Saí de Uyuni
às 8:00 h em direção ao aeroporto da cidade com temperatura de 8 ºC. Após fazer
o check in, passa-se por uma revista com abertura de toda a bagagem, pois não
há raios X neste aeroporto. Quem era o agente que revistava as bagagens? O
mesmo garçon que me serviu ontem e anteontem no restaurante onde saboreei
ótimas pizzas!! Anteontem não deixei gorjeta, mas ontem dei-lhe 10 Bls e disse
que a pizza estava muito boa. Não é que no aeroporto, ao revistar minhas
bagagens, ele perguntou se a pizza estava boa mesmo!! Ele não abriu minha
mochila nem a mala de mão e mandou-me seguir em frente!
Quando o
avião chegou, era um velho Fokker bimotor que eu não via há tempos. Era como um
cú: feio por fora e apertado por dentro! Fez muito esforço para decolar, mas
foi um bom vôo, levou 1:20 h até La Paz. O avião voava a baixa altitude, aliás,
voava a uma altitude normal, cerca de 4.500 a 5.000 m, o problema é que decolou de um
local (Uyuni) que já está a 3.650 m. O avião não tinha banheiros nem porta
separando os pilotos dos passageiros. As poltronas não reclinavam e havia
algumas com a almofada solta. Não foi feito nem o briefing de segurança.
O avião que fez o trecho Uyuni - La Paz
Aterrissamos
em La Paz no aeroporto militar, tive que pegar uma van até o aeroporto
internacional, de onde sairia o vôo seguinte, para Santa Cruz. No aeroporto de
La Paz fiquei sabendo que o bloqueio das estradas continua, ou seja, se estivesse
parado esperando algo acontecer, ainda estaria em Sucre! Como diz o ditado, cobra que não se vira, não engole sapo!
O vôo
seguinte, foi feito em um avião com mais de 40 anos de idade, o Boeing 727, que
riscou os céus do Brasil por muito tempo através da Varig e da Transbrasil,
ambas empresas já finadas. Este avião foi aposentado para linhas comerciais no
Brasil há cerca de 30 anos. Pousamos em Cochabamba, o que é sempre emocionante,
pois há montanhas por todos os lados. Apesar da idade, é um avião estável e
extremamente silencioso em seu interior, devido à localização das turbinas,
junto à cauda.
Mais um
trecho de vôo e chegamos a Santa Cruz de la Sierra, porém o avião não pousou no
aeroporto internacional de Viru Viru, e sim no aeroporto El Trompillo, o antigo
aeroporto da cidade.
Como sou um
pouco saudosista, me agrada a maneira de viajar de avião na Bolívia: embarca-se
e desembarca-se atravessando a pé pela pista até o avião, utiliza-se as duas
portas do mesmo e sobe-se e desce-se pela escada, o que considero um charme, me
lembra Casablanca. Em nenhum aeroporto havia “finger”. Gostei, que continue
assim por muito tempo!
Em Santa
Cruz (El Trompillo) tomei um taxi e, mesmo sem reserva, fui direto para o hotel
onde ficara na ida, que tanto me agradou.
Havia apartamentos livres, e, assim, hospedei-me novamente no Premium Suites
Apart Hotel, um hotel excelente, com sala, quarto ,cozinha e banheiro, tudo
muito novo e de bom gosto, em um bairro nobre.
No hotel em Santa Cruz
No hotel em Santa Cruz
Santa Cruz é tão diferente das demais cidades por onde andei, todas no altiplano, que parece que cheguei a outro país. Carros modernos e luxuosos enchendo as ruas, casas modernas, construções novas, avenidas largas e os costumes do povo, que em nada se assemelham aos costumes e tradições daqueles que vivem nos altiplanos. Nem é preciso dizer que o relevo e a topografia são totalmente diversos. Eu sempre digo que não é uma cidade representativa da Bolívia. Quem só a conhece, jamais pode dizer que conhece a Bolívia.
O jantar foi a refeição mais cara de toda a viagem, e só pedi uma pizza, uma taça de vinho e uma água mineral sem gás.
Se tudo continuar dando certo, amanhã jantarei em casa!
Ótima viagem!
ResponderExcluirFoi muito agradável acompanhar por aqui, pena que não pude ir junto.
Grande abraço, e boa volta!
Foi pena mesmo, você iria gostar muito. Foi uma viagem muito legal e marcante, por tudo o que vi e vivi.
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