Acabei saindo do hotel em Pelotas às 8:15 h, após rearrumar a bagagem e fixá-la a moto. A chuva se iniciou no exato momento em que sentei na moto para pegar a estrada. Choveu muito, em nenhum instante houve um trégua; em determinados trechos da estrada o volume diminuía, para em seguida chover forte novamente, entretanto em momento algum parou. Os caminhões levantavam muita névoa, e como a pista é simples, as ultrapassagens exigiam bastante cuidado.
Pronto para partir do hotel em Pelotas
Venci os 260 km que me separavam de Porto Alegre e entrei na capital, para novamente almoçar com meus tios. Muita conversa e pouco mais de 2 horas depois eu sentava na moto e rumava para a estrada, com a chuva mais fraca. Era minha intenção voltar pela BR-116 para não repetir o caminho da ida, mas a chuva aumentou e lembrei que a BR 116 é de pista simples e sinuosa, então peguei a free way para chegar à BR-101 em Osório. A BR-101 tem traçado mais reto e está totalmente duplicada, o que aumenta a segurança. Na free way a chuva veio com vontade, acompanhada de forte cerração, reduzindo a visibilidade a pouco mais de 30 metros à frente. Como são 3 pistas em cada sentido, deu para andar bem.
Muita chuva, visibilidade reduzida
Ao chegar em Osório a chuva aumentou ainda mais, acompanhada de vento forte e formando poças na estrada, deixando a visibilidade reduzidíssima. Para piorar, o capacete embaçava quando eu diminuía a velocidade, tive que parar 2 vezes para limpar. Nas ultrapassagens, eu abria a viseira para poder enxergar!
Passei por Torres às 17:30 h, ainda estava cedo, mas eu não aguentava mais chuva e nem cogitava esperar escurecer naquelas condições de visibilidade.
Consegui um hotel às margens da estrada e me hospedei, tudo o que queria era tirar a roupa molhada e tomar um banho quente.
O "estrago" foi grande: tudo estava molhado, botas, luvas, casaco, calça, o forro do capacete e até a camisa sob o casaco e a capa de chuva. Também, pudera, foram 9 horas ininterruptas de muita chuva!
A bagagem não molhou, então pude colocar roupas secas e limpas. Difícil vai ser encarar mais 2 dias de estrada com roupa molhada! As luvas pingam água e as meias ficaram encharcadas. A chuva não foi mole! Paciência, isso faz parte da vida do motociclista aventureiro!
As luvas encharcadas, pingando água!
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