sábado, 26 de outubro de 2019

Patagônia 2019 - Dia 17 - Itajaí (SC) a Guaratinguetá (SP)


A diária do motel expirava às 6:30 h, então tivemos que deixar os quartos cedo. Já saímos de Itajaí com chuva, que mais tarde diminuiu e parou. Tomamos café em um posto de gasolina na própria BR-101 e tocamos em frente, com pistas molhadas.
Na subida da serra entre Joinville e Curitiba, a chuva voltou forte e nos acompanhou por toda a serra. Só fomos parar no posto Túlio, já na Régis Bittencourt, após contornar Cutitiba.
                                  Posto Túlio, na Régis Bittencourt
A parada seguinte foi no Graal Petropen, pouco antes de Registro, para abastecer e almoçar. Não foi possível almoçar: quando chegamos, chegaram também 4 ônibus, despejando mais de 160 pessoas, que formaram uma fila enorme para servir-se de comida, que é do tipo buffet. Comemos sanduíches apenas. Recebi a notícia de que eu havia ganho mais uma neta, a Anna, acabara de nascer! Fiquei feliz e emocionado com a notícia.
                                 Graal Petropen, em Registro

Despedimo-nos, eu, Ricardo e Vilson, no estacionamento do Graal. Seguimos juntos por mais 50 km, quando eles ingressaram na SP-55 que leva a Santos, e eu continuei na Régis Bittencourt, que leva a São Paulo. Subi a serra do Cafezal, abasteci novamente e entrei no Rodoanel para contornar São Paulo.
No pedágio do Rodoanel que dá acesso à rodovia Carvalho Pinto, havia um carro da PM de São Paulo parado cheio de carros de luxo em volta, com os policiais e as pessoas conversando, até achei que pudesse ter ocorrido um acidente. Quando passei pelo pedágio, um policial me mandou parar. Perguntou-me se eu estava nervoso e respondi que não. Me fez várias perguntas, inclusive onde eu morava no Rio, por que viajava sozinho e coisas assim. Pediu meus documentos e os da moto e os analisou com detalhes, mas nada havia errado, tudo estava OK, é como gosto de andar. Perguntou-me se eu havia ingerido bebida alcoolica e respondi que não; perguntou novamente, “tem certeza ?” e respondi que sim, tinha certeza. Segurando meus documentos, falou “me acompanhe”, e me levou até a viatura, de onde retirou um bafômetro e me mandou soprar, quando eu disse que se o aparelho marcasse algo estaria com defeito, pois eu não bebera. Soprei e deu ZERO. Não satisfeito, o policial pegou outro bico descartável e me mandou soprar de novo. ZERO novamente! Devolveu-me os documentos, e, como nada havia de errado para que pudesse me extorquir, liberou-me para seguir viagem. A coisa interessante é que ele só parava carros de alto valor: Fusion, Hilux, Corolla, Toro, Pajero... a única moto que foi parada foi a minha, que é uma 1200 cm3. Os motoboys de 125 e 250 cm3 passavam direto, nenhum foi parado. Carros populares ou simples, idem. Tirem suas próprias conclusões!
Bem, após esse pit stop forçado, entrei na Carvalho Pinto e o tempo firmou, até apareceu o sol! Quando abasteci no Graal Market da Carvalho Pinto, achei que deveria rodar para aproveitar ao máximo a claridade, e foi o que fiz.
Cheguei à Dutra em Taubaté com os últimos raios de sol, gosto muito de vivenciar os fins de tarde na estrada, me dão uma sensação muito boa de paz e harmonia. Escureceu e segui em frente até Guaratinguetá, onde cheguei às 19:10 h após rodar 820 km no dia de hoje;  hospedei-me em uma pousada simples onde sempre fico. Viajar no escuro não estava bom, além de ser muito perigoso para motos.
Saí para jantar em um restaurante de caminhoneiros e quando voltei havia acontecido um acidente com capotamento em frente à pousada, mas sem vítimas fatais, graças a Deus: um carro bateu em uma carretinha rebocada por uma caminhonete da CCR e perdeu a direção, capotando em seguida. Viajar à noite é perigoso...

E assim, encerrei o dia de hoje, com uma grande quilometragem rodada, uma viagem tranquila e a notícia do nascimento de mais uma neta! Que ela venha para ajudar a melhorar o mundo!




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