Apesar da viagem Rio – São Paulo ser corriqueira, não se
deve desprezar nem subestimar esses 400 km. A via Dutra transformou-se em uma
avenida de 400 km, totalmente saturada de veículos, em sua maioria pesados,
ocupando suas 4 faixas em ambos os sentidos, e em qualquer horário. Hoje não
foi diferente.
Saí de Diadema de manhã pela Imigrantes e peguei a parte
nova do rodoanel, uma obra fantástica.
Após rodar mais de 60 km, cheguei à rodovia Airton Sena
(Trabalhadores). Mais 100 km e alcancei
a Dutra na altura de Taubaté, bem cheia, como é usual. A viagem transcorreu sem
problemas até Rio Claro, onde cheguei um pouco após o almoço, por volta das 14
h. Na última curva da viagem, dentro de casa, um tombo idiota ao fazer uma
curva em baixa velocidade, a qual é inclinada para dentro. Lembrei-me da XT 660
caindo sobre a minha perna, e consegui pular fora e livrar a perna dos 240 kg
da moto + bagagem. Quebrar outra perna, definitivamente NÃO! A proteção divina
atuou novamente, retirando-me de cima da moto no momento exato! Não é possível uma pessoa sozinha levantar
esta moto, ainda mais na posição em que caiu. Tive que aguardar a ajuda do
caseiro, que chegou uns 15 min após. Mesmo duas pessoas fazem um bom esforço
para levantá-la. Lembrei-me de que foram necessárias 3 pessoas para levantar
uma V-Strom 1000 com bagagem na viagem
de fevereiro 2013 ao Chile.
Ops! Um susto na chegada! Já pensaram neste peso sobre a perna?
Não aconteceu nada nem comigo nem com a moto, estamos
prontos para a próxima viagem! Lavei minhas roupas sujas da viagem, lavei a
Tiger Explorer e a XT 660R. Vou fazer a última parte da viagem, de Rio Claro ao
Rio, de XT 660, pois pretendo vendê-la. A Triumph ficará no sítio, à espera de
uma nova aventura, pronta.
As motos lavadas
Ah, já ia me esquecendo de dizer: ontem no trecho Iguape-São
Paulo, a moto fez a média de 19,7 km/litro, sendo que hoje a média foi de 20,1
km/litro! Quase não acreditei.
Bem, creio que posso considerar encerrada esta viagem. Tudo
foi perfeito, tudo correu maravilhosamente conforme planejado e esperado, sem
nada errado. Considero-me abençoado e privilegiado, pois consegui superar um
ano difícil e uma perna ainda em recuperação, consegui pilotar (durante 5.550
km!) uma moto grande, pesada e possante como a TEX, nos mais diferentes tipos
de trânsito e estradas, sem que nada de ruim me ocorresse. Consegui voltar às
estradas, uma coisa que amo fazer, e farei enquanto minha saúde e Deus
permitirem!
Obrigado a todos que “viajaram” comigo neste meu retorno!
Todos os bons pensamentos contribuíram para que a viagem fosse um sucesso!
Com as minhas "meninas"!
Até a próxima!
Guilherme Edel
Triumph Explorer 1200
Sr. Guilherme,
ResponderExcluirAcho que esse tombo foi pra fechar a viagem com chave espiritual. E hoje também tem a volta do Anderson Silva, que parece que quebrou na mesma época e local que você.
É, meu amigo, nada é por acaso! O meu acidente foi no dia seguinte ao do Anderson Silva e a fratura também foi dupla, ou seja, tíbia e fíbula, só que a minha foi um pouco mais complicada, pois foi mais baixa e a tíbia se quebrou em muitos fragmentos, o que exigiu a colocação de placas ao invés de haste. Admiro a determinação dele em voltar a lutar. Eu me contento em poder voltar a viajar de moto!
ExcluirObrigado pela mensagem, um grande abraço.