domingo, 27 de outubro de 2019

Patagônia 2019 - Dia 18 - Guaratinguetá a Rio Claro


Eu não tinha pressa, mas, ainda assim, saí da pousada em Guaratinguetá às 7:30 h.
A Dutra estava vazia, afinal é um domingo cedo. Fiz apenas uma parada para abastecer, aproveitando o preço significativamente mais baixo da gasolina no estado de São Paulo;  às 9:30 h cheguei à casa, em Rio Claro. Foi uma ótima viagem: calma, segura e com a estrada vazia , um verdadeiro passeio!
Descarreguei a moto e separei as roupas sujas, colocando-as para lavar; separei as coisas que ficarão no sítio e as que levarei para o Rio; lavei a moto, o baú e as malas laterais; cuidei de diversas coisas da casa.
                                Chegada em Rio Claro - recebido e saudado pelos cães!

A quilometragem total da viagem foi de 8550 km rodados com a moto, que devem somados a 260 km percorridos  de carro no percurso Rio – Rio Claro – Rio, perfazendo um total de 8.810 km. A estimativa inicial era de algo entre 11 mil e 12 mil km, mas nossa volta antecipada a partir de Bariloche abreviou a distância que seria percorrida caso entrássemos no Chile em Futaleufú e retornássemos à Argentina pelo passo Cristo Redentor.
Conclusão
Para mim, foi uma viagem que nada acrescentou em relação ao que eu já conhecia e aos locais por onde passei. Não conheci nenhuma cidade nova ou interessante, não andei por estradas desconhecidas nem explorei recantos e locais especiais pelo caminho. Tudo previsível, com sabor de Dejá vu! A parte que para mim seria de descobertas e deslumbramento com as paisagens da Carretera Austral não aconteceu, e o retorno com data marcada para chegar em Porto Alegre e com quilometragem limitada a percorrer transformou-se apenas em deslocamentos cansativos. O que comentávamos no final do dia de viagem eram as distâncias percorridas e não os locais por onde passamos. De qualquer forma, como gosto de viajar de moto, foi uma oportunidade de passar 18 dias na estrada sobre 2 rodas!
O tempo esteve bom na quase totalidade da viagem, inclusive isso nos ajudou muito no retorno corrido, pois com chuva teria sido muito mais penoso.
Tentei mostrar aos companheiros (Ricardo, Vilson e Espin) que existem coisas e locais interessantes fora do eixo turístico tradicional, fazendo caminhos alternativos ou diferentes, mas acho que não fui bem compreendido, fiquei com a impressão de que muitas vezes eu os incomodava com minhas rotas e minha mania de querer conhecer algo além dos destinos que todos conhecem. No final, me deixei levar pela vontade da maioria e fiz uma viagem de volta corrida, sem qualquer atrativo, apesar das estradas boas e dos nossos jantares regados a vinhos argentinos!
Agradeço ao Ricardo e ao Vilson pelo companheirismo e por terem me aturado por tanto tempo! Lamento também o retorno precoce e repentino do Espin por sua vontade própria. Nunca saberemos, mas pode ser que tenhamos perdido uma boa companhia!
Até a próxima!

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