Muita neblina pela manhã no Vale do Ribeira. Às 8:00 h
estava saindo do hotel, mas tive pequena dificuldade para conseguir acessar a
estrada (Régis Bittencourt) em direção a São Paulo.
A subida da serra do cafezal foi um horror, a estrada está muito pior do
que a encontrei há um ano, quando também voltava de Montevidéu. Asfalto
completamente detonado, imperfeições durante toda a extensão, um volume de
caminhões absurdo e ainda uma pista de subida fechada em um trecho, o que
provocou um congestionamento horroroso na subida. Estava difícil até passar de
moto! As terríveis fendas longitudinais, que no passado engoliram muitas motos,
estão voltando a aparecer, é uma ameaça muito perigosa, pois se a roda entrar
em uma fenda, é tombo certo em meio aos caminhões. Enquanto isso, as obras de
duplicação continuam, mas nunca acabam!
Vencida a subida da serra, continuei em direção a São Paulo.
Dei uma parada no acostamento e liguei para o Fernando Leal, companheiro da
viagem de moto a Machu Pichu, aos EUA (rota
66) e alguns passeios menores. Fiz um pequeno desvio entrando em Taboão da
Serra para visitá-lo.
Fernando e eu, em Taboão da Serra
Conversamos um pouco e retornei à estrada. Ele tinha
compromisso e eu queria chegar ao destino ainda hoje. Foi uma boa parada, é
sempre bom rever amigos.
Fui pelo rodoanel até a Bandeirantes, para evitar a marginal
do Pinheiros e parte da marginal do Tietê. Havia um congestionamento nos
últimos 3 km da Bandeirantes antes de acessar a marginal do Tietê. Como estava
sem as malas laterais, pude seguir pelo corredor. Na marginal, outra encrenca:
trânsito lento e intenso, e as motos não podem circular na pista expressa. Com
calor, rodei os 20 km pela pista lateral, disputando espaço com caminhões,
carros e motoboys. Pelo fato de não poder circular na faixa central, caí na
pista lateral da Dutra, que tinha 25 km de congestionamento, obrigando-me, mais
uma vez, a circular nos corredores formados entre os carros, coisa perigosa.
Quando pude acessar a pista central deu para andar melhor,
mas a estrada estava sobrecarregada de veículos. E assim foi até Barra Mansa,
onde entrei na RJ-155, que me levou até Rio Claro, onde cheguei às 17:30
h. Eu precisava de um banho urgente, o
calor na estrada foi grande, o termômetro da moto acusava 34,5 graus na Dutra.
Via Dutra, altura de Jacareí
Retirei toda a bagagem da moto e coloquei a roupa suja para
lavar. Amanhã a moto será lavada e deixada pronta para a próxima aventura.
Foi uma viagem muito boa e muito tranquila, sem qualquer incidente, e a moto foi sensacional, quer na chuva, no calor ou nos
congestionamentos. Não houve sequer um parafuso afrouxado ou uma lâmpada
queimada. Tudo foi perfeito, tudo deu certo, nos mínimos detalhes!
Foi uma decisão acertada não levar as malas laterais, em
diversas ocasiões pude passar em espaços apertados, o que muito me ajudou e
evitou a perda de muitas horas em congestionamentos, nas estradas e nas cidades
grandes, como Montevidéu, Porto Alegre e São Paulo. Eu teria levado mais de 3
horas para subir a serra do cafezal se não tivesse conseguido passar em
diversos locais onde só passavam pedestres, e teria levado mais de 2 horas para
percorrer os 20 km na marginal Tietê entre a Bandeirantes e a Dutra. De moto
levei 55 minutos!
Fiz novos amigos, visitei meus tios e conheci coisas novas,
como o parque Carlos Botelho.
Que eu possa fazer muitas viagens como esta no futuro!
Até a próxima!
Obs.:New York me aguarda em maio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário