sexta-feira, 10 de março de 2017

Chile norte a sul - 14º dia - Pucón a Puerto Varas

Desanimador!
Ao acordar, só vimos chuva, tempo fechado e  frio, menos de 10 ºC.  Preparamos nosso café e partimos debaixo de chuva com 4 camadas de roupa: 2ª pele, agasalho, casaco e capa de chuva, era difícil até se movimentar! Com a chuva e o frio o capacete embaçava, tornando difícil e perigosa a pilotagem no trecho entre Pucón e Villarica. Após Villarica o trânsito diminuiu e com a velocidade maior o embaçamento foi diminuindo e pudemos andar melhor.
Chegamos à ruta 5 e tomamos a direção sul. A chuva cessou e um mormaço com tímidas aparições de sol esporádicas se estabeleceu, permitindo andar em maiores velocidades.

Em Osorno fizemos um desvio de 44 km: tomamos a estrada que leva ao Paso Cardenal Samoré para visitar o museu Studebaker, onde estive há exatos 20 anos. O museu cresceu, agora tem outros carros americanos e europeus além da maior coleção de Studebakers fora dos EUA. Fantástico! Há também coleções de máquinas e materiais fotográficos, mais de cem modelos diferentes de todas as épocas. Objetos e equipamentos antigos de diversas categorias completam o acervo, tudo muito organizado, bem restaurado e interessante.





Após a visita ao museu, almoçamos no restaurante situado dentro do complexo. Foi a melhor refeição de toda a viagem, servida pelo próprio proprietário do restaurante, com direito a entradas deliciosas e uma comida maravilhosa! E com um visual europeu como brinde!
                                  Restaurante anexo ao museu


                                   Estacionamento do museu do automóvel antigo

Retornamos à ruta 5 e, mais adiante, entramos na cidade de Frutillar, uma pérola alemã na patagônia chilena. A cidade fica às margens do lago Llanquihue, é super charmosa e agradável. Quando íamos tomar um chocolate quente acompanhado de uma apfelstrudel, a chuva chegou! Abortamos o lanche, corremos para a moto e fomos embora da cidade, sem colocar as capas de chuva.



                                                Escola em Frutillar


                                   Barbas de 14 dias de estrada!

Seguimos com chuva até Puerto Varas, onde enfrentamos um grande congestionamento no acesso e dentro da cidade, sob chuva. Não conseguíamos achar o hotel que reservamos, e a chuva aumentou muito, encharcando-nos totalmente, inclusive as roupas para o frio!
Encontramos o hotel e nos instalamos, parece até piada: na hora em que chegamos ao quarto, a grande chuva cessou, mas o estrago já estava feito! O hotel é muito simples, quase uma boca-de-porco, mas é o nosso porto por hoje!
                                    Hotel em Puerto Varas

Após um merecido banho, fomos a pé até o centro da cidade, uma longa caminhada pela margem do lago Llanquihue, cerca de 3 quilômetros.
No caminho, conhecemos e visitamos um museu incrível, muito louco, pertencente ao artista e pintor Pablo Fierro, a quem conhecemos pessoalmente. O museu é aberto ao público e não cobra ingresso, mas não dá para descrev^-lo! Uma coisa meio de sonho, meio psicodélica, misturada a desenhos, pinturas, objetos antigos, coleções diversas e mil outras coisas!
                                Vejam o que encontrei no caminho para o centro de Puerto Varas!





                                   GE e Pablo Fierro

                                     Um dos ambientes do museu
                                            Lago Llanquihue


                                  Ganhando no cassino

                                                  Puerto Varas
                                                Luar sobre o lago Llanquihue

No centro da cidade, fomos ao cassino e perdemos algum tempo jogando a título de diversão. Ganhei 3.000 pesos chilenos no caça níqueis e parei de jogar!

Jantamos na cidade e retornamos a pé pela orla do lago. Fazia 11 graus, e uma lua quase cheia iluminava e refletia sua luz.
Apesar do tempo fechado e das chuvas no início e no fim do dia de viagem, foi um dia proveitoso, soubemos extrair o máximo dele!

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