Choveu a noite toda, mas pela manhã o tempo estava firme, com algumas nuvens no céu.
Levantei bem cedo, mas de nada adiantaria partir cedo demais, pois necessitava ir a Tatuí, cidade mais próxima, para comprar e trocar a relação de transmissão da moto, mas as lojas precisavam estar abertas. Cheguei a Tatuí às 8:00 h, quando as lojas estavam abrindo. Descobri um local que vendia e trocava a transmissão, embora não fosse de marca conhecida. Aproveitei para também trocar o óleo da moto, cuja quilometragem acabou de vencer. Tive que aguardar duas horas até o término dos serviços.
Loja e oficina de motos em Tatuí
Loja e oficina de motos em Tatuí
Às 10:30 h saí de Tatuí. Evitei velocidades altas na Castelo Branco, ainda estava traumatizado com correntes! Como estava com muita fome, às 11:30 h parei para almoçar na Quinta da Aldeia, uma comida da melhor qualidade às margens da “Castelo”. Comi pouco, apesar da enorme variedade de pratos, e às 12:00 h entrei de volta na Castelo na direção de São Paulo.
Almoço na Castelo Branco - Quinta da Aldeia
Almoço na Castelo Branco - Quinta da Aldeia
Os últimos quilômetros da Castelo Branco, a travessia de São Paulo pela marginal do rio Tietê e os primeiros quilômetros da Dutra são o que chamo de “briga de foice no escuro”: motoristas apressados, buzinas, caminhões em excesso e todo tipo de selvageria no trânsito, tudo culpa do excesso de veículos, principalmente de caminhões, que não respeitam velocidade, regras de trânsito e os demais automóveis. Do local onde almocei (km 57 da Castelo) até o início da Dutra foram 1:10 h, e olhe que o trânsito até que estava bom, não houve congestionamentos.
A Dutra, por sua vez, estava muito cheia. Exceto por alguns locais com trânsito um pouco mais rarefeito, como Cachoeira Paulista e Queluz, era até difícil passar dos 110 km/h, as duas faixas estavam sempre cheias. Creio que a estrada já atingiu a saturação. Que diferença das estradas argentinas, sempre vazias, com poucos caminhões e motoristas que respeitam os limites de velocidade! E, além do mais, a maioria é reta. Só há curvas nas regiões montanhosas, como as cordilheiras ou as serras ao redor de Córdoba.
Parei para abastecer 2 vezes e às 17:30 h cheguei em Rio Claro. Ainda faltam 138 km até o Rio, mas isso eu nem considero viagem, é um passeio. Hoje pernoitarei em Rio Claro. Contando a quilometragem que falta para chegar ao Rio, terão sido 7.871 km. Nada mau, foi um tour interessante pela região oeste e norte da Argentina, e ainda passei por alguns locais que não conhecia, como, por exemplo, Los Tuneles, a estrada sinuosa entre Córdoba e Villa Carlos Paz, Cuesta de Miranda, Chilecito, Londres e Quebrada de Belém, por exemplo. E foi muito bom voltar à Quebrada de Cafayate e à própria cidade de Cafayate, muito simpática.
Como sempre, a viagem valeu a pena, apesar de alguns percalços que cuidarei para que não ocorram na próxima. Tudo é um aprendizado, e o que aprendemos e a experiência a mais que adquirimos usaremos em prol de viagens cada vez melhores.
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