Vista da ponte rodo-ferroviária internacional
Choveu forte durante toda a noite passada. Pela manhã, ao sair de Camaquã, a estrada ainda estava bem molhada, mas caía apenas uma garoa. Após 25 km, no município de Cristal, a chuva veio forte, com grandes nuvens negras. Toda a viagem foi foi feita sob chuva, que alternava fortes pancadas com precipitações menores, mas em nenhum instante parou. Segui sem pressa, em torno de 120 km/h e cheguei em Jaguarão às 11:10 h. Esta é a última cidade do Brasil no meu roteiro, faz fronteira com o Uruguai. É uma cidade histórica, com a quase totalidade do casario preservada.Ponte rodo-ferroviária que liga o Brasil ao Uruguai
Logo ao chegar fiz o seguro carta verde e hospedei-me no hotel Py, de ótima localização, onde já houvera ficado em alguma viagem anterior. Após almoçar, andei por 3 horas nas ruas de Jaguarão, esquadrinhei toda a parte realmente importante da cidade, e tirei mais de 100 fotos. Dá vontade de ficar fotografando casa por casa e depois montar um álbum, mas vamos deixar isto para os fotógrafos profissionais. Fica lançada a idéia, há ótimos ângulos das diversas edificações que renderiam um bonito trabalho.
À beira rio, do outro lado é Uruguai
Figueiras
Compras
Encontrei uma casa de câmbio e troquei alguns reais por pesos uruguaios, a uma cotação de 1 R$ = 9,10 UY$. Os uruguaios vêm em massa abastecer no Brasil, enchem o tanque do carro, vasilhames e até sacos plásticos, pois a gasolina lá custa R$ 4,50 o litro. E nós reclamamos de R$ 3,00 o litro! E eles fazem compras de supermercado por aqui, sinal de que as coisas por lá não estão baratas, aliás, o Uruguai nunca foi um país barato para nós.
Comprei algumas camisetas, meias e cuecas que irei descartando ao longo da viagem, à medida em que ficarem sujos. Uma coisa que detesto é carregar roupa suja, ainda mais com o pouco espaço disponível na moto.
Amanhã atravessarei a fronteira e chegarei a Montevidéu, meu destino final nesta viagem. Mais uma vez, me rendo à qualidade da Triumph, a viagem tem sido muito prazerosa sobre ela. O banco é um pouco duro, mas é possível acostumar-se. A moto impõe respeito onde passa, e onde pára desperta comentários e admiração, o que rende boas conversas durante as paradas para abastecer.
Ao cair da tarde, atravessei a ponte internacional a pé e fui até o free shop na cidade uruguaia de Rio Branco. Não era minha intenção comprar coisa alguma, apenas passear e olhar os produtos em oferta. Com exceção das bebidas, não vi nada mais barato que no Brasil. Pode ser que artigos de lã e couro estejam mais em conta (não pesquisei), mas as lojas que vendem o que os turistas gostam de comprar não apresentavam nenhuma pechincha.
O tempo está ameaçando chuva. Tomara que fique nublado, porém sem chuva, o que atrapalharia bastante a viagem, tirando a graça de observar campos, pastos e pampas. Ainda é preferível o calor extremo à chuva!
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