Não há muito o que dizer sobre este primeiro dia da viagem com destino a
Laguna Brava e região noroeste da Argentina. A moto estava em Rio Claro, então
tive que ir até lá de carro para pegá-la e iniciar a viagem. Saí do sítio às 6:20 h,
após uma noite muito mal dormida, talvez devido à ansiedade da partida.
Apesar de haver chovido durante toda a noite, pela manhã não chovia, e,
assim, parti tranquilo. Peguei a Dutra inteira até São Paulo, não optei pela
Carvalho Pinto, para parar em menos postos de pedágio. Cruzar São Paulo é
sempre ruim, e desta vez não foi diferente: trânsito muito intenso, caminhões
que nada respeitam e, para piorar, a moto não pode andar na pista central
(expressa) da Marginal Tietê. Peguei também a Castelo Branco inteira e segui em
direção ao norte do Paraná, mudando de rodovia algumas vezes. Já fiz este
percurso inúmeras vezes, por isso não tem mais graça para mim.
Não corri, procurei manter-me dentro dos limites permitidos de
velocidade. As estradas não estavam muito cheias, o que facilitou as coisas.
Peguei apenas 3 pequenas pancadas de chuva, que não incomodaram. A moto fez uma
média de 18,5 km/litro. Chegou a fazer 25 km/l quando andei a menos de 110 km/h
e fez 17 km/l andando a 130 km/h. O arrasto causado pelos alforjes é muito
grande.
Após exatamente 12 horas em cima da moto cheguei a Londrina. Fui
diretamente para o centro e hospedei-me no London Royal Hotel, nome pomposo
para um hotel simples, porém com preço e acomodações honestas. R$ 60,00 a
diária, com direito a café da manhã, internet e garagem.
Estava muito suado, pois viajei com o casaco e com a calça de cordura.
Após o término da rodovia Castelo Branco o sol mostrou a cara e literalmente me
assou dentro da roupa quente até a chegada a Londrina. A camisa que eu usava,
de manga comprida, dava para torcer, de tanto suor.
Após um banho reconfortante, liguei para o Júlio, que me encontrou no
hotel e levou-me para dar uma volta pela cidade, que é bonita, moderna e
organizada. Jantamos um delicioso filé com queijo, acompanhado de aipim na
manteiga, pão de alho, salada e creme de maionese, e tomamos muitas cervejas,
que ninguém é de ferro. O Cláudio, que já viajou de moto com Júlio e Almir,
juntou-se a nós no jantar e nas cerveja, foi muito agradável. Esta foi a melhor
parte do dia de hoje! O papo roloui
sobre viagens em geral e sobre a que faremos. Alinhavamos o encontro em Foz do
Iguaçu dentro de dois dias, em 8 de fevereiro, quando ingressaremos na
Argentina.
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