9 de janeiro de 2020 – Quinta-feira
Bem, como desta vez eu passei muito mal no destino final e
não houve ânimo sequer para rever coisas já vistas, é chegada a hora de juntar
a tralha, carregar a moto e meter o pé na estrada de volta para casa. Thiago e
Natália seguem para Colomia del Sacramento, mas nem cogitei ir com eles, aliás,
nem sei se apreciariam a minha presença! Além do mais, as pessoas têm ritmos e
interesses próprios, e eu poderia atrapalhar. E pesou muito o fato de eu não
estar bem ainda.
Elegi a volta por Jaguarão (Ruta 8), o mesmo caminho da ida.
Saí do hotel às 8 h, mas levei 50 min para atravessar a cidade e ingressar na
rodovia. Montevidéu é uma cidade muito grande, anda-se praticamente 30 km em
ruas e avenidas, com trânsito, ônibus e semáforos até chegar ao ponto onde a viagem
realmente se inicia, a Ruta 8.
Uma vez na estrada, até Minas foi tudo bem, o mormaço
filtrava o sol e deixava a temperatura agradável para viajar.
No abastecimento em Minas, começou a chuviscar, e a chuva
foi aumentando até se transformar em uma tormenta, com ventos fortíssimos de
dar medo, muita chuva e raios caindo ao redor, tudo isso com um céu negro e a
paisagem branca, embotada pela chuvarada que caía.
Ruta 8 - estrada tranquila
Parada para colocar a capa quando a chuva começou a aumentar
A próxima parada foi em Treinta Y Tres, 160 km adiante, onde
cheguei encharcado, tamanha a intensidade da chuva. Até que a capa de chuva fez
o seu papel, mas as botas, luvas e o interior do capacete pingavam água.
A chuva não cedeu, e prossegui com os pés imersos em água e
as mãos geladas até a fronteira, onde rapidamente fiz os trâmites burocráticos.
Em seguida, ainda sob chuva, fui ao shopping para “destrocar” os pesos
uruguaios que sobraram, e daí rumei para a ponte internacional Mauá e ingressei
no Brasil em Jaguarão. Inexplicavelmente, após a ponte não chovia!
Abasteci mais uma vez e almocei em Jaguarão. Não sei se devo
chamar de almoço, foi quase uma comida para pássaros: a comida no prato pesou
95 g!
Almoço em Jaguarão
Sem chuva, segui pela BR-116. Depois de 150 km passei por
Pelotas e continuei, queria adiantar enquanto era dia claro e eu tinha
disposição, apesar dos pés molhados estarem incomodando!
Acabei parando no Hotel Coqueiro, onde já pernoitei em
viagem anterior. O hotel fica na altura de Cristal, à margem da BR-116, tem restaurante
e lanchonete anexos, é bem limpo e barato. Este é o local!
Hotel Coqueiro, na BR 116: bom, limpo e barato.
Soube que o Thiago e Nat estão em Colonia sob sol! Sorte deles,
o dia de hoje foi bastante influenciado pela chuva e vento. Não fossem os pés e
as mãos molhadas, tudo teria sido mais prazeroso, se bem que não devo reclamar,
foi uma viagem sem imprevistos e nada errado aconteceu. Agradeço aos céus e aos
meus eternos anjos protetores!
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