A temperatura era de 19 graus quando saí de Oberá e entrei
na RN14. O tempo estava fechado, mas não chovia. Havia percorrido 10 km quando penetrei em um denso nevoeiro, que
permaneceu sobre toda a região nos 120 km seguintes. Apesar de andar a uma boa
velocidade, a visibilidade era bem reduzida e não permitia que eu apreciasse a
paisagem, só conseguia ver que estava envolvido por matas. Passei por
Aristóbulo Del Valle e San Vicente.
Nevoeiro na RN14
Nevoeiro
A partir de San Vicente inicia-se a travessia da Serra de
Missiones, a qual, mesmo não vencendo grandes montanhas, apresenta subidas e
descidas e um traçado bastante sinuoso, com curvas e vistas de florestas e
morros, bastante agradável de ser percorrida.
Serra de Missiones
Quilometragem percorrida na RN14, neste momento
Após San Pedro há um pequeno trecho de rípio em bom estado
na RN14, que decidi encarar por dois motivos: era um pequeno trecho e
economizaria muitos quilômetros. Além disso, eu queria percorrer a Ruta 14
integralmente, desde o km 0 até o seu final, em Bernardo de Irigoyen, na
fronteira com o Brasil. Após o rípio fui premiado com um asfalto novo da melhor
qualidade, sem defeitos, até a fronteira com o Brasil, continuando através da
serra de Missiones com traçado sinuoso. Assim, a ruta 14 foi totalmente
dominada!
Trecho da RN14 com rípio
Rípio compactado, em bom estado
Atravessei a fronteira e ingressei no Brasil na cidade de
Dionísio Cerqueira, no extremo oeste de SC, cidade geminada com Barracão. Almocei em Barracão
com calor de 34 graus e segui até Pato Branco através da BR-280, com a pista
totalmente deteriorada. Não havia dúvidas de que eu estava de volta ao Brasil!
De Pato Branco rumei para Guarapuava, através da BR-373, rodovia em estado um
pouco melhor que a BR-280.
Rodando no Paraná - BR-277
Ao chegar na BR-277, que leva a Curitiba e Paranaguá, o asfalto
melhora, apesar de ser uma rodovia de pista simples. Imediatamente fui brindado
com um pedágio de R$6,30 (para moto!) e segui em direção a Guarapuava. Quando
vi o tamanho da cidade, não quis entrar para procurar hotel e segui em frente. Mais
um pedágio (!!!) e mudei de estrada pra a BR-373 em direção a Ponta Grossa,
para tentar conseguir um hotel em Prudentópolis, uma cidade menor. Consegui um
hotel e hospedei-me para passar a noite.
Ponte sobre o rio Iguaçu
A quilometragem do dia de hoje foi de pouco mais de 600 km,
mas considerando que tive que cruzar uma fronteira e andei em Terras Brasilis,
até que não foi mal!
Seja bem vindo ao velho e bom deteriorado Brasil kkkkk
ResponderExcluirBota deteriorado nisso!
ResponderExcluirOtima dica
ResponderExcluirFoi um caminho que eu nunca havia percorrido, mas gostei! Estradas vazias e em bom estado dentro da Argentina. Já no Brasil...sem comentários!
ResponderExcluir