quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Cone Sul - 21º dia São Lourenço do Sul (RS) a Garuva (SC) - muita chuva!

Ao sair do hotel em São Lourenço às 7:30 h, o panorama era desanimador: tempo completamente fechado e chuva em todas as direções com temperatura de 19 ºC. Eu não tinha escolha, peguei a valente Tex e entrei na BR-116, em direção a Porto Alegre.
Pela manhã, partindo de São Lourenço do Sul

Às vezes a chuva diminuía, mas em instante algum parou; ao menos o vento não era o mesmo do dia anterior, era bem mais fraco. Curiosamente, quando passei por Guaíba a chuva praticamente cessou, transformou-se em uma fina garoa, e assim cruzei a capital gaúcha de forma tranquila, até chegar à free way Porto Alegre-Osório. Havia percorrido 30 km da free way quando a chuva desceu com vontade, diminuindo a visibilidade e tornando a estrada perigosa, com pistas lisas e muitas poças onde a moto aquaplanava. Continuei na  velocidade permitida, de 110 km/h, até chegar à BR-101. Ao entrar na citada BR, constatei o estrago: jaqueta, luvas e calça de cordura encharcados, pois não deu tempo de colocar a capa de chuva quando a chuva despencou, e não há postos ou abrigos na free way. Nada a fazer, continuei assim mesmo: molhado!
Na BR-101 a chuva diminuiu um pouco, e foi alternando pancadas com chuva fina. Cheguei a andar quase 200 km com garoa, mas na altura de Imbituba (SC) a chuva caiu fortíssima novamente. Em Palhoça, havia um enorme congestionamento de mais de 25 km, que levei uma hora para percorrer, com a chuva caindo sobre mim. Isto devido ao excesso de veículos na estrada nas imediações de Florianópolis. A BR-101, embora tenha sofrido diversas obras de melhorias e esteja totalmente duplicada entre Florianópolis e Porto Alegre, está totalmente saturada em um raio de 50 km a partir de Florianópolis em ambos os sentidos, necessitando alguma solução urgente para desafogar o trânsito naquela região.
Passado o congestionamento, a partir de Penha a chuva aumentou novamente de volume, reduzindo a visibilidade a poucos metros à frente, com muita água nas pistas. A visibilidade ficou tão reduzida que, mesmo atento, eu não consegui ver o hotel às margens da estrada onde costumo dormir, em Joinville. Tive que ir seguindo adiante entre  carros, caminhões e muita água até a próxima cidade, Garuva.
Entrei na cidade e encontrei um hotel em um local delicioso, com um rio passando dentro da propriedade. O dono é um motociclista de 66 anos, que possui uma BMW 650 GS Sertão, e faz viagens pelo Brasil. Este é o local que escolhi para passar a noite.
Jantei nas imediações do hotel, a chuva continuava!
Andei hoje 830 km, e parei cedo porque minha roupa estava bem molhada, afinal, depois de toda essa quilometragem e do dia inteiro debaixo da chuva que encarei, não há como chegar totalmente seco!

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