Antes de sair, costumo fazer um pequeno check da moto. Lubrifiquei a corrente e ao conferir o nível do óleo, vi que a vareta não estava nem molhando! Segui sem exigir muito do motor em direção a Londrina. O primeiro posto que possuía óleo para vender, estava a 60 km de distância. Completei o nível e segui viagem.
Entre Cornélio Procópio e Londrina a estrada estava vazia, uma beleza para andar. Nem corri, pois não havia necessidade. Atravessar o perímetro urbano de Londrina é um saco: velocidade controlada, quebra molas e muitos sinais. Leva-se quase meia hora.
Entre Londrina e Maringá, a estrada também não estava cheia, uma delícia. Em Maringá a sinalização é deficiente, se eu não conhecesse o contorno sul, teria atravessado a cidade, o que já ocorreu na viagem a Atacama. Perde-se no mínimo 45 minutos. O contorno tem 12 km de asfalto ruim, mas compensa.
Uns 30 km após Maringá, desabou uma chuva como eu nunca houvera visto. Primeiro, pingos grossos e volumosos, depois veio um vento fortíssimo e chegou até a cair um pouco de granizo. A chuva era tal que o dia fez-se noite e os pingos machucavam onde batiam, devido à velocidade. Não costumo ter medo de chuvas ou tempestades, mas tive que parar onde achei um posto como abrigo. A visibilidade era próxima de zero, parecia um dilúvio. Até os caminhões estavam parando.
Quando o vento passou, segui viagem sob o temporal, que me acompanhou até Foz do Iguaçu, foram mais de 6 horas de chuva impiedosa. Meu nariz escorria direto, e o resfriado piorou, mas eu não poderia ficar parado, tinha que seguir.
Felizmente, ao chegar em Foz do Iguaçu, já às 18:30 h, a chuva deu uma trégua. Hospedei-me em um hotel meia-boca por R$60,00, mas como é só para dormir, não me importo.
Minhas roupas estão molhadas, até a máquina fotográfica, dentro do próprio case e dentro do alforje, estava molhada. Tomara que não estrague!
Minha intenção é amanhã pela manhã ingressar na Argentina, mas agora não consigo pensar com clareza o que farei. Quando chegar a hora, decidirei.
Apesar de toda a chuva, consegui andar a uma velocidade razoável, em alguns trechos mais retos mantive 110 km/h, normalmente fui entre 90 e 100 km/h.
No hotel conheci 2 motoqueiros do motoclube Renegados, de Praia Grande/Santos, estavam voltando do Uruguai. Deram-me um adesivo.
Boas estradas para você, Guilherme!
ResponderExcluirCristina
Obrigado, Cristina! Está um pouco mais difícil do que imginei!
ExcluirGrande Guilherme
ResponderExcluirQue chuvona Heimm
Essa chuva veio pra abençoar esta bela viagem. É Deus purificando mais esta experiência. Mas não precisava ser tanta água né !!!1
Sentado no meu canto, vou contigo percorrendo mundo a fora.
Um grande abraço e vamos viajando.
Não precisava tanto. Acho que choveu pelo mês todo em 1 dia!
ExcluirE vamos viajando!
Obrigado, Cristina! Está um pouco mais difícil do que imaginei!
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