A partir de hoje, sigo viagem sozinho. O Marco decidiu retornar para São Paulo, onde está desenvolvendo um sistema que exige sua dedicação 4 horas por dia e também por conta de um importante compromisso no dia 30 de maio. Acredito que meu jeito autônomo e auto-suficiente de viajar, adquirido nas viagens solo que empreendi dentro do Brasil e para o exterior, tenha também influenciado e antecipado sua decisão. Desejo-lhe bom retorno, Marco! Os dias que passamos na estrada foram excelentes!
Viagem que segue!
Não tinha muita pressa em sair de Porto Nacional, pois teria que chegar em Palmas somente após as 13 h. Já parti com um calor abrasador às 8 h da manhã, o sol era inclemente! Segui sem pressa. Em Taquaralto, a 20 km de Palmas, fiz um desvio: fui conhecer Taquaruçu, pequena cidade localizada em um dos caminhos para o Jalapão e terra de muitas cachoeiras, que os habitantes locais afirmam ser em número de 87. Havia a indicação de algumas cachoeiras na estrada, mas atravessei o pequeno povoado de Taquaruçu e dei de cara com uma serra, a Serra do Lajeado, a qual subi até a metade, onde se inicia a trilha para duas cachoeiras muito visitadas: Escorrega Macaco e Roncadeira. Estacionei a moto, troquei as botas pelos tênis (tive que desamarrar e revirar a bagagem) e encarei uma trilha de 3 km (ida e volta) até as respectivas cachoeiras. A trilha é toda dentro de uma mata densa e inicia-se com uma imensa e cansativa escadaria, mas é bem legal.
Chegando a TaquaruçuInício da trilha para as cachoeiras: escadaria com degraus largos!
Cachoeira Escorrega Macaco
Cachoeira da Roncadeira
Poço da cachoeira da Roncadeira
A visita às cachoeiras valeu a pena, a altura das quedas é muito grande, embora nesta época do ano em que pouco chove por aqui o volume das águas seja consideravelmente menor.
Stairway to heaven??????De volta à moto, coloquei as botas e tomei o rumo de Palmas, onde cheguei por volta das 12:30 h. A cidade foi projetada e construída tomando Brasília como modelo. É mais arborizada, mas não tem a mesma imponência da Capital Federal. É a cidade das rotatórias, há centenas delas, em todos os cruzamentos. Não há sinais de trânsito. Difícil é andar a pé, pois todas as ruas e quadras são iguais e é fácil se perder. Para dificultar, quase nenhuma rua tem placa de identificação com seu nome, há poucas calçadas e raríssimos semáforos para pedestres, o que torna as travessias uma aventura maior do que chegar até aqui de moto. As praças não têm bancos, nem mesmo a maior delas, espécie de Central Park local (guardadas as devidas proporções!). Os motoristas são afoitos e mal-educados, o que significa também que o risco de uma colisão com a moto é alto. Curiosamente, até agora não vi nenhum acidente nessas loucas rotatórias! Mas é uma cidade que aparenta riqueza: muitos carros de luxo circulando e um shopping que não deixa nada a desejar aos shoppings das grandes capitais.
Hotel em PalmasA praça central da cidade, a maior delas. Não tem bancos!
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