Eu não tinha pressa, mas, ainda assim, saí da pousada em
Guaratinguetá às 7:30 h.
A Dutra estava vazia, afinal é um domingo cedo. Fiz apenas
uma parada para abastecer, aproveitando o preço significativamente mais baixo
da gasolina no estado de São Paulo; às
9:30 h cheguei à casa, em Rio Claro. Foi uma ótima viagem: calma, segura e com
a estrada vazia , um verdadeiro passeio!
Descarreguei a moto e separei as roupas sujas, colocando-as para
lavar; separei as coisas que ficarão no sítio e as que levarei para o Rio;
lavei a moto, o baú e as malas laterais; cuidei de diversas coisas da casa.
Chegada em Rio Claro - recebido e saudado pelos cães!
A quilometragem total da viagem foi de 8550 km rodados com a
moto, que devem somados a 260 km percorridos
de carro no percurso Rio – Rio Claro – Rio, perfazendo um total de 8.810
km. A estimativa inicial era de algo entre 11 mil e 12 mil km, mas nossa volta
antecipada a partir de Bariloche abreviou a distância que seria percorrida caso
entrássemos no Chile em Futaleufú e retornássemos à Argentina pelo passo Cristo
Redentor.
Conclusão
Para mim, foi uma viagem que nada acrescentou em relação ao
que eu já conhecia e aos locais por onde passei. Não conheci nenhuma cidade
nova ou interessante, não andei por estradas desconhecidas nem explorei
recantos e locais especiais pelo caminho. Tudo previsível, com sabor de Dejá
vu! A parte que para mim seria de descobertas e deslumbramento com as paisagens
da Carretera Austral não aconteceu, e o retorno com data marcada para chegar em
Porto Alegre e com quilometragem limitada a percorrer transformou-se apenas em
deslocamentos cansativos. O que comentávamos no final do dia de viagem eram as
distâncias percorridas e não os locais por onde passamos. De qualquer forma,
como gosto de viajar de moto, foi uma oportunidade de passar 18 dias na estrada
sobre 2 rodas!
O tempo esteve bom na quase totalidade da viagem, inclusive
isso nos ajudou muito no retorno corrido, pois com chuva teria sido muito mais
penoso.
Tentei mostrar aos companheiros (Ricardo, Vilson e Espin)
que existem coisas e locais interessantes fora do eixo turístico tradicional, fazendo
caminhos alternativos ou diferentes, mas acho que não fui bem compreendido,
fiquei com a impressão de que muitas vezes eu os incomodava com minhas rotas e
minha mania de querer conhecer algo além dos destinos que todos conhecem. No
final, me deixei levar pela vontade da maioria e fiz uma viagem de volta
corrida, sem qualquer atrativo, apesar das estradas boas e dos nossos jantares
regados a vinhos argentinos!
Agradeço ao Ricardo e ao Vilson pelo companheirismo e por
terem me aturado por tanto tempo! Lamento também o retorno precoce e repentino
do Espin por sua vontade própria. Nunca saberemos, mas pode ser que tenhamos
perdido uma boa companhia!
Até a próxima!
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