sábado, 9 de fevereiro de 2013

Dias longos e cansativos - Foz - Ita Ibaté - Esperanza


8 de fevereiro de 2013 - sexta feira

Pela manhã andei pelas proximidades do hotel em Foz para fazer hora. Havia combinado encontrar com meus companheiros de viagem às 10:30 h no estacionamento do hotel Muffato, na BR 277.
Esperei por uma hora, eles chegaram às 11:30 h, vindos de Londrina e Maringá. Chegaram Júlio, Almir, Matheus e Tarlom.
São ao todo 5 pessoas e 5 motos, nunca viajei com tanta gente! Minha moto é a menor e mais simplória do grupo.
Júlio - BMW GS 800
Tarlom - BMW GS 1200 Adventure
Matheus - Suzuki V Strom 650
Almir - Suzuki V Strom 1000
GE - Yamaha XT 660R
Fomos para um local próximo à ponte da amizade, onde Júlio Tarlom e Almir pegaram mototaxis para ir ao Paraguai fazer câmbio de moedas, que se mostrou muito vantajoso, nossos reais lá valeram muito mais.
Eu e Matheus os aguardamos tomando conta das motos e bagagens por 2 horas e meia;  acabamos saindo de Foz do Iguaçu às 14:30 h, em direção à fronteira com a Argentina.
Feitos todos os trâmites legais, ingressamos na Argentina às 15:00 h e seguimos em ritmo forte pela ruta 12 até Eldorado, onde paramos para almoçar. A comida estava ótima, mas perdemos mais uma hora e meia no restaurante. 

                                           ruta 12, depois de Posadas   
De volta à ruta 12, já bem ao entardecer, decidimos que pernoitaríamos em Ituzaingó onde chegamos às 20:30 h. Fila no posto de gasolina para abastecer e todos os hotéis e pousadas lotados, por ser uma cidade turística e véspera dos feriados de carnaval. Andamos por diversas pousadas, todas lotadas, e fomos aconselhados a procurar acomodação na próxima cidade, Ita Ibaté, a 78 km adiante. Assim, saímos de Ituzaingó às 22:00 h em direção a Ita Ibaté. Na estrada o Júlio atropelou um animal (não conseguiu identificar) que entortou totalmente o pedal do câmbio, impedindo-o de passar as marchas, mas como estava em 6ª marcha, nem parou, continuou assim mesmo até Ita Ibaté. Um cachorro cruzou a minha frente e quase o atropelo, não é nada recomendável viajar à noite por aqui, há muitos animais na pista e as estradas são em mão dupla.
Ao chegar a Ita Ibaté notamos a falta do Tarlom e Almir. Esperamos por eles e os procuramos pela cidade durante mais de uma hora, em vão, e resolvemos nos hospedar no hotel  Piedra  Alta e tentar algum contato via internet. Estávamos acabando de jantar no próprio hotel, às 24:30 h, quando eles apareceram: haviam entrado em uma rota alternativa para sair de Ituzaigó e retornaram para nos procurar por toda a cidade. Depois das devidas explicações, eles comeram sanduíches, pois o restaurante do hotel já houvera fechado. Fomos dormir à 1:30 h da manhã, bastante exaustos pelo dia intenso e atribulado. O por do sol na estrada (ruta 12) foi compensador!

9 de fevereiro de 2013 – 4º dia – Ita Ibaté a Esperanza

No dia seguinte, ou melhor, no mesmo dia um pouco mais tarde, acordamos às 5: 00 h da madrugada, para arrumar tudo e partir ainda cedo, pois a meta era chegar a Cordoba, um percurso de 1.100 km por um caminho que não é o melhor nem o mais curto.  
Após lubrificar as correntes e fixar as bagagens, partimos para mais um dia de estrada.
                                           Partida de Ita Ibaté pela manhã  

Vencemos ruta 12 até Corrientes, onde perdemos bastante tempo no acesso à ponte sobre o rio Paraná com guardas corruptos, que tentaram a todo custo nos extorquir, fazendo o mesmo com todos os motociclistas brasileiros que tentam cruzar a ponte, que é a ligação entre as cidades de Corrientes e Resistência. O Tarlom gastou muita saliva com os policiais para que pudéssemos seguir viagem sem pagar propina.
Após cruzar o rio Paraná, seguimos pela ruta 11, em direção a Santa Fé. O início da estrada, em Resistência, é muito sobrecarregado e possui sinais de trânsito e quebra-molas, o que deixa o trânsito muito lento.
Seguimos, como ontem, em 2 pelotões de motos: no 1º, Júlio e Tarlom, que andavam perto dos 180 km/h, e o 2º formado por Almir e Matheus e eu, que mantivemos velocidades em torno de 130 km/h. A tocada foi forte, e decidimos não almoçar para não perder tempo e conseguir percorrer os 1.100 km que eram a meta do dia. Estava cansativo e estressante o ritmo da viagem.
Por volta das 14:00 h combinamos que Júlio e Tarlom, que gostam de andar forte, seguiriam até Córdoba na frente, e que os demais tentariam cumprir a meta, porém em um ritmo mas tranquilo, que permitisse curtir e apreciar a viagem.
                                           Breve descanso às margens da ruta 11             

E assim fomos indo. Lá pelas 20:00 h, o 2º pelotão concluiu que seria impossível chegar em Córdoba ainda hoje, pois ainda faltavam 500 km. Entramos em Esperanza e hospedamo-nos no hotel Kassalta, excelente, com piscina. Foi a melhor decisão, pois estávamos muito cansados da puxada do dia anterior, da noite com poucas horas dormidas e da viagem de hoje.



Tomamos um relaxante banho de piscina para aliviar o calor e uma cerveja gelada.
Após um banho morno saímos para jantar uma parrilha, retornando ao hotel às 24:30 h. Soubemos que Júlio e Tarlom chegaram a Códoba pelas 22:30 h, jamais teríamos condições de fazer isso no nosso ritmo. Eles andaram para valer!
Amanhã o 2º pelotão segue viagem, porém em um ritmo mais compatível com uma viagem de férias!

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