sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

7º dia - Montevidéu - Cerro, Fortaleza e mais museus!


O dia amanheceu nublado, mas acabou alternando nuvens com intervalos de sol. Minha meta era ir ao cerro de Montevidéu e conhecer a fortaleza construída em seu topo.
Informei-me e tomei um ônibus que me deixou no bairro Cerro, porém bastante longe da fortaleza, que como falei, fica no alto do morro, O Cerro é um bairro afastado do centro de Montevidéu, é impossível chegar a pé. Como o próprio nome diz,  situa-se em um morro, e tem vida própria, com comércio e linhas de ônibus que o servem, possui praças e igreja. Do local onde saltei do ônibus, tive que empreender uma subida que durou cerca de 45 min, foram mais ou menos 2 km de subida, ainda bem que naquela hora o sol deu uma trégua!
                                          Continência para Che Guevara, na subida do cerro

                                 Fortaleza, no alto do cerro de Montevidéu 


A fortaleza foi transformada em um museu militar, que visitei. Além de contar a história da defesa da cidade dos ataques espanhóis e portugueses, há uma interessante exposição de armas antigas, desde 1860 até o início do século XX. A vista de Montevidéu é muito interessante, pena que o dia apresentava uma certa nebulosidade, o que atrapalhava um pouco. O fato interessante é que de Montevidéu não se vê o cerro! Não é um mistério, creio que os edifícios escondem o morro e sua fortaleza.



                                           Algumas das armas do museu


Desci o morro e peguei um ônibus de volta para o centro da cidade. Após almoçar na plaza Constitucion, fui a um  museu sobre a tragédia de 1972 nos Andes, quando um avião caiu com 45 passageiros e mais os tripulantes. Eu tinha 20 anos na época, então acompanhei pelos jornais a história e o resgate, que só ocorreu 72 dias após a queda. Os sobreviventes foram apenas 16, e suportaram temperaturas de 30 graus negativos, além da falta de água e comida. O museu mostra de forma impressionante tudo o que ocorreu, e tem um rico acervo de roupas, pedaços do avião, relatos, artefatos construídos e até fotos tiradas na ocasião. Muito bom!

Aproveitando, visitei uma exposição de fotos do que se chamou de "Batalha do Prata"; na verdade foi o afundamento do Admiral Graf Spee em 1939, na baía de Montevidéu. Foram encontrados negativos da época, o que confere à exposição  um valor histórico inestimável. Vale a pena conhecer a história do Graf Spee, sugiro aos interessados pesquisar na internet, há muito material e muitas histórias e lendas sobre o assunto.
Ainda no caminho para o hotel, entrei no centro de arte contemporâneo SUBTE, localizado em um grande espaço subterrâneo sob a praça Fabini, na av. 18 de julio. Visitei a exposição mas não gostei, é muito contemporânea para o meu gosto!

                                                      Alguns ingressos e passagens de ônibus

                                          Centro de exposições Subte (arte contemporânea)

Com o céu azul e o sol fortíssimo às 17:30 h, saí para andar mais um pouco pelas ruas e praças da cidade. Passei pela rambla e subi de volta ao centro, seguindo pela 18 de Julio em direção ao terminal Tres Cruzes. Entrei em uma confeitaria e comprei 200 g de doces e guloseimas, e sentei-me em uma praça para comê-los. Na praça chegou um conjunto argentino de Rosário tocando um jazz da melhor qualidade, todos eram ótimos músicos. Assisti àquele show gratuito e deixei $20 pesos (2 reais) na sacola dos rapazes. Eles me deram um CD deles (grátis!), que ouvirei ao chegar em casa. Mais uma boa lembrança da viagem!
                                Trecho da rambla

                                Conjunto de Rosário, AR - BONDI

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