sábado, 18 de março de 2017

Chile norte a sul - 22º dia - Juquitiba a Rio Claro

Ao acordar em Juquitiba, a chuva caía, foi ruim colocar a bagagem na moto, pois não havia área coberta. Tomei um café com pão na chapa no restaurante do posto, peguei a moto e entrei na Régis Bittencourt com chuva.
                                           Arrumando a bagagem com chuva

Foram 46 km até chegar ao Rodoanel de São Paulo e, como num passe de mágica, a chuva cessou no exato instante em que ingressei no rodoanel. Percorri os 95 km do contorno de São Paulo sem exceder os 100 km/h, havia muita fiscalização, muitos pardais e radares móveis.
Cheguei à rodovia Trabalhadores/Carvalho Pinto e a percorri sem pressa. Parei em um posto onde se reunem diversas tribos de motociclistas paulistanos de fim-de-semana, todos exibindo suas motos reluzentes e vomitando fanfarronices. Eu, sentado em uma mesa no quiosque externo, observava e ouvia as conversas, divertindo-me com o conteúdo das mesmas! Falavam de viagens às cidades próximas, customizações, acessórios, roupas, modelos de moto e coisas assim, mas a impressão que eu tive era de que cada um buscava superar o outro em modelo de moto, quilometragem percorrida, preço de roupas e acessórios e viagens já realizadas! Tomei meu café e sentei na minha moto imunda, sem acessórios sofisticados e com meu capacete simples, e tomei o rumo da Dutra. Se eles soubessem de onde estou vindo e quantos quilômetros rodei nesta viagem... 

                                                Ponto de encontro de motociclistas na Carvalho Pinto

Almocei em Roseira e tomei um Ovomaltine em Floriano, como de costume, e às 14:30 h cheguei ao meu refúgio, em Rio Claro. Novamente, como num passe de mágica, no exato momento em que estacionei a moto em frente à casa, a chuva começou! Resumindo: só peguei hoje 46 km de chuva, na Régis Bittencourt. Do rodoanel até Rio Claro, só estradas boas e tempo seco! Graças aos céus, que atenderam aos meus pedidos e aos pedidos dos amigos que me acompanham, pois já havia esgotado minha cota de chuva por um bom tempo!

                                 Quase chegando em casa!

Trecho de viagem excelente, sem stress e sem sustos, as estradas são velhas conhecidas!
Apesar da chuva que chegou junto comigo, coloquei toda a minha roupa para lavar, lavei a moto e separei algumas coisas que preciso levar para o Rio.

O total rodado foi de 11.260 km. Cometi um equívoco ao comentar ontem com Wílson e Luís que já havia rodado cerca de 13.000 km, quando , na verdade, eram em torno de 11.000 km. Mesmo assim, é viagem para ninguém botar defeito! Muito menos eu, que faria de novo!

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