Finalmente chegou o dia!
Não dormi bem à noite, com mal estar generalizado e muita dor de garganta, mas imaginem se eu desistiria ou adiaria a viagem!
Após tomar café na padaria em Rio Claro (onde pernoitei), saí às 7:30 h, com neblina e um pouquinho de frio.
Após a deliciosa RJ 155 até Barra Mansa, cheguei à Dutra e segui viagem, no ritmo que a Falcon permite. A Dutra estava muito tranquila, com pequeno volume de veículos, assim como a Carvalho Pinto. Cruzar São Paulo nunca é bom, mas desta vez levei apenas 50 min do último posto da rodovia Trabalhadores até entrar na rodovia Castelo Branco. Mesmo de moto, já cheguei a levar 1:10 h para percorrer este trecho. Percorri os 315 km da Castelo Branco a uma velocidade em torno de 110 km/h, embora a estrada permitisse 120 km/h. Desta maneira, poupei a moto e a mim mesmo, pois o stress aumenta com a velocidade.
Após o término da Castelo, segui na direção de Ourinhos, e uma sinalização deficiente da concessionária CART me levou a errar uma saída, e nem notei. O mais interessante é que já fiz este caminho mais de 20 vezes! Andei muito tempo na rod. Raposo Tavares, até desconfiar que havia algo errado. Como para tudo tem jeito, peguei uma estrada secundária que passa por Palmital e foi sair em Andirá, já no Paraná, depois de cruzar o imponente rio Paranapanema. Esta estrada está ótima dentro do estado de São Paulo e péssima após entrar no Paraná, o que mostra a diferença entre as gestões estaduais e a importância que cada estado dá às suas rodovias.
Andei cerca de 90 km e cheguei a Cornélio Procópio (PR), minha meta estabelecida para hoje.
Viajei bastante combalido e congestionado todo o dia, sentindo-me até um pouco febril mas consegui andar 830 km em 11 horas de viagem. Nada mau para o primeiro dia.
Hospedei-me no hotel Midas (R$71,00), onde já estivera por duas vezes em viagens anteriores. Curioso é que consegui chegar ao hotel atravessando toda a cidade, sem errar o caminho! E olhe que não é tão simples!
A moto está se comportando muito bem. Sinto falta do torque e da velocidade da Bandit, mas já me entendi com a Falcon, apesar de mais lenta e mais fraca, ela dá conta do recado, apenas precisamos conhecer suas limitações para não arriscar alguma ultrapassagem e correr perigo. A média de consumo foi 17 km/litro, variando de 20 km/l nos trechos onde a velocidade média foi inferior a 100 km/h e 15 km/l quando andei a 120 km/h, ou seja, a Bandit com seus 4 cilindros e 100 CV é mais econômica que a Falcon, de 1 cilindro e meros 32 CV. Isto a 120 km/hora! O arrasto (resistência ao deslocamento) está muito grande devido aos alforjes laterais. Um pequeno aumento na velocidade aumenta exponencialmente a resistência do ar e o consumo.
Quanto às estradas que percorri, já as conhecia, talvez por isso não discorra muito sobre o assunto. O por-do-sol na pequena estrada que liga a Raposo Tavares a Andirá via Palmital foi fantástico!
Amanhã tem mais!
Já é a segunda vez, em pouco tempo, que a moto mede "sem óleo". Cuidado pra não acontecer o que aconteceu comigo. Trancar o motor é quase um tombo!
ResponderExcluirHehehehehe
Vai na fé e verificando sempre "el aceite".
Um grande abraço!
Também lembrei disso! Quando fui trocar o óleo, a vareta também não molhava e saiu muito pouco óleo. Como a moto não vaza nada, deve estar queimando óleo. Viajar sozinho tem essa desvantagem: não há alguém para observar e monitorar a sua moto. Vou observar o óleo atentamente!
ResponderExcluirGuilherme, me desculpe.... mais foi muito bom você não ter conseguido entrar na Bolívia. O País pode até ser até interessante, porém a nossa vida em primeiro plano. Sempre te disse, se tens amor à vida, evite entrar no Paraguai e na Bolívia. Agora é bola pra frente e desfrutar das belas paisagens de um país que acima de tudo tem dignidade no tratamento com o turista.
ResponderExcluirAbraços, Fraterno.
Caro Fraterno
ExcluirFoi a melhor decisão. Estamos ouvindo cada vez mais histórias horríveis de estrangeiros que se aventuram a viajar pela Bolívia: extorsões, assaltos e toda sorte de discriminação e maus tratos. Lembra da suura de ripa?
Um grande abraço.