terça-feira, 13 de março de 2018

Argentina 2018 - explorando Esquel e arredores






A sala do café da manhã do hotel é toda decorada com fotos e “posters” das viagens de moto do proprietário e sua esposa. Fiquei encantado vendo aquelas fotos, e mais ainda porque eu também já estive em 90% dos locais retratados, até mesmo os locais mais improváveis;  Sierra de La Ventana ,  Parques Talampaya e Ischigualasto, a estrada de San Francisco a Los Angeles e a Quebrada de Humahuaca estão presentes nas fotos, sempre com motos!
Logo após o café, saí para dar uma caminhada pela cidade, chegando ao centro e andando por algumas ruas. Em seguida, conforme dicas da proprietária do hotel, peguei a moto e fiz um circuito para conhecer as atrações ao redor de Esquel. Rodei  155 km entre locais incríveis e com paisagens deslumbrantes.
Primeiro, fui à cidade galesa de Trevelin, uma pequena pérola encravada nos Andes. Eu me perguntei porque aquele povo da Grã Bretanha veio se estabelecer em local tão longe de sua terra natal, isolado e inóspito, com clima e condições totalmente diferentes das suas origens. Há na cidade o tradicional chá das 5, que é servido a partir das 15 horas.
                                   A caminho de Trevelin

                                 Trevelin - centro de informações turísticas

Em seguida, fui à represa do complexo hidrelétrico de Futaleufú, a 12 km da fronteira com o Chile. Neste passeio passei o pior momento da viagem, quando, em uma subida íngreme de rípio, uma rajada de vento a 90 graus me jogou para a  beira da estrada (e de um abismo) e eu não conseguia sair dali; o vento soprava e quase derrubou a moto diversas vezes durante suas rajadas, e eu com os dois pés no chão segurando a moto para não cair. Esperei em vão por socorro ou alguém para me ajudar a manobrar a moto, mas não apareceu ninguém. Sozinho, com muito cuidado e muito esforço, fui virando a moto na direção do vento para poder dar meia volta e retornar. Levei 40 minutos, tensos e muito perigosos. Se a moto caísse, não haveria como levantá-la, mas não desisti e consegui!

                                  A caminho da represa de Futaleufú

Da represa fui para o parque nacional Los Alerces, patrimônio mundial, criado para preservar o alerce, uma árvore que dura 4.000 anos, e cuja madeira é cobiçada. Há no parque árvores com 2.600 anos, enormes. O parque tem lagos, rios e cascatas, e tem também diversos campings. Há uma pequena vila chamada Futaleufquén incrustada dentro do parque. 

                                  Parque nacional Los Alerces
                                   Parque Nacional Los Alerces


                                  Laguna Larga, no parque Los Alerces
                                  Laguna Larga


                                  Parque Los Alerces
Ainda como sugestão da dona do hotel, almocei em um restaurante charmosíssimo à beira do lago Futaleufquén, que é o maior do parque, com uma vista panorâmica para ninguém colocar defeito! A comida foi deliciosa e fez jus ao local, pedi um “Assado de tampa” que devorei com prazer! A estrada para o restaurante possui 4 km de rípio, em bom estado.
                                  Villa de Futaleufquén, no centro de insformações

                                 Restaurante no parque Los Alerces
                                   Vista da janela do restaurante: lago Futaleufquén

Hora de voltar a Esquel! Apesar do tempo fechado e algumas pequenas pancadas de chuva, os passeios foram muito agradáveis. O vento, para variar, não deu trégua um momento sequer, o que muitas vezes me impediu de parar a moto para observar ou fotografar, sob o risco de uma rajada derrubá-la. Retornei por outro caminho, igualmente chocante e açoitado pelo vento. A temperatura estacionou em 11 graus e assim se manteve durante o tempo todo.
                                 Estrada de volta para Esquel


À noite, ao sair para jantar, pude observar a distância que nos separa do povo argentino e, por que não dizer, da Argentina. Uma cidade de apenas 32.000 habitantes, num fim de mundo, distante 2.300 km da capital, possui um restaurante com decoração fantástica, com  serviço e atendimento excelentes, serve uma comida farta, sofisticada e de boa qualidade, sem ser cara. E tem mais: as pessoas que o frequentam estavam todas bem vestidas, falavam baixo e portavam-se muito bem à mesa! O povo é educado e tem hábitos educados! Sem contar que a música ambiente do restaurante era de excelente qualidade, tocou Led Zeppelin, Rolling Stones, Eric Clapton, Simon & Garfunkel, Level 42 e outros do gênero!

3 comentários:

  1. AMIGO, faça-me um favor....... deixe esse maldito vento por ai mesmo, não o traga pra cá kkkkkkkk continuo em sua garupa amigo👀👀

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  2. AMIGO, faça-me um favor....... deixe esse maldito vento por ai mesmo, não o traga pra cá kkkkkkkk continuo em sua garupa amigo����

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  3. Este vento é um caso sério! Capaz de derrubar a moto se você não a apoiar de maneira que o vento a jogue contra o apoio lateral.
    E na estrada, é terrível, ainda mais com temperaturas baixas!

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