A sala do café da manhã do hotel é toda decorada com fotos e
“posters” das viagens de moto do proprietário e sua esposa. Fiquei encantado
vendo aquelas fotos, e mais ainda porque eu também já estive em 90% dos locais
retratados, até mesmo os locais mais improváveis; Sierra de La Ventana , Parques Talampaya e Ischigualasto, a estrada
de San Francisco a Los Angeles e a Quebrada de Humahuaca estão presentes nas
fotos, sempre com motos!
Logo após o café, saí para dar uma caminhada pela cidade,
chegando ao centro e andando por algumas ruas. Em seguida, conforme dicas da
proprietária do hotel, peguei a moto e fiz um circuito para conhecer as
atrações ao redor de Esquel. Rodei 155
km entre locais incríveis e com paisagens deslumbrantes.
Primeiro, fui à cidade galesa de Trevelin, uma pequena
pérola encravada nos Andes. Eu me perguntei porque aquele povo da Grã Bretanha veio
se estabelecer em local tão longe de sua terra natal, isolado e inóspito, com
clima e condições totalmente diferentes das suas origens. Há na cidade o
tradicional chá das 5, que é servido a partir das 15 horas.
A caminho de Trevelin
Trevelin - centro de informações turísticas
Em seguida, fui à represa do complexo hidrelétrico de
Futaleufú, a 12 km da fronteira com o Chile. Neste passeio passei o pior
momento da viagem, quando, em uma subida íngreme de rípio, uma rajada de vento a
90 graus me jogou para a beira da
estrada (e de um abismo) e eu não conseguia sair dali; o vento soprava e quase
derrubou a moto diversas vezes durante suas rajadas, e eu com os dois pés no
chão segurando a moto para não cair. Esperei em vão por socorro ou alguém para
me ajudar a manobrar a moto, mas não apareceu ninguém. Sozinho, com muito
cuidado e muito esforço, fui virando a moto na direção do vento para poder dar
meia volta e retornar. Levei 40 minutos, tensos e muito perigosos. Se a moto
caísse, não haveria como levantá-la, mas não desisti e consegui!
A caminho da represa de Futaleufú
Da represa fui para o parque nacional Los Alerces,
patrimônio mundial, criado para preservar o alerce, uma árvore que dura 4.000
anos, e cuja madeira é cobiçada. Há no parque árvores com 2.600 anos, enormes. O
parque tem lagos, rios e cascatas, e tem também diversos campings. Há uma
pequena vila chamada Futaleufquén incrustada dentro do parque.
Parque Nacional Los Alerces
Laguna Larga, no parque Los Alerces
Laguna Larga
Parque Los Alerces
Ainda como
sugestão da dona do hotel, almocei em um restaurante charmosíssimo à beira do
lago Futaleufquén, que é o maior do parque, com uma vista panorâmica para
ninguém colocar defeito! A comida foi deliciosa e fez jus ao local, pedi um “Assado
de tampa” que devorei com prazer! A estrada para o restaurante possui 4 km de
rípio, em bom estado.
Villa de Futaleufquén, no centro de insformaçõesRestaurante no parque Los Alerces
Vista da janela do restaurante: lago Futaleufquén
Hora de voltar a Esquel! Apesar do tempo fechado e algumas
pequenas pancadas de chuva, os passeios foram muito agradáveis. O vento, para
variar, não deu trégua um momento sequer, o que muitas vezes me impediu de
parar a moto para observar ou fotografar, sob o risco de uma rajada derrubá-la.
Retornei por outro caminho, igualmente chocante e açoitado pelo vento. A
temperatura estacionou em 11 graus e assim se manteve durante o tempo todo.
Estrada de volta para Esquel
AMIGO, faça-me um favor....... deixe esse maldito vento por ai mesmo, não o traga pra cá kkkkkkkk continuo em sua garupa amigo👀👀
ResponderExcluirAMIGO, faça-me um favor....... deixe esse maldito vento por ai mesmo, não o traga pra cá kkkkkkkk continuo em sua garupa amigo����
ResponderExcluirEste vento é um caso sério! Capaz de derrubar a moto se você não a apoiar de maneira que o vento a jogue contra o apoio lateral.
ResponderExcluirE na estrada, é terrível, ainda mais com temperaturas baixas!