados e árvores foram plantadas. A cidade ficou mas bonita e mais humana, com diversos espaços públicos de convivência, e a av. Beira Mar, ao longo de seus quase 13 km ganhou árvores, parques, pistas para caminhadas, ciclovias e até um mirante!

                                  Prédios na av. Beira Mar e muitas árvores

                                No mirante 13 de julho

No mais, fui à praia, caminhei pela areia e passei o dia aproveitando a cidade, recuperando energias para amanhã enfrentar novamente as estradas, com destino ao Rio de Janeiro.
Pela tarde, ainda fiz uma caminhada mais vigorosa de 4 km, para deixar as pernas prontas para a longa viagem.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - chegada em Aracaju!


Acordei às 4:30 h, mas de nada adiantaria sair cedo. Esperei o café da manhã e às 7:00 h saí de N. Sra. da Glória, devagar, sem pressa e com a agradável temperatura de 26 graus. A estrada SE-206 tem quebra-molas demais, qualquer quadra esportiva, entrada de fazenda ou botequim tem o seu quebra-molas particular, sem contar as dezenas de povoados também com os seus. Foram 74 km até a BR-101. Aí, a coisa ficou ruim, pois a BR-101 está toda em obras inacabadas e paralisadas, com asfalto péssimo, quebra-molas, valas e muitos caminhões. Após a ponte sobre o rio Sergipe, em Pedra Branca, as pistas são duplicadas, mas há pardais de 40 km/h!
                                                    Hotel em N. Sra. das Dores

Eu não tinha pressa, e acabei chegando às 9:00 h na pousada que sempre fico, na Atalaia. Só haveria quarto liberado às 11:00 h, então troquei de roupa e saí para caminhar à beira-mar, durante 2 horas.
Instalei-me e fui para a piscina, eu clamava por água! Após o almoço caminhei pela orla e sentei-me em um bar para comer pastéis e apreciar o movimento. Soprava um vento agradável, fiquei até o final da tarde, quando retornei à pousada. Sempre gosto de estar em Aracaju.
                                          Pousada em Aracaju - vaga na porta do quarto!

                                  Um dos símbolos de Aracaju




                                 Passarela para o mar!

À noite, um show da banda do amigo Ewerton no bar Zodícao, no Mosqueiro. Uma ótima noite, ouvindo os sucessos que embalaram minha juventude!
Esta parada em Aracaju é estratégica para recuperar as energias e ganhar disposição para encarar os restantes 2.000 km que me separam do Rio de Janeiro!

                                          Show da banda Agua Viva, em um bar no Mosqueiro

                                             Orla do Mosqueiro, à noite  (foz do rio Vaza Barris)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - 9º dia - cruzando sertões e estados

Antes das 8 h, o calor já era grande, quando peguei a estrada em Iguatu (CE). Segui até Icó, passando próximo ao açude de Orós entre as duas cidades, entrando em seguida na BR-116 sentido sul. Por uma deficiência da sinalização, errei a saída em uma rotatória e rodei 40 km pela BR-230 em direção a João Pessoa. Descoberto o engano, para não ter que voltar os 40 km, entrei em um "atalho", uma estrada secundária que passava por Cachoeira dos Índios (PB), e saí novamente na BR-116, onde continuei, passando por Milagres e Salgueiro (PE). Próximo a Cabrobó entrei na BR-316, excelente estrada, em excelente estado.
                                           GE no sertão. Ao fundo, açude de Orós

                                          GE no sertão II

                                           O Tigre no sertão!

Em Belém de São Francisco (PE), almocei em um restaurante às margens do rio São Francisco, após o acesso por uma estrada de terra de 4 km. Havia uma travessia em balsa e em barcos menores para a outra margem, no estado da Bahia, que economizaria no mínimo 50 km de estrada, mas fiquei receoso de colocar a Triumph, muito pesada, nas pequenas canoas que atravessavam as motos. A balsa maior, mais segura e de embarque e desembarque mais fácil, iria demorar cerca de meia hora, e eu não quis esperar.

                                           Mais sertão

                                       Travessia do rio S. Francisco de balsa, em Belém do S. Francisco

                                            Almoço às margens do "Velho Chico!

Voltei à BR-316 com seu asfalto imaculado e passei por Floresta e Petrolândia, entrando no estado de Alagoas. Cerca de 20 km depois, a estrada sai de Alagoas e entra na Bahia, passando por Paulo Afonso, e a partir deste ponto transforma-se na BR-110.

                                Barragem da usina de Paulo Afonso

                                 Rio S. Francisco, à jusante da barragem da usina de P. Afonso

Entrei então na chamada "Rota do Sertão", que se transforma na SE-206 ao adentrar o estado de Sergipe. Segui por esta estrada (SE-206), passando por Canindé de São Francisco. Perdi a entrada para Piranhas e continuei na mesma estrada. Já era noite, segui com cuidado até N. Sra. da Glória (sertão de SE), onde procurei e encontrei um hotel para pernoitar. Estava a pouco mais de 100 km de Aracaju, mas já estava cansado do longo dia de estrada. Além do mais, não enxergo bem à noite, a estrada é perigosa, tem quebra-molas demais, atravessa diversos povoados e há muitos animais soltos na pista, em suma, não valia o risco, assim hospedei-me em um hotel simples e comi um acarajé como jantar!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - 8º dia - Parnaíba a Iguatu (CE)

Este primeiro dia do retorno foi todo em estradas secundárias ou estaduais. A decisão se mostrou correta, pois, com poucas exceções, andei em boas estradas sempre vazias. O trânsito de caminhões foi ínfimo, o que diminui muito o desgaste. Apesar do calor de 38 graus durante a maior parte do dia, a viagem não cansou tanto.

Andei 640 km sem pressa nem correria, eu alternava o ritmo ao meu bel-prazer, esta é uma das vantagens de viajar sozinho.
Saí de Parnaíba pela BR-343; após Buriti dos Lopes entrei em uma estrada estadual que me levou até Viçosa do Ceará, uma interessante cidade localizada em uma região dita serrana,  que possui um centro com construções antigas preservadas. Passei por Tianguá (CE) e segui pela CE-187 até Crateús, onde entrei na BR-226, que passa por Independência e vai até Pedra Branca, todas no Ceará. Este trecho da BR-226 está em péssimo estado, cheio de buracos espalhados ao longo de toda a pista e em toda a extensão percorrida, um perigo, mas esta foi a única estrada ruim por onde andei hoje.
                                           A Tigresa na "serra" cearense

                                           Viçosa do Ceará

                                              Ipu, onde almocei após descer a serra

                                            Posto na estrada: aridez e isolamento      

Vale ressaltar que a CE-187 possui muitas cidades ao longo do seu traçado, distando em média 15 km uma da outra. Como em cada cidade há pelo menos 8 quebra-molas, pode-se imaginar a quantidade de freadas e aceleradas que dei no dia de hoje, sem contar que há diversas cidades em que a estrada atravessa o centro da cidade, com pedestres, ciclistas, motos, triciclos, carros, vans, sinais, radares e os indefectíveis quebra-molas, que no Ceará são feitos com tachões em tripla camada, ideais para rasgar pneus!
A partir de Pedra Branca entrei na excelente CE-060, e segui até Iguatu, próximo ao açude de Orós, onde entrei e hospedei-me para passar a noite. Por coincidência, o dono do hotel era fanático por motos e sempre hospedou motoqueiros em viagem. Morreu em um acidente, com sua Bandit 1250, há dois anos.
                                          Cair da tarde, próximo a Iguatu.

                                Mais um pôr-do-sol, este na CE-060, no sertão cearense

                               A Tiger Explorer ao fim de um dia de estrada: robusta, forte, econômica e confiável

Considerando que as estradas por onde trafeguei são mais estreitas e sinuosas que as rodovias-tronco, e a grande quantidade de cidades atravessadas (mais de 30 com toda certeza), até que o dia rendeu bem e não cansou tanto. O calor não deu trégua, mas andar em estradas vazias é outra coisa!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Viagem ao Piauí - iniciando o retorno

Para que a viagem de volta não seja penosa e exaustiva, pensei em algumas soluções:
- fazer um percurso diferente da ida;
- fazer uma ou mais paradas pelo caminho, com direito a um descanso;
- tentar imprimir um ritmo mais suave;
- sempre que possível, procurar utilizar roupas mais leves, pois o calor é um fator de cansaço.

Assim, tenho idéia de fazer a viagem em duas etapas: Parnaíba-Aracaju e Aracaju-Rio. Cada etapa tem perto de 2.000 km, mas o fato de descansar da estrada durante um dia em Aracaju já anima. Procurarei citar as estradas e cidades por onde passar, para que os seguidores possam saber onde estou e que caminho fiz.
Na ida, optei pelo caminho mais "interno", ou seja, cruzando o sertão praticamente pelo centro do país, onde o sol e a seca mais castigam. No retorno, também seguirei pelo sertão, porém mais a leste, quase em uma diagonal, até tocar o litoral em Aracaju. Depois de Aracaju, terei que tomar a decisão entre a BR-101 ou BR-116. Não restam dúvidas de que a segunda é melhor em todos os sentidos, mas não quero decidir isto agora.
Assim... vamos comigo!

Viagem ao Piauí - praias em Parnaíba

                                Praias: Coqueiro, Peito de Moça e Atalaia - muito ao fundo, a Pedra do Sal

Pela manhã saí pela cidade com a moto para procurar uma casa especializada em parafusos, pois um dos que prende o afastador de alforjes soltou-se e foi perdido na estrada. Tive alguma dificuldade, mas acabei encontrando a loja; comprei o parafuso e instalei de imediato, problema resolvido!
Da loja fui direto para Luís Soares, pequeno povoado que é o balneário local, pois localiza-se à beira-mar, a 18 km de Parnaíba, antigamente era a estação final do trem. Lugar bacana, com uma florescente estrutura para atender aos turistas e visitantes, lembrou-me Cabo Frio há 40 anos, ainda mais devido ao vento. Daqui a 40 anos, talvez seja impossível estacionar e andar de carro como acontece com o balneário fluminense hoje, mas hoje o local ainda é rústico e pouco habitado.

                                           O início (ou final) da BR-343, em Luís Soares

Seguindo pela orla, há 3 praias: Atalaia, Peito de Moça e Coqueiro. Apesar de eu preferir o peito de moça (questão de gosto pessoal!), escolhi a praia do Coqueiro. Não havia ninguém, estacionei a moto e sentei-me  na cadeira de uma barraca à beira-mar. Pedi bolinhos de peixe e cerveja, e fiquei sentado apreciando aquele mar azul e saboreando algumas geladas. Somente mais um casal apareceu depois, a praia era praticamente minha! Dei alguns mergulhos, nadei um pouco e retornei para Parnaíba.
Fui direto para o shopping, onde almocei. Já pensando no retorno que se inicia amanhã, abasteci a moto e mandei lavá-la, ela estava imunda desde a chuva e a lama que pegou na chapada diamantina. O pessoal da lavagem colocou a moto no cavalete central levantando-a pelo afastador de alforjes, entortando bastante a peça (são mais de 250 kg). Consegui desentortá-lo sem quebrar, acho que resistirá à viagem de volta, até porque os afastadores (ou suportes) só estão sendo utilizados para fixar os elásticos que prendem a mala ao banco. Ao menos a moto saiu limpa!

                                            Coqueiro
                                             Praia do Coqueiro

                                  Cervejas na praia do Coqueiro

                                            A moto aguardando a lavagem