domingo, 16 de outubro de 2016

11º dia De volta ao Brasil! - Quitilipi a Uruguaiana


O dia começou cedo para nós, levantamos antes das 6:00 h para fugir do calor do Chaco e adiantar a viagem com temperaturas mais civilizadas.
Após tomar um café no posto Shell ao lado do hotel, entramos na ruta 16 com temperatura de 28 ºC. Vencemos os 160 km que nos separavam  de Corrientes, onde paramos logo após atravessar a ponte Gral. Belgrano para abastecer as motos e nos despedir: todos seguiríamos pela ruta 12, mas em sentidos diferentes: Ricardo e Vilson no sentido Foz do Iguaçu e eu no sentido Buenos Aires.
                                           Saída do hotel El Refugio, em Quitilipi, ruta 16
                                    A despedida em Corrientes

Ter a companhia de Ricardo e Vilson foi o melhor da viagem, funcionamos como uma equipe, com amizade e companheirismo, e credito a isto o sucesso que tivemos ao ir tão longe e enfrentar  altitudes e temperaturas extremas, tanto para cima como para baixo! A pilotagem segura e tranquila de todos, o bom humor e a determinação em cumprir o nosso objetivo estiveram presentes o tempo todo.
Bem, agora estou só e ainda tenho um roteiro a cumprir! Segui pela ruta 12 sentido Buenos Aires, passando por diversas cidades. A temperatura foi de 32 ºC em quase toda a viagem, é bem quente, mas bem melhor do que os 40 graus do dia anterior. A paisagem mudou, começaram a surgir fazendas de gado, vegetação verde, cruzei alguns rios (com água!) e havia alagadiços à margens da estrada com animais ao redor.
                                  Ruta 12

                                  Apenas 1!

Na altura da cidade 9 de Julio mudei de estrada para a ruta 123, que margeia um pequeno trecho dos Esteros del  Iberá,  um grande alagado onde se desenvolvem aves e diversas outras espécies de vida animal, uma paisagem muito bonita e interessante. Os Esteros del Iberá ocupam uma área significativa da província de Corrientes, cerca de ¼ de sua área, e não há estradas que o cortam, é uma unidade de preservação, frequentada por aficionados da pesca, que, para exercê-la no local, necessitam de uma licença especial.
Eu precisava abastecer e almoçar e não havia postos na estrada, então entrei na cidade de Mercedes e fiz as duas coisas, abastecia a moto e a mim!
                                            Restauante em Mercedes

Fui avançando para o sul, sem pressa,  em estradas vazias e retas, logo cheguei a Paso de los Libres, na fronteira com o Brasil. Por ser um domingo, havia pouca gente no posto aduaneiro, os trâmites foram rápidos e ingressei no Brasil pela cidade de Uruguaiana, por volta das 16 h, mas os relógios precisavam ser adiantados em 1 hora!
Procurei um hotel e me instalei para tomar um banho e passar a noite.

                                                    Uruguaiana
                                  Fuscas em Uruguaiana

Aproveitei que estou no Brasil e fui a um caixa eletrônico sacar dinheiro, pois precisarei comprar pesos uruguaios. À tarde a cidade estava vazia, sem carros nas ruas e pouca gente nas praças, mas à noite, quando saí para jantar, as ruas estavam congestionadas de carros e motos; nas calçadas, bares e restaurantes, havia muita gente, tudo estava lotado. Barulho, agitação... eu já estava desacostumado! Fiz um lanche e voltei para o hotel.

Ricardo e Vilson chegaram a Cascavel às 20:15 h, fizeram boa viagem, pilotaram por 12 horas.

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