Bastante
frio em Sucre pela manhã. Durante o dia, sob o sol, agradável, porém na sombra, frio! Como ontem, havia uma manifestação pacífica, com
milhares de pessoas, a maioria mulheres, na praça principal da cidade, onde
tudo acontece. Parece que reivindicam algum direito para seus filhos, mas não
consegui saber exatamente o que era. O trânsito fica interrompido na praça e muito
denso e confuso nas ruas próximas.
Um protesto
de caminhoneiros bloqueou todas as estradas que chegam a Sucre, e a cidade está
isolada. Não há venda de passagens para lugar algum, muito menos para Potosi.
Nem hotel em Potosi consegui reservar. Já que estou preso em Sucre, continuei
minhas andanças e a exploração da cidade e seus recantos. Visitei o museu da
Liberdade, que conta a história da Bolívia desde a independência dos espanhóis
até os dias de hoje, passando pelas principais lutas e batalhas ao longo de
mais de 150 anos. Visitei também duas exposições de pintores e artistas locais.
E andei pelas ruas, aumentando meu raio de ação em relação à praça 25 de mayo.
Pátio interno do hotel Cruz de Popayan, onde estou hospedado
Almocei um
menu executivo por apenas 15 Bls (R$ 5,00)! Estou começando a usufruir da
cidade como um habitante local! Caminhei até o parque Bolívar, um local
tranquilo e agradável. No caminho, mais construções imponentes e históricas.
Por qualquer lugar que ande em Sucre vou descobrindo novos prédios e recantos.
Fiquei
sabendo que Aparecido e Gabriela não conseguiram viajar a Potosi devido ao
bloqueio das estradas. Eles estavam com a programação bastante apertada e
hotéis reservados. Que transtorno!
Fui conhecer
o cemitério municipal, uma atração turística! Lindíssimo, muito arborizado e
bem cuidado, mais parece um parque. Caminhei por entre mausoléus e túmulos, o
local é realmente de muita paz, mas eu não quero “morar” em um local como este
tão cedo, mesmo com toda sua paz e beleza!
GE no cemitério
No final da
tarde ainda visitei a galeria de arte contemporânea e o museu antropológico. A
galeria possui bastante quadros, a maioria de artistas locais, e há uma sala
onde praticamente só há pinturas de ex-presidentes bolivianos, contando um
pouco da história da vida de cada um. Interessante, para quem gosta de
história. Já o museu antropológico é bastante rico em peças de barro, possuindo
também algumas armas artesanais usadas pelos antigos habitantes desta região. O destaque é
para uma sala que contém muitos crânios e algumas múmias, inclusive de crianças.
É uma coisa intrigante ver alguém que viveu há muitos séculos em estado ainda
razoável.
O bloqueio
das estradas continua, Sucre está isolada. Aguardarei até amanhã para decidir o
que fazer.
Ok; creio que dia 1* maio terá mais protestos na BO toda, eu já disse pro meu companheiro que na BO é assim, por isso estamos indo preparados com barracas e cozinha nas motos; rapaz mas que diferença do câmbio do dólar em relação ao real eim; o pior é que aqui eu não consigo dólar...; Linda essa cidade eim; vou dar uma passeada aí tbm; abço.
ResponderExcluirEstá complicado, o bloqueio continua e Sucre está isolada. Vou aguardar até amanhã para tomar alguma decisão.
ResponderExcluirÉ sempre vantagem utilizar dólares, pois o real costuma ser desvalorizado no câmbio,
Se em alguma cidade (Porto Velho, talvez) houver um Citibank, eles vendem dólares mesmo para não correntistas, e a taxa costuma ser honesta.