terça-feira, 21 de julho de 2015

3º dia - Serra do Cipó e arredores

                                 
                                 

O dia de hoje foi dedicado a explorar a região da Serra do Cipó. O primeiro objetivo foi conhecer o parque nacional da Serra do Cipó. Há diversas trilhas dentro do parque, que levam a cachoeiras, rios, lagoas e mirantes. A trilha mais longa representa 24 km de caminhada, entre ida e volta. Escolhi algumas trilhas que julguei interessantes para o meu gosto pessoal e me coloquei a caminhar.
Visitei o Mirante do Bem, de onde se tem uma maravilhosa vista do parque e das montanhas que o rodeiam. De lá, passei por 4 lagoas e fui ao encontro dos rios Bocaina e Mascates, onde é formado o rio Cipó. Andei dentro de matas e em vegetação de cerrado, até que retornei  à portaria principal do parque, após ter caminhado cerca de 8 km, cercado de muita natureza.

                                            Mirante do Bem

                                  Trilha para o mirante - descanso

                                                   Vista do mirante



                                            Encontro dos rios - formação do rio Cipó

                                             Pelas trilhas


                                            Lagoa

Almocei e saí de moto para conhecer Santana do Riacho, a sede do município e Lapinha da Serra, um povoado encravado nas montanhas.
A estrada da Serra do Cipó a Santana do Riacho é incrível: são 30 km sobre os morros, com um traçado surreal e curvas com geometria que desafiam a engenharia rodoviária. A estrada e o visual de ambos os lados, com montanhas, valeu o passeio. O asfalto é um tratamento superficial relativamente novo, em ótimo estado e muito bem feito, não senti ondulações, não há desagregação nem exsudação, o que é raro.
                                            Santana do Riacho


Santana do Riacho não tem atrativos especiais, então segui para Lapinha da Serra, que é uma comunidade diferente em meio a uma paisagem exótica, dizem. A estrada se inicia com um calçamento em pedras irregulares da pior qualidade e segue em terra, com pedras soltas, muita areia e costelas (“calaminas”). Para piorar é cheia de aclives e declives e possui curvas em 90 graus. Em uma subida bem íngreme cheia de costelas, areia, pedras e curvas, a roda traseira da moto patinava e ela perdia tração, e o controle de tração atuava, dando trancos e fazendo-me sentir inseguro. Devemos lembrar que a moto pesa 240 kg a seco, e não é adequada para trilhas, apenas para estradas de terra. O peso da moto mais a minha perna “meia-boca” fizeram-me desistir após rodar pouco mais de 4 km nessa estrada (são 12 km ao todo). Com uma moto mais leve eu tiraria de letra, mas com 240 kg, sozinho e um controle de tração ativo, achei que deveria desistir e voltar, e foi o que fiz. Sei que perdi algo por retornar sem conhecer Lapinha da Serra, mas voltei são e salvo. Prudência e canja de galinha nunca fizeram mal a alguém! Voltarei com uma moto mais adequada!
                              Estrada para Lapinha da Serra - subidas, terra solta, pedras, curvas e costelas

                                   Ponto de onde decidi retornar

Nenhum comentário:

Postar um comentário