Edifício Salvo, um dos símbolos de Montevidéu
O dia amanheceu com o céu totalmente azul, sem uma nuvem
sequer, em nada lembrava o céu nublado e ameaçador do dia anterior.
Cruzei a fronteira,
fiz os trâmites na imigração uruguaia e às 9 h entrei na estrada para
Montevidéu. Puxa, que diferença das estradas brasileiras, sobrecarregadas de
veículos: as estradas uruguaias são vazias, tranquilas e quase sempre retas. O
percurso de pouco mais de 400 km entre Jaguarão/Rio Branco e Montevidéu é
sempre um prazer, chego a andar devagar para não acabar logo! A estrada
atravessa diversas propriedades rurais, até o visual é tranquilizador. Apesar
de não haver qualquer fiscalização, em raras ocasiões excedi os 115 km/h, é
tudo tão calmo que nem dá vontade de andar rápido.
Um pouco antes da cidade de Minas, há uma placa indicando
“Salto do Penitente”. Em uma viagem de Bandit, há cerca de 6 anos, entrei nessa
estrada para conhecer o tal salto, mas a estrada era de terra e desisti depois
de percorrer apenas 2 km. Desta vez a estrada estava capeada com um tratamento
superficial, mas havia tanta brita solta que seria melhor e mais segura (para
motos) se fosse de terra batida. São 8 km nessa estradinha muito sinuosa que
sobe e desce colinas com curvas de 90 graus cheias de brita solta, um convite a
uma derrapagem e a um tombo, que eu não posso levar de maneira alguma! Fui com
muito cuidado e muito inseguro, pois não tenho firmeza na perna esquerda para
apoiar a moto em caso de necessidade.
Na estradinha para o Salto do Penitente
Bem, matei minha curiosidade quanto à queda d’água. O
Uruguai é um país todo plano, seu ponto culminante possui 300 m, é mais baixo
que o Pão de Açúcar! As elevações são chamadas de serras. Eu queria saber como
pode haver um salto de água em um local plano. Não me perguntem de onde surgiu
o rio, mas o Salto do Penitente tem 60 m de altura e forma um bom poço no seu
final, embora o volume de água seja pequeno. Há no local a prática de
rapel e também uma tirolesa. Nem antes
nem depois da cachoeira se vê algum rio, o salto é no meio do nada.
Poço ao fim da cachoeira
Salto do Penitente
Retornei pelos 8 km
da estradinha e tomei novamente o caminho de Montevidéu. Almocei em Minas, e às
15:45 h cheguei na porta do hotel
Lafayette, sem errar o caminho. Coloquei o GPS na moto só para chegar ao
hotel, mas conheço bem mais o Uruguai do que ele, segui o caminho que me lembrava, se fosse me guiar
pelo GPS nem sei onde iria parar. Retirei o aparelho, não serve para coisa
alguma.
Dei uma volta pelas principais ruas do centro da cidade,
parei na praça Cagancha para comer um sanduíche no Subway e depois tomei um
sorvete em outra praça. Na volta para o
hotel comprei pão, salame, queijo e
vinho, que serão meu jantar. É muito agradável estar em Montevidéu, é uma
capital sem pressa, muito arborizada, bonita e com clima bom. O céu está
totalmente limpo e o sol bate forte, mas está ventando bem, tanto que na sombra
chega a fazer frio! No auge do verão!
Detalhe da praça Cagancha, na av. 18 de julioPraça Independência - ampla e espaçosa
Teatro Solis, também um ícone de Montevidéu
Mercado da Abundância - diversos restaurantes, artesanato e arte
A população é noturna, mas eu sou diurno. Enquanto eles se
divertem, eu durmo e descanso para o dia seguinte. Dou por encerrado o dia de
hoje, foi muito proveitoso e agradável.
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