domingo, 14 de outubro de 2012

Retornando

Todo retorno é meio sem graça, pois nada mais é novidade, principalmente se vamos fazer o mesmo percurso da ida, mas vale o prazer de estar em cima da moto.
No dia 13 de outubro (sábado), despedi-me do Thiago na porta da pousada em Mucugê. Ele iria de carro para Vitória da Conquista e eu de moto para o Rio. Apesar do caminho ser o mesmo até Vitória da Conquista, optamos por seguir separados, pois carro e moto são incompatíveis na estrada, não dá para andar junto. Só os idiotas e os inexperientes tentam!

Thiago saiu na frente e não o encontrei mais. Partimos às 9:30 h, após tomar café e conversar entre nós e também com outros hóspedes da pousada, com quem trocamos telefones. Foi ótimo ter a companhia do meu filho nos passeios que fizemos.
O dia na estrada foi quente, sempre com sol. As estradas do interior da Bahia até Vitória da Conquista estavam vazias, vim observando e curtindo a paisagem, a vegetação e o relevo.
Ao chegar à BR 116 o panorama mudou: estrada cheia de caminhões e trânsito muito intenso. Segui com cautela até as 17:00 h, quando achei que era hora de parar, antes do pôr do sol. Eu estava em Padre Paraíso, uma pequena cidade no norte de MG. Pesquisei 6 pousadas na localidade e nenhuma tinha internet,  então escolhi uma delas e fiquei por lá, por R$ 30,00. Ainda faltavam 100 km para Teófilo Otoni. Eu estava muito cansado, dei uma volta pela cidade a pé e acabei dormindo cedo, logo após o Jornal Nacional, sem jantar.



No dia seguinte (14 de outubro, domingo), às 7:30 h já estava pegando a estrada. Ao contrário do dia anterior, estava frio pela manhã, com tempo nublado, e assim permaneceu por todo o dia. Apesar de ser um domingo, a estrada estava muito cheia, principalmente de caminhões. Em alguns trechos fui obrigado a andar forte para fazer ultrapassagens e me distanciar dos caminhões, em outros, quando a estrada apresentava-se mais vazia, andava mais devagar para aproveitar melhor a natureza ao redor. A alta velocidade e as acelerações bruscas cansam.
Peguei alguma pequenas pancadas de chuva que me molharam, mas a roupa acabava secando no corpo. Após Muriaé uma chuva muito forte me encharcou totalmente (estava sem a capa), e segui assim mesmo por 50 km, com muito cuidado, pois os pneus já estão carecas e o asfalto estava muito liso. Um perigo, não podia de forma alguma levar um tombo!
Molhado e com frio, cheguei a Além Paraíba às 17:00 h. Hospedei-me em um hotel de posto de gasolina, à beira da estrada, para não ter que viajar à noite, e, pior, molhado! O hotel fica no entroncamento da BR 116 que leva ao Rio, com a BR 393 que leva a Volta Redonda. Amanhã seguirei pela BR 393 até Bara do Piraí, e de lá pegarei a RJ 145, que passa por Piraí, até Rio Claro.

                                          Roupas molhadas

Sobre os quartos e banheiros destes hotéis de beira de estrada onde tenho pernoitado, nem quero comentar! Mas não me incomodo, estando sozinho, só preciso de um banho e de uma cama. E as acomodações toscas e simples fazem parte da aventura, tornando-a mais enriquecedora e até mais econômica!
Já rodei  quase 2.800 km desde que saí de casa, há 1 semana!

Nenhum comentário:

Postar um comentário