Como o hotel não tinha café da manhã, saímos às 7 h e fomos para
o posto mais próximo na rodovia para tomar um café com leite e 2 medias-lunas
cada. Estava bem frio, 10 graus.
Após o café pegamos a estrada. Passamos por Nogoyá e
atravessamos um grande alagadiço com muitos braços de rio formados pelo delta do
rio Paraná, uma região muito bonita, com muitas pontes e uma estrada com 60 quilômetros
de extensão atravessando o que poderia ser chamado de pântano. O vento
fortíssimo (calculo mais de 80 km/h) e o frio de 10,5 graus impediram qualquer
parada para registrar em fotos a beleza do lugar.
Ricardo e Vilson sumiram na frente e Espin e eu ficamos para
trás. Em um momento ultrapassei o Espin e
segui lutando contra o vento por 60 km até chegar à ponte onde há uma estação
de pedágio. Aguardei o Espin, que não tinha dinheiro argentino, para pagar o
seu pedágio. Ele demorou mas apareceu, bastante transtornado pelo forte vento
lateral que havia enfrentado naquele trecho.
Como supúnhamos que Ricardo e Vilson estavam na nossa
frente, continuamos em nossa rota. Na circunvalação de Rosário, um trecho
complicado e com muito trânsito, o Espin anunciou-me que desistiria da viagem e
retornaria a partir dali. Não consegui convencê-lo a continuar conosco.
Despedimo-nos e eu segui em frente pela circunvalação. Ele apenas falou que
dormiria por ali e amanhã iniciaria o retorno ao Brasil.
Sem comunicação com Ricardo e Vilson, parei em um posto e
enviei-lhes uma mensagem relatando a desistência do Espin e informei a rota que
eu seguiria. Fui pela RN-33 até Firmat, onde, em um posto deixei mensagem para
eles e ouvi a mensagem que me deixaram. Segui em velocidade reduzida para que
me alcançassem, pois estavam atrás de mim. Mais adiante, ainda na RN-33, parei
em um outro posto entre Venado Tuerto e Rufino e os aguardei, até que,
finalmente, nos reencontramos. Ninguém entendeu a atitude e a decisão do Espin.
Na praça de pedágio, onde esperei e reencontrei o Espin
And then there were three...
Seguimos até Gral. Villegas, onde nos hospedamos em um hotel
muito bom, em 3 quartos individuais. Todos tomamos um bom banho quente, pois o
frio de hoje na estrada castigou, estava em nossos ossos!
Saímos para jantar um churrasco delicioso em um restaurante
em frente ao hotel. Tomamos vinho e cervejas, estávamos merecendo! Até o
momento, não conseguimos aceitar e entender a atitude do Espin, mas seguiremos
nossa viagem conforme planejada. Temos que admitir que a ausência do Espin
preencheu uma lacuna!
Ótimo jantar em Gral. Villegas
Pouco mais de 500 km hoje, com todos os reveses e
dificuldades pelas quais passamos. E vamos em frente!
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