Às 8:00 h peguei a RN188 com temperatura de 15 ºC, mas o céu
totalmente azul já anunciava o dia ensolarado que viria! O trecho entre Union e
Gral. Alvear, de 165 km, foi de
planícies desérticas, sem árvores, somente gramíneas sobre pedras e areia.
Uma
grande solidão, sem povoados, casas ou qualquer sinal do homem; após cruzar
Gral. Alvear, uma cidade com muitos hotéis e postos de combustível, a estrada
passou a ser a RN143 e paisagem mudou totalmente: havia grandes árvores à beira
da estrada com as copas deformadas devido ao vento constante, ficou bem mais
agradável de percorrer, e assim foi até San Rafael. Começaram também a aparecer
as plantações de uvas.
Começa a aparecer vegetação na estrada
Após San Rafael a estrada passou a ser a RN144, que em seu
início apresentou alguns morros e a subida da Cuesta de los terneros, para em
seguida correr durante mais de 100 quilômetros entre plantações de uvas, com dezenas
de vinícolas às suas margens, mas não havia povoados ou local para abastecer e
comer.
Cuesta de los Terneros
Em El Sosneado a estrada passou a ser a Ruta 40, que é o meu
objetivo nesta viagem. Havia um parador onde comi um sanduíche monstruoso de
presunto cru e queijo, uma delícia! Foi o único ponto de apoio na estrada.
Havia anexo ao bar um posto que não aceitava cartões de crédito, coloquei
apenas 100 pesos (3 litros) de gasolina, o suficiente para chegar a Malargüe.
Continuei naquele deserto até chegar ao meu destino de hoje, após percorrer 440
km. Cheguei a Malargüe e cheguei à RN40. Malargüe é literalmente um oásis na região desértica da província de Mendoza.
Malargüe
Considero vencida a segunda etapa da viagem, que é o trecho
dentro da Argentina entre a fronteira com o Brasil e cidade de Malargüe, onde
iniciarei o percurso da Ruta 40 para o sul.
A cidade é arejada e muito arborizada, com ruas e avenidas
bem largas. Ninguém diz que fica em um deserto! Há canaletas correndo junto à
calçada, como em Mendoza, para irrigar a cidade e as plantações nos arredores,
com água de degelo.
Após conseguir um hotel e dar uma rápida caminhada pela
cidade, já descobri e providenciei diversas coisas: comprei um adaptador de
tomada para carregar a bateria da câmera, comprei frutas maravilhosas em uma
quitanda, troquei (finalmente) alguns dólares por pesos argentinos em uma casa
de câmbio; na farmácia comprei shampoo e pasta de dentes e localizei as
sorveterias, os café e a padaria.
MalargüeQuem diria que isto é um deserto?
Hotel em Malargüe
Vou ficar em Malargüe por 2 noites para descansar do ritmo
intenso e conhecer a cidade e seus arredores. Em seguida, a RN40 será o meu
lar!
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