quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

5º dia - Chegada a Montevidéu!

                      Edifício Salvo, um dos símbolos de Montevidéu

O dia amanheceu com o céu totalmente azul, sem uma nuvem sequer, em nada lembrava o céu nublado e ameaçador do dia anterior.
Cruzei a fronteira,  fiz os trâmites na imigração uruguaia e às 9 h entrei na estrada para Montevidéu. Puxa, que diferença das estradas brasileiras, sobrecarregadas de veículos: as estradas uruguaias são vazias, tranquilas e quase sempre retas. O percurso de pouco mais de 400 km entre Jaguarão/Rio Branco e Montevidéu é sempre um prazer, chego a andar devagar para não acabar logo! A estrada atravessa diversas propriedades rurais, até o visual é tranquilizador. Apesar de não haver qualquer fiscalização, em raras ocasiões excedi os 115 km/h, é tudo tão calmo que nem dá vontade de andar rápido.


Um pouco antes da cidade de Minas, há uma placa indicando “Salto do Penitente”. Em uma viagem de Bandit, há cerca de 6 anos, entrei nessa estrada para conhecer o tal salto, mas a estrada era de terra e desisti depois de percorrer apenas 2 km. Desta vez a estrada estava capeada com um tratamento superficial, mas havia tanta brita solta que seria melhor e mais segura (para motos) se fosse de terra batida. São 8 km nessa estradinha muito sinuosa que sobe e desce colinas com curvas de 90 graus cheias de brita solta, um convite a uma derrapagem e a um tombo, que eu não posso levar de maneira alguma! Fui com muito cuidado e muito inseguro, pois não tenho firmeza na perna esquerda para apoiar a moto em caso de necessidade.

                                          Na estradinha para o Salto do Penitente


Bem, matei minha curiosidade quanto à queda d’água. O Uruguai é um país todo plano, seu ponto culminante possui 300 m, é mais baixo que o Pão de Açúcar! As elevações são chamadas de serras. Eu queria saber como pode haver um salto de água em um local plano. Não me perguntem de onde surgiu o rio, mas o Salto do Penitente tem 60 m de altura e forma um bom poço no seu final, embora o volume de água seja pequeno. Há no local a prática de rapel  e também uma tirolesa. Nem antes nem depois da cachoeira se vê algum rio, o salto é no meio do nada.
                                           Poço ao fim da cachoeira

                                 Salto do Penitente     

Retornei  pelos 8 km da estradinha e tomei novamente o caminho de Montevidéu. Almocei em Minas, e às 15:45 h cheguei na porta do hotel  Lafayette, sem errar o caminho. Coloquei o GPS na moto só para chegar ao hotel, mas conheço bem mais o Uruguai do que ele, segui  o caminho que me lembrava, se fosse me guiar pelo GPS nem sei onde iria parar. Retirei o aparelho, não serve para coisa alguma.
Dei uma volta pelas principais ruas do centro da cidade, parei na praça Cagancha para comer um sanduíche no Subway e depois tomei um sorvete em outra praça.  Na volta para o hotel comprei  pão, salame, queijo e vinho, que serão meu jantar. É muito agradável estar em Montevidéu, é uma capital sem pressa, muito arborizada, bonita e com clima bom. O céu está totalmente limpo e o sol bate forte, mas está ventando bem, tanto que na sombra chega a fazer frio! No auge do verão!
                                                 Detalhe da praça Cagancha, na av. 18 de julio

                                Praça Independência - ampla e espaçosa

                                Teatro Solis, também um ícone de Montevidéu 


                                Mercado da Abundância - diversos restaurantes, artesanato e arte


A população é noturna, mas eu sou diurno. Enquanto eles se divertem, eu durmo e descanso para o dia seguinte. Dou por encerrado o dia de hoje, foi muito proveitoso e agradável.

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