quarta-feira, 19 de outubro de 2016

14º dia Durazno a Montevideo - com muita chuva!

                                                           Montevidéu - av. 18 de Julho

Tive que esperar que a chuva estiasse para poder colocar a bagagem na moto e partir. Quando isto aconteceu, saí de Durazno e retornei à ruta 5, em direção a Montevidéu. Logo a chuva aumentou e o vento chegou. O vento não tinha a intensidade do que soprou entre Uruguaiana e Santana do Livramento, mas a chuva foi muito mais forte, foi a pior chuva que peguei em toda a viagem até agora. A visibilidade ficou muito reduzida e o temporal castigou firme, acompanhado de vento.
Em nenhum momento a chuva deu trégua. Parei para abastecer e tomar um café em um excelente posto da Petrobrás em Florida, tinha até wi-fi grátis e sem senha! Fiquei no posto por mais de uma hora, pois a chuva aumentara de volume. Como não diminuiu, segui viagem assim mesmo, sempre com cuidado e prudência.
                                         Posto em Florida - muita chuva 

Cheguei em Montevidéu sob um dilúvio, a pavimentação de concreto do final da estrada e da região portuária, por onde passei, tornava as pistas mais escorregadias e a pilotagem mais perigosa. Passei por 2 acidentes devido às chuvas.
Como já conheço razoavelmente a cidade, fiz um caminho alternativo e cheguei tranquilo no hotel que escolhera, na região central. Tudo o que eu precisava era tirar as roupas molhadas e tomar um banho quente.
Almocei no restaurante do próprio hotel, uma comida boa por um preço justo, apesar de a quantidade de comida ser pequena. Eu não como muito, então está ótimo para mim!
A chuva dificultava sair às ruas, mas, ainda assim, reuni toda a roupa suja de 14 dias de viagem e levei a uma lavanderia, ficando apenas com uma muda de roupas até amanhã, quanto tudo estará lavado e seco.
O casaco e as luvas estão muito molhados e não secarão, a menos que faça sol e eu os coloque na janela. Até as botas de couro ainda estão bem encharcadas da chuva dos dois dias anteriores, nem as retirei da moto, não teria onde colocá-las para secar. As botas de borracha resolveram bem, os pés chegaram quase secos. Acho que com muita chuva, a água acaba entrando por cima do cano das botas, e, neste caso, nem as impermeáveis conseguem resolver!
Saí novamente para tentar andar pelas ruas, mas foi difícil. Tomei um chocolate quente para aquecer o corpo e comprei uma blusa quente de manga comprida, pois as minhas foram para a lavanderia. A temperatura local é de 14 ºC com vento e chuva, o que leva a uma sensação térmica de 7 ºC!
Assim, encerra-se mais um dia desta viagem deliciosa e maravilhosa! Chuva, vento, frio e calor fazem parte, não há porque reclamar, sabemos que isto faz parte, é acelerar e seguir em frente!
Esta parada em Montevidéu, cidade que gosto tanto, servirá para descansar o corpo, lavar e secar as roupas e deixar-me pronto para o retorno! Vou aproveitar para visitar e conhecer algumas coisas que não vi em viagens anteriores.
                                   Cadeados na chuva!

                                 Praça de Cagancha com chuva

                                      Av. 18 de Julho (esq. com Ejido) com chuva
Recebi mensagens há pouco, Daniele (o ítalo-argentino) está ainda na estrada, a 200 km de Buenos Aires, encarando muita chuva e vento. O perigo com uma moto pequena é maior, ao cruzar com caminhões a moto é jogada para fora da estrada, mas ele é experiente e chegará bem.
Elton chegou ontem a Porto Alegre.
Vilson e Ricardo estão tranquilos, voltando à rotina, em Santos.
E eu, continuo na estrada, com a força dos familiares e amigos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário