domingo, 9 de dezembro de 2012

Retornando - 2º dia


O dia de hoje foi especialmente cansativo.
Entre Cáceres e Cuiabá a viagem foi tranqüila, com a estrada vazia. É o melhor trecho da viagem, tirando a serra da Mantiqueira entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Possui matas às suas margens, bastante verde e até uma serra, a do Mangaval.
                                             Trecho entre Cáceres e Cuiabá  

Em Cuiabá começou o inferno. Devido à sinalização deficiente, acabei entrando em Várzea Grande e Cuiabá, rodando por dentro de Cuiabá por 32 km até conseguir encontrar a saída para a estrada! Isso na capital do calor, a 38 ºC, e eu estava de botas, luvas, casaco e capacete fechado. Retornei à estrada e aí vi que havia conhecido somente o purgatório, pois o inferno estava por vir. A estrada estava totalmente tomada por caminhões, que formavam uma fila indiana interminável. Nos primeiros 60 km, a velocidade não ultrapassava os 40 km/h, chegando o trânsito a parar totalmente por diversas vezes nos 2 sentidos, sem falar nos inúmeros quebra-molas, pardais e postos da PRF com obstáculos que pioram a situação. Após 60 km, há um pequeno trecho duplicado onde as coisas melhoram, para voltar a piorar em seguida. Somente depois de 110 km após Cuiabá consegui colocar 110 km/h na moto, mas nunca por mais do que 3 minutos, pois o volume de caminhões era absurdo, e olhe que hoje é um domingo! Imagine amanhã! Imagine na copa!
Entre Cuiabá e Rondonópolis há outra serra, bastante perigosa, mas que apresenta um belo visual das chapadas ao redor.
Ponte em Cuiabá




Serra entre Cuiabá e Rondonópolis
                                          

Logo após Jaciara houve um acidente em que uma carreta-prancha ficou atravessada na pista, interrompendo o trânsito nos dois sentidos. Entrei por uma pequena vila e por uma estrada de terra para me livrar do congestionamento de 8 km.
A partir de Rondonópolis, o volume de caminhões diminui bastante, pois a maioria segue em direção a Campo Grande e São Paulo, para atingir os portos de Santos e Paranaguá. O asfalto, em condições ruins, não ajuda muito, pois além de alguns buracos, há muitas imperfeições na pista que a tornam muito perigosa para motos (trilhos de rodas profundos, desplacamentos e exsudações). Os acostamentos são pequenos ou inexistentes, e quando existem, estão desnivelados em relação à estrada em mais de 10 cm, chegando a mais de 20 cm em alguns trechos.
Ao entrar no estado de Goiás as condições do asfalto melhoram sensivelmente, e deu para andar mais rápido, mas um novo acidente, com o tombamento de uma carreta transportando caroços de algodão fechou as duas pistas;  desta vez fui pelo acostamento até o local do acidente, e quando liberaram a estrada, andei 60 km sozinho, sem qualquer carro à frente, devido ao represamento.
                                           Acidente com tombamento de carreta     

                                           Tempestade (chuva) ao longe, na estrada

Para fechar bem o dia, o pôr do sol no planalto foi um belo espetáculo!
Cheguei ao acesso a Mineiros e resolvi entrar na cidade, já eram 20:30 h e eu estava bastante cansado de tanto andar no meio dos caminhões e com o asfalto ruim. Custei  a conseguir um hotel, e acabei hospedando-me em uma espelunca, mas ao menos tem ar condicionado!
Tomei um banho frio bem longo e saí para lanchar.

                                                Hotel em Mineiros

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