quarta-feira, 14 de março de 2018

Argentina 2018 - Esquel a Gaimán pela RN25



Para minha sorte, o dia amanheceu sem chuva e sem vento! Consegui partir às 9 h após despedir-me da dona do hotel e agradecer por todas as dicas e informações que me deu; os proprietários fizeram toda a diferença, tornaram a cidade de Esquel e a região próxima ainda mais interessantes e agradáveis.
Este foi o dia mais fácil e mais tranqüilo da viagem; apesar do frio de 7 graus e do vento patagônico soprando o dia todo, tudo correu bem e as estradas estavam boas e vazias.
Segui pela ruta 40 até Tecka, a 86 km de Esquel, quando parei para abastecer. Despedi-me da RN40 e ingressei na RN25, que corta a Argentina, mais precisamente a província de Chubut, de oeste a leste, desde a cordilheira até o Oceano Atlântico.
                                 Placa emporcalhada por motoqueiros brasileiros, todos de motoclubes

                                 Estepes patagônicas, ainda na RN40

                                  Fila para abastecimento em Tecka

A estrada é totalmente deserta às suas margens, tem no máximo uns 3 povoados e postos de gasolina, mas me surpreendeu: eu esperava encontrar somente as estepes patagônicas frias, desérticas e açoitadas pelo vento, mas encontrei paisagens que foram se alterando ao longo do percurso de quase 600 km, terminando, obviamente, com as estepes desertas.
                                  Infindáveis estepes na RN25
                           
                                  Estepes frias e com vento

                                 Almoço em Paso de Índios


Havia trechos com enormes formações de arenito, trechos com rochas vulcânicas e trechos que venciam pequenos morros, com muitas curvas. Em determinado trecho a estrada acompanhou um rio de águas verdes. Até a hora em que parei para almoçar e abastecer em Paso de Índios, a temperatura não passou dos 8 graus, mas à tarde foi subindo lentamente até os 17 graus. A sensação de frio vinha do vento, quando ele cessava momentâneamente devido à proximidade de algum morro, a sensação de bem estar aumentava.
                                   RN25 - Vale dos Altares - muitos quilômetros com essas formações





Em Paso de Índios conversei com um motociclista argentino que se dirigia a Los Antiguos, para ingressar no Chile e percorrer a Carretera Austral, exatamente o projeto que fiz para esta viagem. Fiquei até tentado a seguir com ele, mas na minha cabeça já estava o meu novo roteiro.
Os quilômetros se sucediam rapidamente e fui avançando, até que, às 17 h, passei pela cidade galesa de Gaiman e entrei para abastecer. Gostei tanto do lugar que decidi ficar e pernoitar. Só havia uma hosteria na cidade, que se auto-intitula um B&B. Consegui o último quarto e me instalei, saindo imediatamente para explorar a cidade a pé, enquanto havia claridade.
                                 Hotel (B&B) em Gaimán

                                   Praça de Gaimán

                                  Praça de Gaimán

                                  Igreja N.Sra. de Luján
Tentei ir à casa de chá mais famosa, mas era longe demais. Andei quase 2 km e não chegava! Desisti e fiquei pelo centro, que me encantou com sua praça arborizada e cortada por um rio, que deve ser uma ramificação do rio Chubut, que banha a cidade. Entrei em uma confeitaria e tomei um chá com torta galesa, uma verdadeira delícia! Abusei e comi 2 pedaços da torta, que se parece com um bolo inglês.
                                 Anúncio da casa de chá - muito longe para ir a pé!

                                  Confeitaria no Centro

Quando saí para jantar, fazia um pouco de frio, mas não havia o vento cortante da região próxima à cordilheira. A temperatura agora é de 12 graus. Verifiquei a previsão do tempo, em Esquel está a  4 graus!

2 comentários:

  1. MUITO BOM, MEU PATRÃO! SÓ PARA SABER. SUA PRETENSÃO CHEGAR ATÉ QUAL LOCAL MAIS AO SUL? PUNTA ARENAS? DAQUI A POUCO ESTARÁ NA ANTARTICA?
    BORA RODAR...

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  2. Este trecho de Esquel a Gaimán já pode ser entendido como retorno. Fui das cordilheiras praticamente ao Atlântico, cruzando a região patagônica de oeste a leste.

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