terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Córdoba a Chepes - um dia de muito rípio - 6º dia


Tarlon, que ficou hospedado na casa de amigos em Córdoba encontrou-nos pela manhã no hotel e tomou café conosco. Fechamos a conta e partimos os 5 em direção à Villa Carlos Paz;  não fomos pela autoestrada, mas sim por uma estrada antiga passando por La Calera, extremamente sinuosa, que corre pelos morros. O caminho acompanha um rio e passa junto a uma bela represa, valeu a alternativa, sugestão do Tarlom.


Em Carlos Paz pegamos um congestionamento na saída da cidade. Tomamos a direção de Tanti, onde o asfalto acaba. A partir deste ponto a estrada é de terra, com trechos de cascalho grosso (rípio). Subimos e descemos montanhas, um belo visual. Dos pontos altos avistava-se Villa Carlos Paz e a represa que a banha. Seguimos por 92 km de rípio e muitas curvas até Taninga, onde almoçamos.
Devolta à estrada, pegamos antres um grande reta, sempre sem asfalto, até que iniciamos a subida de uma serra. O mais impressionante foi a descida desta serra, região conhecida como Los Tuneles: a pequena estrada de rípio cortada na encosta da montanha, bem estreita e sem qualquer proteção junto aos abismos, passa por uma sucessão de túneis escavados na rochas enquanto desce, creio que foram 6 túneis, mas o que chama a atenção é a obra de engenharia que foi abrir a estrada naquela região,  deserta e de acesso difícil.
Nesta adescida, imediatamente antes dos túneis, estava sendo instalada uma tirolesa,  ainda em fase de testes. Júlio, Matheus e Tarlon desceram na tirolesa, espécie de cobaias estrangeiras! A tirolesa é bem extensa, e a velocidade de descida é grande. O Matheus foi o único que retornou por uma outra tirolesa  que parte de um ponto mais elevado da encosta do morro em frente e chega de volta ao local da 1ª tirolesa. Tudo de graça, cortesia das pessoas que estavam instalando e testando a tirolesa, devem ser os proprietários ou concessionários. Minha coluna não permite mais estas extravagâncias, é pena!


                                          Usando o cadarço do tênis para amarrar a placa na moto


                                           Um dos túneis de Los Tuneles





                                           A descida de Los Tuneles               
                           
 Apos a bela e impressionante descida de  Los Tuneles, a estrada vira uma reta interminável que mistura todos os tipos de pisos: terra, rípio, cascalhos e o temível e terrível areião, que são trechos de areia fofa. A estrada não terminava nunca, foram horas andando nesta reta, cerca de 100 km, com cuidado e com o sol pela frete, pois é exatamente no sentido oeste. Houve dois tombos no areião, Almir e Matheus, sem maiores conseqüências. Nas duas vezes foram necessárias 3 pessoas para levantar as V-Strom. Um viajante solitário ficaria caído por lá  até que aparecesse alguém, não dá para levantar sozinho.
Ao término do rípio, mais 30 km e chegamos em Chepes. Foram 230 km de rípio e estradas de terra que consumiram todo o dia e nos deixaram exaustos. Chegamos em Chepes à noite, por volta das 21:00 h, e tomamos algumas cervejas com azeitonas e biscoitos em um posto de gasolina. 


Conseguimos acomodação em um dormitório muito simples e fomos jantar. Eu estava muito cansado e fui dormir às 23:40 h.
Teríamos que levantar no dia seguinte às 5:30 h para poder viajar e pegar os parques de Talampaya e Ishigualasto abertos. Comuniquei aos meus amigos que não seguiria junto com eles, mas iria encontrá-los à noite em Villa Union, seguindo sozinho no meu ritmo.

                                                                   
                                                                                                                                  

2 comentários:

  1. to te acompanhando; e concordo contigo a respeito da viagem ser feita de forma mais tranquila... vi que vc tava usando a camiseta que Seu João te presenteou, uma honra p nós aqui de RONDÔNIA; gracias y sorte hermano.

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  2. Olá, Antônio!
    A honra é minha usar uma camiseta oferecida com tanto carinho por uma turma bacana como vocês.
    Agora estou mais tranquilo na viagem, seguindo no meu ritmo.
    Um grande abraço

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