quinta-feira, 14 de abril de 2016

Uruguai 2016 - 12º dia - De volta ao ponto de partida!

Muita neblina pela manhã no Vale do Ribeira. Às 8:00 h estava saindo do hotel, mas tive pequena dificuldade para conseguir acessar a estrada (Régis Bittencourt) em direção a São Paulo.
A subida da serra do cafezal  foi um horror, a estrada está muito pior do que a encontrei há um ano, quando também voltava de Montevidéu. Asfalto completamente detonado, imperfeições durante toda a extensão, um volume de caminhões absurdo e ainda uma pista de subida fechada em um trecho, o que provocou um congestionamento horroroso na subida. Estava difícil até passar de moto! As terríveis fendas longitudinais, que no passado engoliram muitas motos, estão voltando a aparecer, é uma ameaça muito perigosa, pois se a roda entrar em uma fenda, é tombo certo em meio aos caminhões. Enquanto isso, as obras de duplicação continuam, mas nunca acabam!
Vencida a subida da serra, continuei em direção a São Paulo. Dei uma parada no acostamento e liguei para o Fernando Leal, companheiro da viagem de moto a Machu Pichu,  aos EUA (rota 66) e alguns passeios menores. Fiz um pequeno desvio entrando em Taboão da Serra para visitá-lo.
                                 Fernando e eu, em Taboão da Serra

Conversamos um pouco e retornei à estrada. Ele tinha compromisso e eu queria chegar ao destino ainda hoje. Foi uma boa parada, é sempre bom rever amigos.
Fui pelo rodoanel até a Bandeirantes, para evitar a marginal do Pinheiros e parte da marginal do Tietê. Havia um congestionamento nos últimos 3 km da Bandeirantes antes de acessar a marginal do Tietê. Como estava sem as malas laterais, pude seguir pelo corredor. Na marginal, outra encrenca: trânsito lento e intenso, e as motos não podem circular na pista expressa. Com calor, rodei os 20 km pela pista lateral, disputando espaço com caminhões, carros e motoboys. Pelo fato de não poder circular na faixa central, caí na pista lateral da Dutra, que tinha 25 km de congestionamento, obrigando-me, mais uma vez, a circular nos corredores formados entre os carros, coisa perigosa.
Quando pude acessar a pista central deu para andar melhor, mas a estrada estava sobrecarregada de veículos. E assim foi até Barra Mansa, onde entrei na RJ-155, que me levou até Rio Claro, onde cheguei às 17:30 h.  Eu precisava de um banho urgente, o calor na estrada foi grande, o termômetro da moto acusava 34,5 graus na Dutra.
                                                          Via Dutra, altura de Jacareí

Retirei toda a bagagem da moto e coloquei a roupa suja para lavar. Amanhã a moto será lavada e deixada pronta para a próxima aventura.
Foi uma viagem muito boa e muito tranquila, sem qualquer incidente, e a moto foi sensacional, quer na chuva, no calor ou nos congestionamentos. Não houve sequer um parafuso afrouxado ou uma lâmpada queimada. Tudo foi perfeito, tudo deu certo, nos mínimos detalhes!
Foi uma decisão acertada não levar as malas laterais, em diversas ocasiões pude passar em espaços apertados, o que muito me ajudou e evitou a perda de muitas horas em congestionamentos, nas estradas e nas cidades grandes, como Montevidéu, Porto Alegre e São Paulo. Eu teria levado mais de 3 horas para subir a serra do cafezal se não tivesse conseguido passar em diversos locais onde só passavam pedestres, e teria levado mais de 2 horas para percorrer os 20 km na marginal Tietê entre a Bandeirantes e a Dutra. De moto levei 55 minutos!
Fiz novos amigos, visitei meus tios e conheci coisas novas, como o parque Carlos Botelho.
Que eu possa fazer muitas viagens como esta no futuro!
Até a próxima!

Obs.:New York me aguarda em maio!

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