Soube que Ricardo e Vilson chegaram bem em casa ontem, às 20 h, após boa viagem.
Quando olhei pela janela do hotel e vi a chuva e o tempo fechado em todas as direções, fiquei pensando o que deveria fazer: ficar mais um dia em Santana do Livramento ou enfrentar mais chuva, vento e, agora, frio, pois a temperatura era de 16 graus. Optei por seguir em frente.
A primeira providência seria viajar seco; fui à rua e comprei um par de botas de borracha, como as utilizadas por motoboys. Pode não ser muito elegante, mas resolvem, são realmente impermeáveis!
Quando voltei ao hotel para mudar de roupa e ir embora, conheci dois motociclistas na garagem: Elton, de Porto Alegre, que viajava em uma Boulevard 800 e Daniele, um ítalo-argentino que apesar de possuir uma Yamaha FJR 1300, houvera ido de Buenos Aires a Porto Alegre com uma Mondial 150, para participar de um encontro, e estava retornando à cidade portenha. Conversamos por mais de uma hora, trocamos contatos e subimos para colocar as roupas e descer com a bagagem.
Calcei as botas de borracha e coloquei a calça da capa de chuva, Elton partiu para Porto Alegre e Daniele iria ficar mais um dia no hotel para descansar e, quem sabe, esperar a chuva passar; voltará para Buenos Aires somente amanhã.
Com Daniele, na garagem do hotel Jandaia
Nas estradas uruguaias (ruta 5)
Parti com chuva e rodei 40 minutos dentro de Rivera até achar a saída da cidade em direção a Montevidéu, devido à sinalização deficiente. Antes de pegar a estrada que leva a Montevidéu (Ruta 5), é necessário passar na Imigração, que não fica na estrada. Fica o aviso aos que pretendem ir ao Uruguai por Santana do Livramento. Já na estrada, 10 km adiante, fica a aduana. Se não houver passado na imigração antes ou se faltar algum documento, como o seguro carta verde, não passa na aduana, terá que voltar.
A temperatura era de 15 ºC, e assim permaneceu por todo o dia. Caía uma chuva fina, que deixou a pista molhada e escorregadia, mas não chegou a incomodar. Até Tacuarembó, 120 km depois de Rivera, a chuva me acompanhou, e as paisagens agora eram de campos verdes, planícies, fazendas, árvores e colinas, totalmente diferente do que encontramos no deserto, na cordilheira e no Chaco.
Há um trecho interessante, que apresenta formações em forma de mesas, chamadas na Venezuela de "tepuys", há diversas delas em um pequeno trecho.
Tepuys ao longe
Tempo chuvoso
Almocei e abasteci a moto em Tacuarembó. A partir desta cidade a chuva parou, mas veio o frio e o vento ficou forte. Curioso é que a temperatura era de 15 ºC, mas senti mais frio do que ao cruzar a cordilheira a 3 ºC. Gostaria de entender isso!
Passei por Paso de los Toros e cheguei a Durazno, onde entrei e procurei um hotel para passar a noite.
Havia rodado apenas 320 km, parte com chuva e parte com vento e frio, achei bom por hoje, pois não tenho pressa de chegar. Cheguei seco, as botas funcionaram bem!
Almoço em Tacuarembó
Sem chuva após Tacuarembó
Paisagens uruguaias
Andei pelas ruas da cidade, é uma pequena Montevidéu, com plátanos nas ruas e praças arborizadas, além de ser uma cidade planejada, com ruas largas que formam quadras retangulares.
Hotel em Durazno
Ruas arborizadas e com pérgulas
Igreja de San Pedro
Praça Independência
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