domingo, 12 de março de 2017

16º dia - Patagônia chilena e patagônia argentina

Levantei-me às 7:00 h, mas como clareia tarde no sul, esperei até as 7:30 h, para sair com os primeiros raios de sol. Abasteci no centro de Puerto Varas e saí da cidade às 8:00 h em jejum, pois o hotel não tinha café da manhã e tudo estava fechado na cidade.
A temperatura era de 10 ºC, mas ao chegar à ruta 5 caiu para 7 ºC e assim se manteve. 20 km após Puerto Varas a neblina baixou muito densa, a visibilidade ficou reduzida a menos de 50 m à frente, mas continuei em frente. Em Osorno entrei na estrada que leva ao Paso Cardenal Samoré. O frio e a neblina estavam intensos, e a neblina molhava tudo: roupa, capacete, carenagem...

                                            Café da manhã em Entre Lagos

Entrei na cidade de Entre Lagos para abastecer tomar um café da manhã, pois estava viajando em jejum. Achei um restaurante bem simpático aberto e tomei um café com sanduíche de queijo. A neblina sumiu e o sol apareceu entre algumas nuvens.
A estrada é de uma beleza ímpar, parece que estamos viajando pela Suíça ou Áustria, com árvores européias e montanhas nevadas ao fundo.
Passei pela aduana chilena e 22 km adiante pela argentina. Perdi algum tempo, havia muita gente. Após os trâmites dos dois países, ingressei na Argentina.
A estrada ficou ainda mais bela, qualquer foto que eu postar não mostrará a décima parte do que eu vi e da beleza local. Havia muito gelo e neve às margens da estrada, que é bem sinuosa. Fui com cuidado, pois o asfalto estava muito escorregadio devido ao derretimento do gelo e da neve.



                                    Neve!

                                   Muita neve na estrada

                                Placa emporcalhada por motoqueiros brasileiros - Paso Cardenal Samoré

Descendo no lado argentino, começaram a aparecer lagos em sucessão, todos emoldurados por montanhas nevadas, um colírio para os olhos!

                                  Na aduana argentina

                                  Lago Nahuel Huapi

Parei em Villa la Angostura para almoçar. A cidade é um charme só, linda e agradável, cercada de montanhas e lagos.
                                   Almoço em Villa la Angostura
                                  Villa la Angostura

Segui pela estrada, que agora apresentava uma paisagem européia com rios e represas de cor azul em suas margens, e assim foi por mais de 100 km após Villa la Angostura. Não havia casas, postos, nada, somente a paisagem arrebatadora. O céu ficou completamente azul e o sol apareceu, levando a temperatura para perto dos 30 ºC.










Lentamente foram desaparecendo os rios e a vegetação abundante, fui entrando na estepe patagônica, árida e com um vento constante.


Abasteci a moto em Piedra del Aguila, e andei mais 100 km em uma estrada deserta e despovoada até chegar em Picún Leufú, um pequeno povoado às margens da estrada, muito pequeno mesmo. Havia uma pousada, e resolvi pernoitar nela.
                                  Hotel em Picún Leufú

Rodei hoje exatos 600 km, com paradas para fotos, para o café da manhã, abastecimentos e nas duas aduanas. Eram 18:50 h e estava claro; não me sentia cansado, mas como a próxima cidade estava a 150 km, achei que deveria parar.
A variação térmica hoje foi incrível! E foi, seguramente, o trecho mais impressionante e mais bonito da viagem! O Tiago gostaria de poder ver mais este cenário de cinema!


Um comentário: